Pasteurização do Leite: Processo, Tipos e Diferenças com Leite UHT

Conheça tudo sobre pasteurização do leite, os tipos de pasteurização lenta e rápida, como conservar o leite pasteurizado corretamente e as diferenças entre leite pasteurizado e leite UHT para garantir qualidade e segurança alimentar.

 

O que é Pasteurização do Leite?

A pasteurização do leite é um processo no qual o alimento é aquecido a uma temperatura específica por um determinado período e, em seguida, resfriado rapidamente. Esse processo elimina micro-organismos presentes no leite, sendo fundamental para a conservação do leite e seus derivados.

 

Pasteurização Lenta

A pasteurização lenta do leite é feita em um período prolongado, com temperatura entre 62°C e 65°C, durante aproximadamente 30 minutos. O leite é aquecido em tanques isotérmicos e depois resfriado, método usado principalmente por pequenas indústrias devido ao tempo maior do processo.

Processo de pasteurização do leite ilustrado

 

Pasteurização Rápida

Já a pasteurização rápida é feita em sistema de circuito fechado, com temperaturas entre 72°C e 75°C, por 15 a 20 segundos, usando trocadores de calor por placas. O processo é automatizado e registra a temperatura constantemente, com desvio do leite caso não atinja os parâmetros. É muito comum para leites usados em derivados como iogurtes e queijos.

 

Conservação do leite pasteurizado

Após a pasteurização, o leite pasteurizado deve ser mantido refrigerado em temperaturas até 7°C, seja na indústria, comércio ou em casa, para evitar o seu estrago. O uso de embalagem cartonada ajuda a preservar melhor o produto. É importante não confundir o leite pasteurizado com o leite UHT, que pode ser armazenado fora da geladeira.

 

Tipos de Leite Pasteurizado

Conforme a IN 76, existem dois tipos de leite pasteurizado:

  • Leite pasteurizado comum: produzido em granjas leiteiras e beneficiado/envasado em indústrias.
  • Leite pasteurizado tipo A: produzido, beneficiado e envasado totalmente nas granjas leiteiras.

Ambos devem ser envasados em circuito fechado, atender a critérios microbiológicos da IN 76, não conter substâncias estranhas ou resíduos veterinários acima dos limites, nem aditivos ou coadjuvantes.

Classificação pelo teor de gordura:

  • Integral: mínimo 3,0g/100g
  • Semidesnatado: 0,6 a 2,9g/100g
  • Desnatado: máximo 0,5g/100g

O teor de gordura deve estar destacado no rótulo, próximo à denominação de venda. 

 

Qual a diferença entre leite pasteurizado e leite UHT?

O leite pasteurizado é aquecido a temperaturas moderadas para eliminar a maioria dos micro-organismos, mas alguns micro-organismos resistentes podem permanecer. Por isso, o leite pasteurizado precisa ser conservado refrigerado para garantir sua validade limitada.

O leite UHT (Ultra High Temperature) passa por um processo térmico mais intenso, com aquecimento entre 130°C e 150°C por 3 a 5 segundos, eliminando praticamente todos os micro-organismos e esporos. Isso permite seu armazenamento em temperatura ambiente por mais tempo.

Antes do processo, o leite UHT recebe pré-tratamento para proteger sua composição, é resfriado em câmara de vácuo, homogeneizado e embalado em embalagem asséptica, garantindo durabilidade e sabor.

Equipamento de pasteurização do leite

 

Conclusão

A pasteurização do leite é essencial para eliminar micro-organismos, aumentar a segurança alimentar e prolongar a conservação do leite. Os processos de pasteurização lenta e rápida garantem a qualidade do leite pasteurizado, que deve ser mantido refrigerado.

Já o leite UHT, submetido a tratamento térmico mais intenso, pode ser armazenado fora da geladeira, devido à eliminação quase total dos micro-organismos. Conhecer esses processos e cuidados ajuda o consumidor a escolher o leite ideal para seu consumo.

 

Referências

IFOPE. Pasteurização do leite: o que é e qual a importância desse processo? Disponível em: https://blog.ifope.com.br/pasteurizacao-do-leite-o-que-e-e-qual-a-importancia-desse-processo/. Acesso em: 15 jul. 2025. 

SUCKMILK. O processo de pasteurização. Disponível em: https://suckmilk.com.br/o-processo-de-pasteurizacao/. Acesso em: 15 jul. 2025. 

