Qualidade do leite: Influência do rendimento de fabricação

Quando o assunto é qualidade no leite para industrialização e transformação em derivados lácteos, percebemos ainda um certo ceticismo, cercado por muitos tabus. É bem verdade que esse assunto vem se tornando aos pouco alvo de discussões nas reuniões estratégicas dentro do ambiente industrial, sendo colocado de forma importante como retorno econômico em um ambiente extremamente competitivo e oneroso como o mercado lácteo. Mas, sem dúvidas precisa avançar, e com intensidade, para que toda a cadeia leiteira, desde a sua matriz no campo, possa ter a noção exata de quão importante é essa questão, e o quanto pode oxigenar nosso processo produtivo.

É preciso entendermos que a qualidade da matéria-prima é ponto fundamental na qualidade do produto final e não o elo fraco nas discussões estratégicas, os departamentos que compõem o ambiente industrial precisam unir forças e trabalharem juntos em busca dos melhores resultados. Como já ouvimos certa vez: “De um leite bom, podemos fazer um queijo ruim… de um leite ruim, não conseguimos fazer um queijo bom!”. Essa máxima que nos é passada quando encontramos professores e mestres queijeiros é fundamental para sabermos o quanto a qualidade do leite pode influenciar no produto final, principalmente no seu rendimento.

Composição do leite

O leite é um produto vivo e praticamente perfeito em seus de constituintes e valores nutricionais, o que certamente o torna um produto muito concorrido pela grande gama de bactérias e demais microrganismos, bem como muito susceptível à vários tipos de inibidores de fermentação, entre eles antibióticos, bacteriocinas, fagos, entre outros.

A maioria desses inibidores, ou são provenientes de má qualidade no trato animal, ou má qualidade na hora da ordenha. A saúde do animal e a higiene são fundamentais para a melhor qualidade do leite obtido e várias análises laboratoriais dentro dos laticínios pode nos dizer como está o estado dessa matéria-prima.

Falaremos de alguns desses aspectos e sua influencia na qualidade do produto final e no rendimento de fabricação.

 

ANTIBIÓTICOS

Com certeza um grande drama para produção de derivados lácteos, não precisaria nem ser discutido se levarmos em consideração o aspecto legal, mas vale lembrar o quanto que esses resíduos podem ser prejudiciais para a fabricação de queijos, uma vez que eles destroem as bactérias do fermento não permitindo que as mesmas trabalhem para entregar as características que desejamos nos produtos. Além do mais são extremamente resistentes ao tratamento térmico, permanecendo no produto durante um bom tempo.

 

Ao inibirem a atividade bactéria impactam diretamente no produto, sua qualidade e seu rendimento. Sem contar no aspecto de saúde humana, onde esses resíduos podem gerar uma série de reações alérgicas e resistências a futuros tratamentos.

 

BACTERIÓGAFOS (FAGOS)

São hospedeiros das bactérias, verdadeiros inimigos da fabricação de derivados lácteos fermentados (queijos e iogurtes). Ao se associarem a uma cepa bacteriana faz com que essa mesma passe a reproduzir novos fagos e não mais novas bactérias.

O resultado prático disso é o famoso “travar fermento”, ou seja, se não há multiplicação bacteriana, não há queda de pH e não há fermentação, ocasionando perda fundamental de qualidade e fundamentalmente no rendimento de fabricação, já que a massa seca, perde umidade e não atinge o ponto necessário.

A melhor forma de evitarmos esse hóspede indesejável é higienizar bastante a fábrica e aplicar a rotação de culturas confirme orientação dos fornecedores.

 

CONTAGEM DE CELULAS SOMÁTICAS

A contagem de células somáticas (CCS) talvez seja o fator de mais importância relacionado com o rendimento e qualidade do queijo, porém, é muito pouco abordada e por muitas vezes até descartada em assuntos que tratam a qualidade do leite e até em políticas de pagamento de qualidade do leite. Sua importância se dá principalmente pelas alterações de composição e de aumento de atividade enzimática. Diversos estudos científicos descrevem que o uso de leite com alta CCS para a fabricação de queijo pode resultar em inúmeras e maléficas consequências como a perda de sólidos no soro, má formação na coalhada, aumento do tempo de coagulação entre outras.

