Programa “Mais Leite Mais Renda” traça estratégias para alavancar a produção

Produção de leite no estado de são paulo

Reunido na sexta-feira, 2 de fevereiro, na sede da Secretaria de Agricultura, na Capital, o grupo gestor do programa Mais Leite, Mais Renda avaliou o trabalho realizado em 2017 e discutiu a agenda para 2018. A reunião foi presidida pelo secretário Arnaldo Jardim, titular da Pasta, e contou com a presença de José Luiz Fontes, dirigente da Assessoria Técnica da Secretaria; Fernando Gomes Buchala e João Brunelli Júnior, responsáveis, respectivamente, pelas coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Assistência Técnica Integral (Cati); e de Diógenes Kassaoka, diretor do Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA).

Para dar maior agilidade aos trabalhos, a equipe de coordenação do programa dividiu-se em 5 grupos de trabalho (GTs), que aprofundam temas específicos, mas mantêm total sinergias entre os grupos. Após análise dos avanços e entraves encontrados no último semestre de 2017, os integrantes dos GTs apresentaram as propostas para 2018:

Regulamentação: aprovar a regulamentação que rege a agroindústria de pequeno porte e a produção artesanal e propor alterações no decreto 36.964, que trata da inspeção de produtos de origem animal. O trabalho desse GT já está bem encaminhado, conforme observou Buchala, lembrando que, após consulta pública, a minuta de resolução que moderniza a legislação sobre a produção de queijos artesanais, charcutaria e outros embutidos de origem animal, que se encontra em fase de implantação. “O Estado de São Paulo está modernizando a legislação, desburocratizando e facilitando o acesso, sem perder os controles. Procedimentos tem que ser respeitados, por que o que está em jogo é a saúde dos consumidores”, explicou, destacando que São Paulo já encaminhou uma solicitação de auditoria por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para que o Estado possa integrar o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-Poa) e passe a emitir um selo que permitirá ao produtor paulista vender seus produtos em todos os estados da Federação.

Grande idealizador do programa, Arnaldo Jardim afirmou que o Mais Leite, Mais Renda avaliou o trabalho realizado em 2017 e discutiu a agenda para 2018. A reunião está cumprindo o objetivo de coordenar as ações de fomento para o setor com iniciativas que muitas vezes não conseguem ganhar a devida repercussão. Para o titular da Pasta, a articulação e integração das ações fará com que o setor ganhe escala e tenha melhor sintonia. “A estimativa é ampliar em 41% a produção, nos próximos 10 anos, partindo dos 1,77 bilhões que temos hoje, para 2,5 bilhões/litros/ano, o equivale a elevação da produtividade de 1.380 para dois mil litros/vaca/ano”, explicou.

Informação: estabelecer mecanismos de rastreamento e tratamento de informações sobre a produção estadual de lácteos, processadas por município, por meio de instituições que já realizam esse levantamento como o IEA, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com Kassaoka, o objetivo é municiar o grupo com uma base de dados robusta e interativa, onde o usuário possa associar dados de vários órgãos em uma única pesquisa, com um programa semelhante ao que foi desenvolvido para o sistema de compras públicas, disponível no portal do ICA. Brunelli, informou que o Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agrícola (Lupa) está sendo finalizado, “até março, teremos um diagnóstico mais preciso da nossa produção”.

Valorização: demonstrar a qualidade e seguridade dos produtos lácteos; estimular o pagamento e a penalização por qualidade; promover o diálogo entre todos os integrantes da cadeia. Uma medida considerada importante pelos integrantes do GT foi a inclusão do produto, pelo governador Geraldo Alckmin no Programa Paulista de Agricultura de Interesse Social. Também conhecido como PPAIS Leite, a iniciativa que permite a venda de alimentos a penitenciárias, universidades, escolas e hospitais estaduais por meio da agricultura familiar, contribuiu para a geração de emprego e renda na agricultura familiar. “Precisamos estar atentos ao que cada arranjo mercadológico pode oferecer para o desenvolvimento da cadeia e a produção de um leite de qualidade”, destacou Iveraldo dos Santos Dutra, professor da Faculdade de Medicina Veterinária (FMV/Unesp).