EDUCAPOINT. Diferença entre leite pasteurizado e UHT. Disponível em: https://www.educapoint.com.br/v2/blog/industria-leite/diferenca-leite-pasteurizado-UHT/. Acesso em: 15 jul. 2025. 

Queijos Frescos: O Que São, Tipos, Benefícios e Diferenças em Relação ao Queijo Branco

Você sabe realmente o que é queijo fresco e por que ele vem ganhando espaço nas dietas saudáveis? Leve, saboroso e altamente nutritivo, o queijo fresco é um tipo de queijo que não passa por maturação, sendo ideal para quem busca uma alimentação equilibrada e natural.

 

O que é Queijo Fresco?

O queijo fresco é um queijo que se destaca por não passar pelos processos de maturação ou envelhecimento. Esse queijo é feito a partir da coagulação do leite fresco, resultando em um produto de sabor suave e textura que pode variar entre cremosa e firme, dependendo do método de produção e dos ingredientes utilizados.

Por ter um alto teor de umidade, o queijo fresco deve ser consumido em um curto período de tempo após a fabricação. Além disso, é essencial que seja armazenado corretamente para manter sua qualidade, sabor e segurança alimentar.

 

Tipos de Queijos Frescos

Vários tipos diferentes de queijos frescos sobre uma mesa


Existem diversos tipos de queijos frescos, desde os mais populares até alguns que muitas pessoas nem imaginam que se enquadram nessa categoria. Abaixo, listamos alguns exemplos de queijos frescos consumidos no Brasil e no mundo:

Ricota: A ricota é um dos queijos frescos mais populares. Produzida a partir do soro do leite, ela apresenta sabor leve e textura granulada. É amplamente utilizada como recheio de massas, tortas, panquecas e até em sobremesas. Além disso, a ricota é uma excelente fonte de proteína com baixo teor de gordura, sendo ideal para quem busca uma alimentação equilibrada.

Queijo Minas Frescal: O queijo minas frescal é um dos queijos mais consumidos no Brasil. De sabor suave e textura macia, é comumente servido puro, com frutas, geleias ou incorporado em receitas como o tradicional pão de queijo mineiro. Por seu perfil nutricional leve, é considerado uma ótima opção para dietas saudáveis.

Burrata: A burrata é um queijo de origem italiana, reconhecido por sua casca firme e interior extremamente cremoso. Quando cortada, libera um recheio delicioso composto por creme e fios de mussarela. É geralmente servida com azeite de oliva, tomate e manjericão, sendo muito valorizada na culinária gourmet.

Cottage: O queijo cottage possui textura granulada e úmida, o que o torna uma escolha popular entre pessoas que seguem uma dieta saudável e rica em proteínas. Com baixo teor de gordura, ele é ideal para saladas, sanduíches e pratos fitness.

Feta: De origem grega, o queijo feta tem sabor levemente salgado e textura quebradiça. É muito utilizado na culinária mediterrânea, principalmente na salada grega tradicional, que leva pepino, tomate e azeite de oliva.
oliva.

Mascarpone: O mascarpone é um queijo fresco de origem italiana, bastante utilizado na confeitaria. Com textura cremosa e sabor adocicado, é o ingrediente principal da famosa sobremesa tiramisù. Também combina muito bem com frutas e outras sobremesas refinadas.

 

Diferença entre Queijo Branco e Queijo Fresco

Os termos queijo branco e queijo fresco costumam gerar confusão entre os consumidores, mas representam conceitos diferentes, apesar de estarem relacionados. Ambos não passam por processos de maturação, mas há diferenças importantes na forma de produção, sabor, textura e classificação.

O queijo branco é um termo genérico que abrange vários tipos de queijos frescos, como o queijo minas frescal, a ricota e o cottage. Eles têm, em comum, o sabor suave, a textura cremosa ou granulada, e o baixo teor de gordura. Ou seja, o queijo fresco é, geralmente, um tipo de queijo branco, mas nem todo queijo fresco é chamado de queijo branco.

Já o termo queijo fresco se refere especificamente a queijos que não passam por maturação, têm alto teor de umidade e são produzidos de forma artesanal. Um exemplo clássico é o próprio queijo minas frescal, que possui textura macia, sabor delicado e é altamente perecível. Por essas características, o queijo fresco é considerado uma opção nutritiva, leve e ideal para quem busca uma alimentação saudável.