Esse gráfico é um convite a matemática:

1000 litros de leite abaixo de 400 mil células/ml, produzem 105,04 kg de queijo a R$ 12,00 = R$ 1.260,00;

1000 litros de leite acima de 700 mil células/ml, produzem 91,49 kg de queijo a R$ 12,00 = R$ 1.097,89.

 

CONTAGEM BACTERIANA TOTAL

Outro fator de extrema importância é a quantidade bacteriana inicial do leite e também aquelas que estão presentes em todo processo produtivo. Essas bactérias vão entrar no processo competindo pelo mesmo alimento (lactose) que o cultivo selecionado, produzindo em muitos caso ácido lático também, porém, o tempo de produção e a consequência dessa fermentação é que tornam esse um problema extremamente grave e complicado, uma vez que essas bactérias ao se reproduzirem produzem proteases que degradaram a proteína formando peptídeos que darão origem a maior perda de finos no soro, formação de sabor amargo e modificando as características do produto final.

Uma boa política de campo, bem como higienização constante dentro da fábrica são imprescindíveis para mantermos essas cargas bacterianas em níveis baixos.

 

COMPOSIÇÃO DO LEITE

Talvez o grande desafio das industrias em parceria com o campo seja obter uma matéria-prima. Aumentar os sólidos do leite, principalmente as caseínas, que é a fração coagulável pelo coagulante e que ao formar uma rede (paracaseinato de cálcio) “aprisiona”, em diferentes proporções, os demais elementos do leite, como gordura, lactose, sais minerais, etc. é de fundamental importância para se ter melhor rendimento de fabricação.

Para se ter uma ideia, a caseína gira em torno de 77% do valor da proteína total do leite e se apresenta em torno de 2,5% sobre o volume total de leite (embora no Brasil a média pode se apresentar mais baixa em torno de 2,2%) e o impacto de seu pequeno aumento pode representar um enorme ganho como no exemplo abaixo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sem sombra de dúvidas, termos bons rendimentos e qualidade do produto final e excelência em processo passa por entender o que importa fundamentalmente na política de campo. Monitorar os parâmetros que são realmente relevantes para a produção de queijos (caseína, CCS, periodicidade de coleta, contagem bacteriana) significa traduzir dados e trazer o produtor para mais perto da indústria. Lembrando que a operação logística da coleta de leite também é um aspecto de grande relevância.

O pagamento de leite por qualidade, se valendo dos valores acima pode ser uma grande ferramenta para permitir essa aproximação.

Trabalhar com informações precisas também é extremamente importante para não termos dados dispersos e dúbios. Utilizar e, sobretudo, interpretar os dados de análise para que gerem informações úteis nos fará ter o domínio de toda a situação que envolve o processo produtivo.

Por fim, a higienização e treinamentos se dão de forma fundamental para redução dos níveis de bacteriófagos e carga bacteriana garantindo menores perdas operacionais e melhores qualidades do produto final.

 

 

Fonte: Elaborado por Gláucio Perobelli

Formas de aproveitamento do soro de leite

O QUE É O SORO?

Considerada como uma fonte riquíssima de nutrientes, a proteína do soro do leite é extraída durante o processo de transformação do leite em queijo.

Por ser um subproduto da fabricação de queijo, representa 85 a 90% do volume de leite utilizado e retém em torno de 55% dos nutrientes do leite. Para produção de 1 kg de queijo tradicional são utilizados 10 L de leite de vaca ou 5,5 L de leite de búfala, sendo obtidos 9 e 4,5 L de soro de queijo, respectivamente (JELEN, 2003).


FORMAS DE APROVEITAMENTO

O queijo de ricota é uma das alternativas para reutilização de soro. O princípio de fabricação da ricota é baseado na precipitação das proteínas do soro por meio de calor associado a acidificação, constituindo uma alternativa para o aproveitamento do soro. É possível adicionar a este soro 5 a 20% de leite integral ou desnatado, para aumentar o rendimento na produção da ricota (FOX; MCSWEENEY, 2004).