Competitividade: realizar estudos para a criação de produtos diferenciados com certificação de qualidade; estimular a organização rural e prioritariamente trabalhar com associações e cooperativas. Carlos Pagani Netto, extensionista da Cati, informou que estão em fase de certificação 3 projetos, 1 junto ao Serviço de Inspeção Federal e 2 pelo Sisbi, para comercialização de leite produzido em A2 – um produto que, de acordo com pesquisas, tem menos quantidade de beta-caseína, o que é o ideal para pessoas alérgicas. “Nasceu dentro da Secretaria de Agricultura, em parceria com a Unesp, esse produto só tem benefício, é um alimento natural e agrega valor para os produtores”, afirmou.

Sustentabilidade: estabelecer mecanismos de avaliação da produção através da aplicação de questionários de diagnóstico sobre a situação das propriedades (aspectos ambientais, financeiros, de produção, sanitários, trabalhistas e sociais), que devem ser reaplicados anualmente. Disponibilizar crédito assistido. Avaliar a eficiência das práticas através de controle de sua viabilidade financeira. Pagani afirmou que estão sendo realizadas reuniões com grupos de produtores nas principais bacias leiteiras do Estado para avaliar a situação das propriedades e orientar sobre a aquisição de crédito. “Estamos trabalhando com projetos regionais. É a primeira experiência de crédito assistido da qual o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) participa”, explicou Fernando Aluízio Pontes de Oliveira Penteado, secretário-executivo do Fundo.

Experiência de Sucesso

Conhecer as experiências de sucesso de outros estados e aprender com elas é um dos objetivos do programa Mais Leite Mais Renda. Nesse sentido, a apresentação de Airton Spies, secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, trouxe conhecimentos valiosos. Spies explicou que a produção de leite de seu Estado, somada a do Rio Grande do Sul e do Paraná colocou a região como a maior produtora do País, com um volume de 12,45 bilhões de litros produzidos no ano passado, que correspondeu a um crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior.

Em números absolutos, o Estado de Minas Gerais continua sendo o maior produtor de leite, com produção de 8,97 bilhões de litros em 2016, queda de 1,9% em relação ao ano anterior. São Paulo também apresentou queda na produção de leite. Segundo o IBGE, a produ ção caiu de um volume de 1,77 bilhão em 2015 para 1,69 bilhão, em 2016, ou seja – 4,6%. Mas, Spies fez questão de frisar que as más notícias são também boas notícias. “São Paulo só produz 25% do leite que necessita, enquanto Santa Catarina consome pouco mais de ¼ do leite produzido”, comentou, ressaltando que, um produto de qualidade, a baixo custo, cadeias produtivas bem organizadas e eficientes e respeito ao meio ambiente são as chaves que permitirão ao País ingressar no restrito grupo de países exportadores de leite.

Para Spies, o que fará com que São Paulo recupere posições e volte a ser um dos principais players do Brasil é equacionar o aumento de renda do produtor, participação na gestão da propriedade, acesso à internet e telefonia, estradas rurais de boa qualidade, humanização do trabalho, reconhecimento e ampliação da autoestima; aliados ao bem-estar animal, eficiência econômica e respeito às normas sanitárias.

Programa Mais Leite, Mais Renda

O grupo gestor do programa Mais Leite Mais Renda é formado por representantes das coordenadorias que compõem a Pasta: Defesa Agropecuária (CDA), Assistência Técnica Integral (Cati) e Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro) e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta); das universidades paulistas: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp); produtores rurais e integrantes das entidades ligadas ao setor.

Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Alergia à proteína do leite da vaca vira oportunidade.

O aumento do número de pessoas que apresentam restrições ao consumo de leite de vaca fez com que nos últimos anos crescesse a oferta de leite e derivados em supermercados para o público intolerante à lactose.