 

Faz bem comer queijo fresco?

Queijo Minas Frescal sem lactose da Campo da Serra

Sim, comer queijo fresco faz bem para a saúde, desde que o consumo seja feito com moderação e dentro de uma alimentação equilibrada. Por ser um queijo que não passa pelo processo de maturação, ele tende a ser mais leve e menos calórico do que outros tipos de queijos mais gordurosos e curados.

Além disso, o queijo fresco é saudável porque oferece diversos benefícios nutricionais, como proteínas de alta qualidade, cálcio, vitaminas do complexo B e baixo teor de gordura, dependendo do tipo. Isso o torna uma excelente opção para quem busca uma alimentação leve, natural e rica em nutrientes.

 

Benefícios

Os queijos frescos oferecem diversos benefícios para a saúde. Por serem menos processados e apresentarem alto valor nutricional, são excelentes aliados para quem busca uma alimentação equilibrada. A seguir os principais motivos pelos quais incluir o queijo fresco na dieta pode ser uma boa escolha:

Fonte de Proteína: O queijo fresco é rico em proteínas de alto valor biológico, essenciais para a construção e reparação dos tecidos corporais. As proteínas também auxiliam na saciedade, sendo úteis em dietas para controle de peso.

Rico em Cálcio: Uma das principais vantagens do queijo fresco é o seu alto teor de cálcio, mineral fundamental para a saúde dos ossos e dentes, ajudando na prevenção da osteoporose.

Baixo Teor de Gordura: De forma geral, os queijos frescos possuem baixo teor de gordura, o que os torna opções ideais para quem busca emagrecimento saudável ou uma alimentação com menos calorias e gorduras saturadas.

Vitaminas e Minerais: Além do cálcio, o queijo fresco também é fonte de vitaminas do complexo B, vitamina A, fósforo, zinco e outros micronutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo.

Fácil Digestão: Por não passar pelo processo de maturação, o queijo fresco é mais fácil de digerir do que queijos curados ou envelhecidos, sendo indicado para pessoas com sensibilidade digestiva ou que buscam alimentos de digestão leve.

 

Conclusão

Os queijos frescos se destacam por sua versatilidade, sabor leve e perfil nutricional equilibrado. São ótimas opções para quem busca uma alimentação saudável, rica em proteínas e com baixo teor de gordura. Com uma grande variedade de tipos — desde a ricota até a burrata —, esses queijos podem fazer parte do dia a dia de forma saborosa e nutritiva. Seja no café da manhã, em pratos principais ou até em sobremesas, o queijo fresco é uma escolha inteligente para quem valoriza saúde e sabor na mesma medida. 

 

Referências

ACASA DO PRODUTOR. Tipos de queijo fresco: conheça os principais. Disponível em: https://acasadoprodutor.com.br/blog/tipos-de-queijo-fresco/. Acesso em: 1 jul. 2025. 

DECO PROTESTE. Queijo fresco faz bem à saúde? Disponível em: https://www.deco.proteste.pt/alimentacao/alimentacao-saudavel/dicas/queijo-fresco-faz-bem-saude. Acesso em: 1 jul. 2025. 

MILKPOINT. Queijos frescos e maturados: conheça as diferenças. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/queijos-frescos-e-maturados-205607/. Acesso em: 1 jul. 2025. 

Queijos Azuis: O Que São, Propriedades e Benefícios para a Saúde

Saiba o que são os queijos azuis, como Gorgonzola e Roquefort, e descubra seus principais benefícios para a saúde: ossos mais fortes, sistema imunológico fortalecido e mais. 

Queijos azuis, como Gorgonzola, Roquefort e Stilton, são muito apreciados pelo sabor marcante e aroma único, graças à ação do fungo Penicillium. Além de agradarem ao paladar, os queijos azuis oferecem diversos benefícios para a saúde, que vão desde o fortalecimento ósseo até a melhora da função cognitiva.

 

Fortalecimento Ósseo e Saúde Dental

Ricos em cálcio (aproximadamente 150 mg a cada 28 g), os queijos azuis são aliados na prevenção da osteoporose e na manutenção de ossos e dentes fortes. A presença de vitaminas D e K2 ainda favorece a absorção e fixação desse mineral no organismo.