O soro de leite também pode ser utilizado como constituinte de produtos denominados bebida láctea no Brasil, além de leite em pó ou fluido com diferentes teores de gordura, creme de leite, entre outros ingredientes lácteos, como caseinato e concentrado proteico de soro.

Como suplemento alimentar no Brasil, o soro do leite é legislado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Comercializado líquido ou em pó, possui alto valor nutricional e apresenta ótima aceitação pelos consumidores, especialmente pelos praticantes de esportes em academias onde é conhecido pelo nome de whey protein (APIL RS, 2017). Santos e Buriti (2010) constataram que as proteínas do soro lácteo também podem gerar efeitos funcionais, benéficos à saúde, por originarem peptídeos bioativos nos produtos lácteos e durante o processo digestivo.

Recentemente foi identificado um componente com potencial de minimizar os efeitos adversos da hipertensão, segundo pesquisas da Embrapa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde foram analisadas pequenas partes de proteínas (peptídeos) do soro do leite em testes in vitro que indicaram vasodilatação nas artérias de cobaias entre 80 a 100%. O resultado sugere que um indício bastante promissor quanto à capacidade anti-hipertensiva de peptídeos do soro do leite, efeito similar ao obtido com medicamento (EMBRAPA, 2015).

Referências bibliográficas:

JELEN, P. Whey processing. In: ROGINSKI, H.; FUQUAY, J.W. AND FOX, P.F. (eds.). Encyclopedia of Dairy Sciences, Academic Press, v. 4, p.2739-2751, 2003.

FOX, P. F.; MCSWEENEY, P. L. H. Cheese: Chemistry, Physics and Microbiology. Elsevier Academic Press, London, v. 2, p. 345–346, 2004.

APIL RS, Soro, a riqueza desperdiçada: de descarte na fabricação de queijos à produto de alto valor industrial. Revista Leite & Queijos, Porto Alegre, v. 6, n. 33, p.8-12, abr. 2017.

SANTOS, Karina Maria Olbrich dos; BURITI, Flávia Carolina Alonso. Soro lácteo: resíduo, subproduto ou ingrediente funcional para alimentos? 2010. EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS. Disponível em: www.portaldoagronegocio.com.br/artigo/soro-lacteo-residuo-subproduto-ou-ingrediente-funcional-para-alimentos

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Pesquisadores identificam composto benéfico para a saúde em soro de leite. Segurança alimentar, nutrição e saúde. Brasília, DF – Brasil, 2015. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/4989705/pesquisadoresidentificam-composto-benefico-para-a-saude-em-soro-de-leite

DE PORTUGAL A MINAS GERAIS. CONHEÇA OS MUSEUS TOTALMENTE DESTINADOS AO QUEIJO

QUEM AMA QUEIJO, MUITO ALÉM DE DEGUSTAR, GOSTA DE CONHECER O QUE ESTÁ POR TRÁS DESSA IGUARIA, E POR ISSO CRIAMOS UM ROTEIRO COM ALGUNS DOS MUSEUS DO QUEIJO ESPALHADOS PELO MUNDO.

Alguns dizem que o queijo tem origem mitológica, divina, outros acreditam que sua origem é egípcia e foi sendo aperfeiçoada e espalhada pelas civilizações no decorrer dos séculos. Mas uma coisa é certa, todos nós amamos essa iguaria.
Tipos, história e processos de fabricação, são alguns dos tópicos que você vai encontrar nos museus destinados aos queijos.

Clique nos títulos e acesse os sites para maiores informações e para ver fotos.

Museu do Queijo de Amsterdã

Localizado em Amsterdã na Holanda, esse museu traz um pouco da história dos queijos regionais, com mais de 600 anos de tradição na produção do queijo holandês, mérito suficiente para justificar a existência de um museu destinado a sua produção. Gouda, Edam, Leerdammer, Leyden, Maaslander e Maasdam são queijos que levam nomes de cidades holandesas, e que podem ser encontrados no museu, assim como o cortador de queijo mais caro do mundo, com diamantes incrustrados e com o incrível valor de €26 mil. Em sua parte subterrânea, o museu conta com antigas peças utilizadas na produção de gouda, como formas de madeira, latões de leite, liras,prensas e balanças, além de acessórios Boska, desenvolvidos especialmente para o corte de queijos.