No entanto, existem pessoas que apresentam outra restrição: a intolerância à proteína do leite. Algumas questões sobre a Alergia à Proteína do Leite da Vaca (APLV) estão em destaque no boletim produzido pelo Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), atualmente no Brasil existem cerca de 350 mil crianças alérgicas ao leite de vaca (esse tipo de doença atinge mais crianças, principalmente bebês). Destas 350 mil, estima-se que 70 mil já tiveram ou vão ter alguma reação do tipo anafilática, o que torna o problema ainda mais grave. Estudos ligados à saúde apontam que de 5% a 8% dos bebês possuem alergia ao leite e 0,5% a 1% dos adultos desenvolvem o mesmo problema. Atualmente a maioria do leite de vaca produzido no Brasil possui a proteína que causa a alergia. Para produzir leite e seus derivados sem a proteína é necessário que o rebanho de vacas possua um manejo diferenciado e uma criação separada das demais. Além dessas medidas, todas as demais etapas da cadeia produtiva também necessitam de cuidados especiais, encarecendo a produção e repassando os custos ao cliente final. Esse contexto de crescimento da demanda e oferta baixa oferece oportunidades aos produtores. O desafio consiste em tornar o preço da produção mais acessível, já que uma lata contendo leite não alérgico chega a custar R$ 200.

 

PESQUISA E PRODUÇÃO

A proteína betacaseína tipo A1 é o elemento causador da alergia ao leite de vaca. Para produzir um leite não alérgico é necessário que haja nos rebanhos vacas com os genes A2A2. O melhoramento genético é a melhor alternativa na produção. O principal obstáculo é que para a obtenção de um rebanho homozigoto (ou seja, A2A2) são necessários muitos anos de trabalho.

O Brasil já caminha com pesquisas para a produção de leite não alérgico. O país muitas vezes importa métodos e conhecimentos de países em que estão com pesquisas avançadas. Isso porque a oportunidade de oferecer produtos no mercado sem a proteína deve crescer para atender a esse mercado consumidor em expansão.

Na Embrapa, a unidade Gado de Leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária lidera um estudo sobre genotipagem de vacas. A pesquisa trabalha com o melhoramento genético e tem como objetivo excluir o A1 dos genes, criando apenas vacas de A2A2, ou seja, que não possuem a proteína animal que gera a alergia.

Os zebuínos, gir, sinsi guzerá e girolando, são os animais mais adequados para esse tipo de manejo. O laboratório Gene/Genealógica, de Belo Horizonte (MG) desenvolveu uma metodologia que implica baixo custo para a verificação dos genes. Ao longo do tempo ter um rebanho não alérgico pode ser uma grande oportunidade aos produtores.

Trabalhando com essa prática genética há oito anos, o produtor e veterinário Eduardo Falcão, de São José dos Campos (SP), lançou o primeiro produto brasileiro não alérgico. Ele oferece queijos, iogurtes e manteigas. Ele possui atualmente 250 animais da raça gir leiteiro, todos A2.

Em Carlos Barbosa (RS), o Sindicato de Leite e Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) desenvolve um projeto de genotipagem. Com os testes genéticos e o manejo diferenciado e aplicados na cadeia produtiva, estima-se que o leite não alérgico possa chegar às prateleiras dos supermercados a um valor de R$ 12.

No Piauí, criadores da raça gir leiteiros de origem indiana também produzem o leite não alérgico. Uma fazenda da zona rural de Teresina adquiriu 300 animais da raça não alérgica. Com o leite, o produtor ainda consegue produzir queijo coalho não alérgico com menor teor de gordura.

 

SINTOMAS DA ALERGIA

Os sintomas dos alérgicos em geral são:
– Problemas no estômago e intestino;
– Manchas vermelhas na pele associadas à coceira;
– Inchaço nos lábios e nos olhos;
– Anafilaxia;
– Choque anafilático

Por atingir na maioria dos casos bebês menores de 1 ano de idade, a alergia é uma doença muito séria. O tratamento está associado à dieta alimentar da criança e muitas vezes da mãe, já que muitos bebês ainda se alimentam com o leite materno e a proteína pode passar pelo leite. Os bebês que apresentam a alergia não devem ingerir nenhum produto derivado de leite de vaca. As mães que amamentam entram também nessa dieta. Além disso, deve-se também tomar cuidado com os utensílios para o preparo dos alimentos, que não devem ter contato algum com a proteína.