 

Queijos azuis Gorgonzola, Roquefort e Stilton com bordas arredondadas

Controle de Peso e Saciedade

Estudos indicam que o cálcio pode auxiliar na queima de gordura visceral, principalmente na região abdominal. A combinação de proteínas e gorduras saudáveis presente nesses queijos também proporciona maior saciedade, contribuindo para o controle do apetite. 

 

Saúde Cardiovascular e Ação Anti-inflamatória

Durante a maturação, são formados compostos como peptídeos e ácidos graxos que possuem propriedades anti-inflamatórias. Esses elementos podem ajudar na redução da pressão arterial, na prevenção de placas nas artérias e na diminuição do colesterol LDL (o “ruim”).

 

Digestão e Imunidade

A fermentação dos queijos azuis produz probióticos que beneficiam a flora intestinal, melhorando a digestão e fortalecendo o sistema imunológico. Nutrientes como vitaminas A, D, zinco e potássio também reforçam essas defesas naturais.

 

Benefícios Cognitivos e Neurológicos

Vitaminas do complexo B (como a B12), minerais como o zinco e compostos como a oleamida e o dehydroergosterol estão relacionados à proteção das funções cerebrais, podendo auxiliar na memória, concentração e prevenção de inflamações no sistema nervoso.

 

Prevenção de Infecções e Inflamações

O fungo Penicillium tem ação antibacteriana, o que pode colaborar na prevenção da placa dental. Além disso, os efeitos anti-inflamatórios dos queijos azuis podem oferecer alívio em quadros de artrite, gota e outras condições inflamatórias.

 

Potencial Anticancerígeno

O ácido linoleico conjugado (CLA), encontrado em queijos de animais alimentados a pasto, tem sido associado à inibição do crescimento de células tumorais, especialmente no trato digestivo, além de ajudar na redução de marcadores inflamatórios.

 

Queijo azul tradicional com textura cremosa e veias azuis

Moderação e Cuidados no Consumo de Queijos Azuis

Apesar dos benefícios, os queijos azuis possuem alto teor de sódio e gordura saturada, por isso seu consumo deve ser equilibrado. Pessoas com intolerância à lactose, sensibilidade à penicilina ou sistema imunológico comprometido devem consultar um profissional de saúde antes de incluí-los na dieta. 

 

Como Aproveitar os Benefícios dos Queijos Azuis

Para potencializar a experiência, combine com frutas (pera, maçã), oleaginosas (como nozes), pães artesanais ou vinhos encorpados — harmonizações que realçam o sabor e ampliam os benefícios à saúde. 

 

Conclusão

Os queijos azuis vão além do paladar refinado: são verdadeiros aliados da saúde quando consumidos com consciência. Ricos em nutrientes e compostos funcionais, eles podem contribuir para o equilíbrio do corpo e da mente. 

 

Referências

PRODUTOS FINOS. Quais são os benefícios dos queijos azuis? Disponível em: https://www.produtosfinos.com.br/queijos/quais-sao-os-beneficios-dos-queijos-azuis/. Acesso em: 18 jun. 2025. 

MACALÉ. Queijos azuis. Disponível em: https://macale.com/eventos/2021/05/18/queijos-azuis/. Acesso em: 18 jun. 2025. 

HART DESIGN & MANUFACTURING. Blue cheese benefits. Disponível em: https://hartdesign.com/industry-news/blue-cheese-benefits/. Acesso em: 18 jun. 2025. 

KILTZ, Robert. Is blue cheese good for you? Disponível em: https://www.doctorkiltz.com/is-blue-cheese-good-for-you/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

Aplicação da Enzima Lactase na Indústria de Laticínios: Eficiência, Inovação e Oportunidade de Mercado

A enzima lactase (ou β-galactosidase) é uma ferramenta biotecnológica essencial para a produção de laticínios sem lactose ou com teor reduzido desse açúcar. Além de beneficiar consumidores com intolerância à lactose, seu uso oferece vantagens tecnológicas, sensoriais e econômicas para o setor industrial.

 

O que é a enzima lactase e como ela atua nos laticínios?

A lactase é uma enzima que atua sobre a lactose, um dissacarídeo naturalmente presente no leite, quebrando-a em duas moléculas mais simples: glicose e galactose. Esse tipo de processo é chamado de hidrólise enzimática da lactose e é bastante utilizado na indústria para moldar produtos às demandas de consumidores intolerantes à lactose — grupo que representa cerca de 70% da população mundial.