Museu do Queijo de Akmaar

Ainda no país das tulipas, localizado no segundo e terceiro andar da casa de pesagem de Alkmaar, o Museu do Queijo Holandês de Alkmaar explica a produção, história e o lugar de cada queijo na cultura do país. A construção era originalmente uma capela, mas com o tempo foi se transformando na casa de pesagem e museu, de onde você tem uma visão privilegiada da famosa praça Waagplein. O museu conta com uma coleção de itens utilizados na produção de queijos ao longo da história, explica a diferença entre um queijo produzido nas fábricas e queijos produzidos em fazendas, entre outros tópicos interessantes à todo amante de queijo. Caso queira fazer uma excursão guiada, é necessário fazer uma reserva antecipada.

Vale do Emmen

Casa de um dos queijos mais apreciados do mundo, o Vale do Emmen é o berço do famoso queijo Emmental. Localizado a apenas 100km de Bern, capital da Suiça, a cidade de Affoltern é um destino perfeito aos amantes do queijo. Acompanhe todo o processo de produção do queijo Emmental, famoso por suas olhaduras, com direito a passar pela experiência de produzir no fim da visita, um queijo fresco, por valores entre €2 e €10, podendo ser feito individualmente ou em grupo. No prédio histórico, construído em 1741, se pode ver como os queijos eram produzidos manualmente no século XVII, sob um fogareiro e com utensílios artesanais, podendo o grupo agendar antecipadamente uma fabricação do queijo pelo método tradicional. Mas para quem prefere conhecer o processo mais industrializado, a cidade conta com outros passeios mais modernos, onde poderão acompanhar todas as etapas, desde a preparação do leite até a maturação do queijo, com explicações sobre a formação das olhaduras e o diâmetro perfeito das mesmas num verdadeiro queijo Emmental.

Museu do Queijo de Pêraboa

Localizado na Freguesia de Pêraboa em Portugal, o museu de 634m² permite aos seus visitantes conhecerem o processo de produção de um dos queijos mais admirados do mundo, o Pêraboa. O museu tem dois trajetos paralelos, um museológico e um gastronômico, o que permite experiências diferentes aos visitantes. Por meio de recursos palpáveis e apresentações multimídia, o visitante pode conhecer o ambiente que envolve a arte da produção artesanal do queijo da Serra, assim como as técnicas e utensílios empregados na mesma durante os anos. Além disso o passeio ainda permite ao visitante conhecer as características do queijo de ovelha Kosher, produzido em Pêraboa segundo os preceitos da religião judaica.

Fábrica de Queijos - La Maison du Gruyères Fromagerie

Localizada na cidade de Gruyères na Suiça, a fábrica, aberta todos os dias, propõe uma imersão no universo do Gruyère, com a possibilidade de acompanhar da galeria de visitantes, a produção do rei dos queijos em uma visita com duração aproximada de 30 a 45 minutos, comentada através de um aparelho de áudio, disponível em 13 línguas e com direito a experimentar um pequeno pedaço dessa iguaria, mas se esse pedacinho não matar seu desejo e você desejar mais, a fábrica possui um restaurante próprio com diversas entradas e pratos para você apreciar o queijo, entre eles, o famoso fondue, tão apreciado no nosso inverno.

Museu Queijo Canastra

Localizado na cidade mineira de Medeiros, a 286Km da capital Belo Horizonte, o Museu do Queijo de Medeiros começou a ser implantado após a reforma do matadouro municipal, com recursos da prefeitura e da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A cidade é um dos municípios integrantes do Circuito da Serra da Canastra juntamente com outras 11 cidades do estado de Minas Gerais.

E aí? Curtiu as dicas? Conhece algum outro museu? Envie-nos uma mensagem e depoimentos sobre as visitas pelo Facebook ou WhatsApp caso tenha a oportunidade.