 


Fonte: Terra Viva

Produtor pode perder direito de usar nomes como gruyère, gorgonzola e parmesão.

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) prorrogou até o dia 22/12 o prazo para manifestações acerca da lista de Indicações Geográficas (IGs) da União Europeia. A consulta é direcionada especialmente a empresas e instituições brasileiras e vai orientar parecer do INPI para fundamentar negociações em acordo a ser fechado entre Mercosul e União Europeia.

Está em jogo, por exemplo, o direito de se usar ou não em países do Mercosul termos como vinho prosecco, queijos feta, gruyère, gorgonzola, parmesão, grana padano, entre outros.

 

Está em jogo, por exemplo, o direito de se usar ou não em países do Mercosul termos como vinho prosecco, queijos feta, gruyère, gorgonzola, parmesão, grana padano, mortadela bolonha, toscana e outros, semelhantes a marcas registradas e consolidadas no Brasil para o mesmo segmento. E, ainda, aqueles constantes da legislação brasileira de bebidas, como Genebra e Steinhaeger.

Termos da UE que forem reconhecidos como Indicação Geográfica pelo Mercosul não mais poderão ser usados comercialmente em produtos não procedentes da região específica da União Europeia. O termo parmesão passaria a ser usado exclusivamente para o queijo Parmigiano Reggiano, produzido na Itália. O equivalente brasileiro teria de mudar o nome, o que inclui embalagens, rótulos, cardápios e propagandas. Eventual mudança de nome de produtos e registro de novas marcas se tornariam necessárias, como já ocorreu no caso da transição de champagne para espumante, em 2013.

Eventuais manifestações de oposição em relação a denominações contidas na lista devem ser enviadas para o e-mail [email protected], contendo no máximo 20 MB. Também deve ser preenchido formulário específico.

A fim de mapear os interesses nacionais, bem como o impacto no mercado e na sociedade, o governo brasileiro, por meio do INPI, deu início à consulta pública. Qualquer pessoa física ou jurídica interessada, residente ou estabelecida no Brasil (associações, consumidor, produtor, distribuidor, vendedor, outros), que se sinta prejudicada com a possível restrição aos seus direitos adquiridos ou ao uso dos nomes iguais ou muito semelhantes aos indicados pela União Europeia pode se manifestar. Há um processo em curso em que o posicionamento do Brasil é fundamental para defender interesses nacionais.

O mesmo processo está ocorrendo simultaneamente nos demais membros do Mercosul e nos países membros da União Europeia. O acordo vale para os dois lados: os produtores e exportadores brasileiros que visam o mercado europeu, têm oportunidade de consolidar suas marcas e Indicações Geográficas reconhecidas no Brasil, igualmente na Europa, agregando valor aos seus produtos e ganhando reputação para denominações brasileiras de alta qualidade e competitividade.

Mercosul e União Europeia já apresentaram, na condição de blocos, suas listas de Indicações Geográficas que pretendem reconhecer e proteger diretamente por intermédio do acordo. A lista da União Europeia contém 347 nomes e a do Mercosul, 200.

 

EXEMPLOS DE OPOSIÇÃO

Casos mais frequentes em que as empresas e instituições brasileiras podem contestar a lista de Indicações Geográficas:

– Se a denominação entra em conflito com a de uma variedade vegetal ou raça animal, confundindo o consumidor sobre a origem do produto.

– Se alguma instituição ou empresa entender que a concessão de Indicação Geográfica interfere em direitos adquiridos. É preciso apresentar informações que demonstrem eventual interferência.

– Denominação idêntica ou semelhante já registrada ou com registro em tramitação para o mesmo produto ou similar, que pode confundir o consumidor.

– Nome genérico ou de uso comum em produto brasileiro. É preciso demonstrar que o nome foi usado de boa fé e comprovar a data de início da produção.

Para mais informações consulte o site do INPI.

 


Fonte: Mapa.

EUA – ADPI estabelece os primeiros padrões da indústria para a proteína do soro de leite.