A fonte da enzima interfere diretamente em seu desempenho. Fungos filamentosos como Aspergillus oryzae e leveduras como Kluyveromyces lactis produzem lactases com diferentes faixas de atuação de pH e temperatura, permitindo a aplicação em diversos tipos de produtos lácteos — desde leite UHT e pasteurizado até iogurtes fermentados e sorvetes.

 

Vantagens do uso industrial da lactase

lactose

Produção de laticínios sem lactose

A principal aplicação da lactase na indústria de alimentos é a eliminação da lactose em produtos como leite, iogurte, requeijão, queijo fresco, creme de leite e doce de leite. A hidrólise enzimática pode reduzir a lactose para níveis inferiores a 0,1%, permitindo que o produto seja rotulado como “zero lactose”, conforme exigido pela ANVISA (RDC 136/2017).

Melhoria da textura e sabor

A quebra da lactose gera açúcares mais doces (glicose e galactose), com índice de dulçor superior ao da lactose. Isso permite a redução do açúcar adicionado, especialmente em bebidas lácteas e sobremesas, sem comprometer o sabor. Além disso, evita problemas como cristalização em produtos como sorvetes e leite condensado, garantindo mais cremosidade e uma melhor textura sensorial.

Aumento da estabilidade e vida útil

A aplicação de lactases termoestáveis em altas temperaturas reduz o risco de contaminações microbiológicas e aumenta a segurança do processo, especialmente na produção de leite UHT e condensado. Por outro lado, as lactases resistentes ao frio permitem o processamento em baixas temperaturas, preservando sabor e valor nutricional.

Produção de prebióticos (GOS)

A transgalactosilação realizada por algumas β-galactosidases permite a formação de galacto-oligossacarídeos (GOS) — compostos prebióticos que favorecem a saúde intestinal e agregam valor funcional aos produtos. Essa aplicação está alinhada à crescente demanda por alimentos funcionais e saudáveis.

 

Processos industriais de aplicação da lactase

Existem dois métodos principais para a aplicação da enzima: 

  • Pré-hidrólise (batch ou contínuo): a lactase é adicionada ao leite resfriado antes da pasteurização ou do tratamento térmico. É ideal para produtos frescos e com menor processamento.
  • Pós-hidrólise (asséptico): a enzima é adicionada após o tratamento térmico, com hidrólise ocorrendo na embalagem ou em tanques assépticos. Indicado para produtos de longa vida útil.

Além disso, na fabricação de iogurtes e leites fermentados, a hidrólise da lactose pode ser feita antes ou durante a fermentação. Enzimas com atividade em pH ácido são recomendadas nesses casos para manter a eficiência durante o processo.

 

Cuidados na escolha e aplicação da enzima

quebra da lactose

  • Origem e pureza da enzima: fundamental para evitar reações secundárias.
  • Dosagem correta: ajustada conforme o nível de hidrólise desejado e o tempo/temperatura de processamento.
  • Termoestabilidade e pH ótimo: devem estar alinhados ao tipo de produto.

 

Tendências e perspectivas de mercado

Com o crescimento contínuo do mercado de produtos sem lactose, o uso da lactase também se alinha ao conceito de “saudabilidade” e ao apelo por alimentos mais leves, digestíveis e acessíveis a públicos com restrições. Além disso, muitas pessoas consomem produtoslactose-free mesmo sem intolerância diagnosticada, por associação a uma dieta mais saudável.

Outro destaque é a engenharia enzimática, que vem otimizando as propriedades da lactase com técnicas de imobilização e modificação genética para ampliar sua estabilidade, eficiência e reutilização industrial — reduzindo custos e aumentando a produtividade.

 

Conclusão

A enzima lactase é hoje um ingrediente estratégico na produção moderna de laticínios. Sua aplicação permite à indústria atender um público crescente de consumidores com restrições, ao mesmo tempo em que melhora qualidade sensorial, estabilidade, eficiência de processo e até mesmo posicionamento de marca.

Investir em soluções enzimáticas de alta performance não é apenas uma resposta à demanda do mercado, mas uma vantagem competitiva real para a indústria de laticínios no cenário atual.