O Instituto Americano de Produtos Lácteos (ADPI, sigla em inglês) criou os novos padrões para a proteína do soro de leite obtida diretamente do leite, a primeira para a indústria de laticínios, de acordo com o diretor técnico do ADPI, Dan Meyer.

 

 

Até hoje somente eram estabelecidos os padrões para a proteína do soro de leite procedente da produção de queijo. “Agora abrangemos todas as proteínas de soro de leite, incluindo as que não sejam subprodutos do queijo”, disse Meyer ao DairyReporter.

Para desenvolver os padrões, o ADPI criou uma “força tarefa” para desenvolver e redigir o padrão que será apresentado a um conselho de aproximadamente 50 membros para ser aprovado. “Tínhamos alguns membros que fabricavam o soro natural, e confiamos em suas contribuições, utilizando seus dados para desenvolver este padrão”, disse Meyer.

 

DEFINIÇÃO ESPECÍFICA PARA PROTEÍNA DE SORO DO LEITE

O padrão define que o produto proteína do soro seja obtido diretamente do leite, e que o produto depois de seco e acabado não tenha menos do que 25% de proteína. A proteína do soro será obtida através de microfiltração e/ou cromatografia do leite ou combinação do leite desnatado com ultrafiltração, nanofiltração, evaporação, diálise, ou “qualquer outro processo seguro e saudável no qual toda ou parte da lactose, minerais e umidade possa ser removida”.

O produto não pode ser produzido por qualquer processo ou combinação de processos que inclua coagulação enzimática da proteína e/ou precipitação ácida da proteína do leite bovino ou leite desnatado, acrescentou o ADPI.

O produto Proteína do Soro de Leite que contenham menos de 89,5% de proteína será denominado “Proteína Concentrada de Soro de Leite”, e o produto proteína de soro de leite que tenha um teor igual ou superior a 89,5% será chamado de “Proteína Isolada de Soro de Leite”, de acordo com os novos padrões.

A ADPI espera, eventualmente, que o novo guia de proteínas de soro de leite seja adotado ao nível global, como padrão pelo CODEX, diz Meyer.

“Esperamos que este padrão industrial desenvolvido pelo ADPI ofereça à indústria e aos consumidores melhor compreensão da função e composição de muitos ingredientes lácteos nutricionais em pó produzido nos Estados Unidos, e que venham a ser referências reconhecidas mundialmente para esses produtos”, disse o presidente do ADPI, David Thomas.

 


Fonte: Terra Viva.

Yooli Foods desenvolve queijo cremoso, uma alternativa ao iogurte.

A empresa norte-americana de lácteos, Yooli Foods, lançou uma variedade de queijos cremosos artesanais, que foram classificados como uma “alternativa satisfatória ao iogurte”.

Chamado de Yooli Cremes, o produto pode ser mantido congelado e descongelado, ou refrigerado e consumido frio.

A gama vem em três sabores – mel e limão, morango e baunilha – e é 99% sem lactose e sem glúten.

 

 

Em um comunicado, a empresa disse: “Este snack artesanal tem o equilíbrio perfeito de saúde e sabor. O Yooli apresenta uma experiência prazerosa ideal sem a culpa. O queijo branco e cremoso tem um sabor suave e sutilmente doce. O Yooli Cremes contém mais proteínas por 100 gramas do que o iogurte grego. É naturalmente rico em proteínas com uma proporção de carboidrato e proteína de 1: 1.”

 

 

“A Yooli Foods é uma empresa que pertence a mulheres e está comprometida em trazer inovações significativas para a categoria láctea, ao mesmo tempo em que retorna à comunidade local. Os produtos da Yooli não contêm corantes, flavorizantes e adoçantes artificiais e são perfeitos para os consumidores que procuram lanches saudáveis e com excelente sabor.”

Fonte: FoodBev.com.

Coca-Cola: aprendendo a vender leite e iogurtes.

A estratégia de ampliar o portfólio levou a Coca-Cola a comprar, em parceria com os engarrafadores locais, duas empresas de derivados de leite na América Latina: a mexicana Santa Clara, há cinco anos, e a brasileira Verde Campo no ano passado. Antes disso, tinha comprado a Leão, que produz chás e café no Brasil. “Os lácteos são um negócio diferente pois vendemos bebidas a vida toda”, diz Juan Pratts, vice-presidente de assuntos públicos da Coca-Cola no México. Ele diz que a empresa está aprendendo a vender leite, iogurtes, queijos e sorvetes.

 

 

Em Pachuca, cidade ao norte da capital mexicana, a uma hora e meia de carro, a Santa Clara está recebendo neste mês 800 mil litros de leite por dia de 17 criadores de gado leiteiro. Isso inclui os 35 mil litros da família Gomez, que fundou a Santa Clara há 90 anos. Quase 90% é transformado em leite ultrapasteurizado UHT, que não necessita ser transportado em caminhão refrigerado e pode ser distribuído ao varejo na frota que leva outros produtos da Coca-Cola. O restante é dividido entre leite fresco, queijos, creme de leite fresco e sorvetes.

A Coca-Cola enfrenta a francesa Danone, que domina o mercado mexicano de iogurte, e a Lala, que comprou a Vigor no Brasil e é a maior empresa de laticínios do México. “Mas estamos crescendo rápido. Em leite UHT, estamos quase igual à Lala”, diz Francisco Javier Muñoz, engenheiro de alimentos, há 30 anos na Santa Clara. Grandes redes de varejo recebem o leite da Santa Clara, mas os sorvetes, queijos e iogurtes são mais facilmente encontrados nas 255 lojas da empresa.

A Coca-Cola vê grande potencial no mercado de lácteos. O consumo per capita de leite no México é a metade do recomendado pela FAO, o braço de alimentos e agricultura da Organização das Nações Unidas. O desafio é fazer um produto de qualidade a um preço acessível, já que 40% dos mexicanos são pobres, segundo o Fundo Monetário Internacional.

 


Fonte: Valor Econômico.

Envelhecimento da população brasileira e as estratégias da Nestlé.

O suíço Greg Behar preside desde 2014 a divisão responsável por alimentos especiais usados na prevenção ou no tratamento de doenças da multinacional suíça Nestlé. É uma das categorias da empresa que mais crescem, e o Brasil está entre os cinco maiores mercados. Para Behar, o envelhecimento da população vai aumentar a demanda por esse tipo de produto. Surpreendentemente, uma das maneiras de a empresa chegar a esses consumidores tem sido ir às redes sociais.

 

Behar, da Nestlé: “Os idosos são um grupo muito participativo, que comenta as publicações e chama os amigos para interagir” (Germano Luders/Revista EXAME).

 

Qual é a perspectiva de crescimento do mercado para consumidores idosos no mundo?

De acordo com as Nações Unidas, consumidores com mais de 60 anos, idade mínima para denominar esse grupo, representavam 12% da população global em 2015. As projeções apontam que esse percentual deverá dobrar em cinco décadas.

 

Como o perfil desses consumidores vem mudando ao longo do tempo?

Os idosos buscam cada vez mais qualidade de vida. Há 20 anos não se pensava em figuras como a cantora Madonna, com 59 anos e tão ativa. Portanto, nosso objetivo é contribuir com produtos que tenham um impacto positivo sobre o envelhecimento, aumentando a qualidade de vida.

 

É mais difícil atingir esse público, que eventualmente pode não gostar de ser chamado de velho?

A chave está em focar um interesse crescente desse público idoso: a capacidade de ter uma vida longa de qualidade e a valorização da própria saúde. Mas identificamos também que parte das compras é feita por filhos, em especial mulheres, que querem cuidar de seus pais.

 

Como afinar o discurso para não errar?

Acompanhamos histórias espontâneas nas redes sociais de pessoas que contaram como vivem o amor depois dos 50 anos no Brasil. Isso nos inspirou a produzir um filme para o Dia dos Namorados que teve 2,5 milhões de visualizações no Facebook com o produto Nutren Senior, suplemento alimentar voltado para o público idoso. Trata-se de um grupo muito participativo, que comenta nas publicações e chama os amigos para interagir, como numa postagem para ganhar uma amostra grátis.