 

Referências

HEPATOGASTRO. O que é lactase e qual a sua função no organismo? Disponível em: https://hepatogastro.com.br/o-que-e-lactase-e-qual-a-sua-funcao-no-organismo/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

AVANTE INGREDIENTES. Enzima lactase: saiba mais sobre ela. Disponível em: https://www.avanteingredientes.com.br/enzima-lactase-saiba-mais-sobre-ela/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

SOUZA, Claucia Fernanda. Enzima β-galactosidase: aplicações na indústria de laticínios. MilkPoint. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/claucia-fernanda-souza/enzima-galactosidase-aplicacoes-na-industria-de-laticinios-209544/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

MONTAHNINI, Maike Tais Maziero. Utilização de lactase na indústria de laticínios. MilkPoint. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/maike-tais-maziero-montanhini/utilizacao-de-lactase-na-industria-de-laticinios-107709/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

Queijos com Baixo Teor de Lactose: Opções Seguras para Intolerantes

Conheça os melhores queijos para quem tem intolerância à lactose, como parmesão, gouda e brie. Dicas práticas para consumir queijos sem lactose com segurança e prazer. 

Se você sofre de intolerância à lactose, sabe que o consumo de laticínios pode ser um desafio. Mas a boa notícia é que nem todos os queijos são proibidos! Muitos tipos possuem baixo teor de lactose, o que permite o consumo com segurança e sem desconfortos.

Por que alguns Queijos são Tolerados?

Queijos maturados, curados e prensados passam por fermentação prolongada, onde as bactérias naturalmente consomem grande parte da lactose presente no leite. Além disso, no processo de fabricação, o soro — que concentra a lactose — é removido, reduzindo seu teor final. 

Quanto mais tempo o queijo fica envelhecido, menor a lactose residual, tornando-o uma opção segura para muitos intolerantes. 

Lista de Queijos com baixo teor de Lactose

Estudos indicam que esses queijos possuem entre 0% e 2,5% de lactose, podendo ser consumidos por pessoas com intolerância leve a moderada: 

queijo sem lactose

  • Munster: 0–1,1 %
  • Camembert: 0–1,8 %
  • Brie: 0–2 %
  • Cheddar: 0–2,1 %
  • Provolone curado: 0–2,1 %
  • Gouda: 0–2,2 %
  • Queijo azul: (como Roquefort e Gorgonzola): 0–2,5 %
  • Parmesão: 0–3,2 %
  • Suiço/Emmental: até 3,4 %

Outras opções e Cuidados

  • Queijos zero lactose: produzidos com enzima lactase, totalmente seguros, mas menos artesanais.
  • Meia cura, muçarela de búfala, Canastra maturado, provolone envelhecido: boas opções naturais e bem toleradas.
  • Evite: queijos frescos como ricota, cottage, minas frescal e requeijão, que contêm altos níveis de lactose.

Dicas de Consumo Seguro

  • Comece com pequenas porções para observar como seu organismo reage.
  • Prefira queijos artesanais e curados naturalmente, menos processados.
  • Leia sempre os rótulos e escolha produtos certificados “sem lactose” para maior segurança.
  • Considere combinar o consumo de queijos com probióticos para ajudar na digestão da lactose.

Conclusão

Quem tem intolerância à lactose pode sim saborear queijos deliciosos e nutritivos, desde que faça escolhas conscientes. Opções como parmesão, gouda, cheddar, brie e provolone curado, além dos queijos zero lactose, garantem sabor e bem-estar. 

Referências

TERRA. 5 queijos com menos lactose para os intolerantes. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-queijos-com-menos-lactose-para-os-intolerantes,cabddb30653cce9065ef5a5d00dcce6dgfb1hjxg.html. Acesso em: 23 jun. 2025. 

BOM DA FAZENDA. Pessoas intolerantes à lactose não devem consumir queijos? Disponível em: https://bomdafazenda.com/pessoas-intolerantes-a-lactose-nao-devem-consumir-queijos/. Acesso em: 23 jun. 2025

METRÓPOLES. Descubra 9 queijos que pessoas com intolerância à lactose podem comer. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas/claudia-meireles/descubra-9-queijos-que-pessoas-com-intolerancia-a-lactose-podem-comer. Acesso em: 23 jun. 2025. 

GREENME. Queijo sem lactose. Disponível em: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/79792-queijo-sem-lactose/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

CAPITALIST. Amante de queijo com intolerância à lactose? Aqui estão opções que você pode comer. Disponível em: https://capitalist.com.br/amante-de-queijo-com-intolerancia-a-lactose-aqui-estao-opcoes-que-voce-pode-comer/. Acesso em: 23 jun. 2025.