 

O Brasil tem uma população relativamente jovem. Ainda assim, é um mercado prioritário para a Nestlé nessa área?

Sim. O Brasil está entre os cinco maiores mercados e é uma porta de entrada para a América Latina. O suplemento alimentar Nutren, fabricado em Araçatuba, no interior de São Paulo, já é exportado para Chile e Colômbia e deve chegar à Argentina em breve. Apesar da crise, o Brasil é um dos países onde as vendas mais crescem. Vendemos nossos produtos para 1300 hospitais e clínicas e para 26000 farmácias no país.

 

Além da fabricação, a empresa faz pesquisa e desenvolvimento de novos produtos no Brasil?

Cerca de 150 dos 3000 funcionários da divisão trabalham no Brasil, mas não na área de pesquisa. Há dois centros de pesquisa da Nestlé na Suíça, e estamos abrindo um nos Estados Unidos.

 

Como é possível se adaptar ao gosto do público local?

Infelizmente, até agora não encontramos empresas brasileiras muito avançadas nessa área científica, mas temos como inovar para o gosto local, por exemplo, com um suplemento sabor café com leite desenvolvido regionalmente com o apoio dos centros de pesquisa globais da Nestlé.

 


Fonte: Exame.

Vigor instala geladeira interativa em supermercados.

A Vigor acaba de criar e implementar a Vigor Smart Freezer, geladeira de ponto de venda que possui tecnologia inteligente e promove interações diversas com o consumidor. Com tela audiovisual e ferramentas como a de reconhecimento facial, o equipamento transmite comunicações personalizadas aos clientes, auxiliando-os na escolha do melhor produto. Já para o supermercadista, oferece soluções e análises em tempo real para melhorar o desempenho nas vendas. A primeira Vigor Smart Freezer já está funcionando em uma das lojas do Super Muffato, em Londrina (PR), que pertence ao Grupo Muffato.

Vigor Smart Freezer.

Elaborado para a marca Vigor Grego, o material consiste em uma geladeira de checkout (posicionada na boca do caixa) com configuração inovadora, ideal para alavancar compras por impulso e gerar dados instantâneos para o varejista e a indústria. Uma de suas ferramentas é o chamado Equipa, instrumento de exposição que entrega muito além da visibilidade ideal para os produtos. O dispositivo conta com tecnologia de leitura on-line de dados que identifica itens disponíveis e sua saída, o que permite a gestão de estoque em tempo real. A mesma ferramenta possibilita vinculação a uma tela interativa, disponibilizada na parte da frente da geladeira, que dispara mensagens audiovisuais personalizadas para o consumidor, de acordo com a versão de produto por ele retirada. Ou seja, a comunicação é feita de maneira customizada, aumentando a chance de conversão em vendas. Informações nutricionais, benefícios de cada produto e promoções direcionadas são exemplos de mensagens que podem chegar ao cliente.

A inovação conta ainda com a disponibilização de câmeras que geram contagem de fluxo de pessoas e reconhecimento facial – que determina gênero, idade, tempo de interação com a marca e permite o uso de comunicações direcionadas. Segundo Fabio Acayaba, gerente da área de Trade Marketing da Vigor, a Vigor Smart Freezer, que foi desenvolvida em parceria com as empresas Pusher Pop e Studio Prime, tem por objetivo propiciar o aumento da rentabilidade do varejista e melhorar a experiência de compra do consumidor.

“Ao desenvolver e implantar esse equipamento, trouxemos para o cenário atual do varejo o que ainda era enxergado pelo mercado como um material puramente futurista. Conseguir tornar isso concreto é um grande passo. Estamos falando de um item tecnológico que revoluciona o ponto de venda e beneficia não somente a indústria e suas marcas, mas também o varejista e o consumidor”.

Para o gerente comercial do Grupo Muffato, Adilson Corrêa, abrigar a primeira geladeira Vigor Smart Freezer tem tudo a ver com a filosofia da empresa. “Pioneirismo, inovação e tecnologia são características do Super Muffato, que sempre leva aos seus clientes, em primeira mão, o que há de mais avançado e moderno no segmento”, comenta. Novas ideias e atualizações da geladeira estão previstas pela marca, que pretende, em 2018, expandir a inserção da ferramenta em mais clientes no varejo.

 


Fonte: Supermercado Moderno.

67% dos brasileiros preferem rótulo com diferenciação de cores.

Cerca de 67% dos brasileiros preferem o modelo de rotulagem nutricional que usa um semáforo para indicar o teor de açúcares, gorduras e sódio nos alimentos e bebidas. Outros 31% dos entrevistados declararam que preferem o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas. É o que aponta pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) discute com representantes da sociedade civil e governo a adoção de um novo modelo para rotulagem de alimentos e bebidas. A proposta que usa cores (verde, amarelo e vermelho) para informar se a quantidade de componentes é baixa, moderada ou alta é conhecida como semáforo nutricional quantitativo.

 

 

O Ibope Inteligência ouviu 2.002 pessoas, em 142 municípios, para a pesquisa quantitativa. Para a avaliação qualitativa, foram realizados 8 grupos focais (4 em São Paulo e 4 em Recife). A pesquisa fez a comparação entre o modelo de semáforo nutricional e os modelos de advertência, que informam se há excesso de algum componente dentro de triângulos ou octógonos pretos, destacados na frente da embalagem.

De acordo com a pesquisa, 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais, contra 78% do modelo de advertência. O sistema de cores usado para classificar os nutrientes em um rótulo frontal é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência.

Ainda de acordo com a pesquisa, aproximadamente três quartos da população procura, de modo geral, informações nas embalagens para auxiliar na escolha dos produtos. O prazo de validade é buscado por 45% da população, seguido pelo preço (24%), pela tabela nutricional (21%) e advertências relacionadas à saúde – diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten, etc – (18%).

A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.

 


Fonte: Valor Econômico.

BNDES vai financiar estocagem de lácteos.

Como parte de um pacote de incentivo à cadeia produtiva de lácteos prometido pelo ministro da Agricultura Blairo Maggi para compensar a recente retomada das importações de leite em pó do Uruguai, o governo articula a criação de uma linha de crédito para investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para laticínios financiarem a estocagem do produto.

 

 

Esse financiamento terá como fonte recursos livres, ou seja, não contará com subsídios bancados pelo Tesouro Nacional como ocorre com as operações de crédito rural no âmbito do Plano Safra. Portanto, não depende da autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN), só de uma regulamentação interna do BNDES, que já está sendo preparada.

A linha, que pode ser operada por bancos oficiais como Banco do Brasil e também por privados, será voltada para armazenagem e refrigeração de produtos lácteos por laticínios a taxas de juros de 10,7% ao ano, com prazo de 12 anos para pagamento.

“O BNDES já nos avisou que está prestes a colocar a linha à disposição das indústrias”, disse ao Valor o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. “Estamos com bastante problemas no setor, diminuição do consumo interno, enxurrada de leite vindo de outros países, então o governo procurou atuar em todas as frentes”, afirmou.

Geller disse que, além da nova linha de crédito rural, o Ministério da Agricultura também deve incluir o leite na cesta de produtos agropecuários que são contemplados pela Política Geral de Preço Mínimo (PGPM), o que envolve leilões públicos para intervenção de preços no mercado interno. Ao mesmo tempo, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar (ex-Ministério do Desenvolvimento Agrário) já garantiu R$ 40 milhões para compras públicas de leite em pó de produtores por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é operado pela Conab.

Na semana passada, o Banco do Brasil já havia anunciado a prorrogação do prazo de pagamento das parcelas de custeio e investimento que já venceram ou ainda vão vencer em 2017 para produtores de leite. Os pecuaristas que tiverem parcelas de custeio e investimento vencendo este ano poderão prorrogar os pagamentos até 2018, porém apenas 50% do valor das parcelas devidas. A outra metade terá que ser paga em 2017.

“Essas medidas estão longe de atender todas as nossas demandas, mas já vão começar a reconstruir uma cadeia que está destruída”, disse Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

 


Fonte: Terra Viva.