Apesar da queda nos custos de produção da atividade leiteira, elas estão maiores que em 2017

Os custos de produção da atividade leiteira caíram pelo segundo mês consecutivo. Segundo o Índice Scot Consultoria de Custo de Produção o recuo foi de 0,8% em julho, em relação a junho deste ano.
A queda nos preços dos alimentos concentrados e dos combustíveis puxaram o indicador para baixo.

Em relação a igual período do ano passado, os custos da atividade estão 10,5% maiores.
Com o ligeiro recuo nos custos de produção e aumento no preço do leite pago ao produtor nos últimos meses as margens da atividade melhoraram.

Para o curto prazo, a expectativa é de preços mais firmes para os alimentos concentrados, com a entressafra nos Estados Unidos e boa demanda interna e para exportação. Atenção também ao câmbio.

Fonte: Scot Consultoria

6 curiosidades sobre o consumo de queijos

É UMA COLÔNIA DE BACTÉRIAS
Acredite ou não, alguns queijos são fruto de um trabalho árduo desempenhado por milhões de bactérias e fungos. É o caso do famoso Blue Cheese, do qual o queijo gorgonzola é uma das variantes. São as bactérias, os microorganismos presentes no leite, que ajudam a transformar a lactose em ácido lático. A acidificação do leite é um processo de fermentação que decorre na ausência de oxigénio.

ACELERA O METABOLISMO
Um estudo publicado no “Journal of Agricultural and Food Chemistry” comparou amostras urinárias e fecais de pessoas cujas dietas eram ricas em queijo ou leite com as de pessoas que não consumiam laticínios. Os indivíduos que consumiam queijo tinham níveis mais elevados de butirato (ácido gordo produzido pelas bactérias do estômago) nas fezes. Estes níveis de butirato estão associados a uma significativa diminuição dos níveis do colesterol mau (LDL). Apesar de ainda não ser claro como o butirato atua na perda de peso, alguns estudos em animais mostram que este ácido gordo melhora a sensibilidade à insulina, aumenta o gasto de energia, acelera o metabolismo e reduz o stress oxidativo da inflamação, explica o autor do estudo, Morten R. Clausen.

6 Curiosidades sobre o consumo de queijoCOMBATE O CANCRO E AUMENTA A LONGEVIDADE
Uma experiência em laboratório conduzida por cientistas da Universidade do Texas A&M mostrou que o consumo de espermidina, um composto encontrado em alguns tipos de queijo, aumentou em 25% a longevidade de ratos e diminuiu a incidência de cancro e fibrose hepática.

INTOLERANTES À LACTOSE PODEM COMER ALGUNS TIPOS DE QUEIJO
Alguns produtos lácteos e alguns queijos não têm lactose. Uma excelente opção para os intolerantes a este dissacarídeo são os queijos duros maturados que no seu processo de fabricação possuem grande parte do soro retirada (Que é rico em lactose) e o pouco residual de lactose é consumido por bactérias ao longo da maturação.

AUMENTA O PESO
Apesar de acelerar o metabolismo, o queijo gordo também é um alimento excelente para ganhar peso. É rico em proteínas, gorduras, cálcio, vitaminas e minerais. As proteínas são essenciais para o crescimento dos músculos e as gorduras fornecem energia ao organismo.

COMBATE A OSTEOPOROSE
A osteoporose é uma doença causada pela deficiência de cálcio nos ossos, devido à sua não absorção, resultando na diminuição da densidade mineral óssea. É bastante frequente em mulheres na menopausa, idosos e crianças que sofrem de desnutrição. A doença pode ser prevenida com uma alimentação equilibrada. Segundo um estudo da Universidade de Florença, em Itália, conduzido por Barbara Pampaloni, os produtos lácteos, ao fornecer cálcio e proteínas, representam uma fonte ideal de nutrientes para a saúde óssea. O estudo frisa que manter uma alimentação equilibrada e rica em laticínios reduz o risco da doença em 50%.

Fonte: Lifestyle Sapo.pt

Novo projeto de lei permite o comércio interestadual de produtos alimentícios artesanais

Foi aprovado e sancionado nessa quinta-feira o projeto de lei que permitirá a comercialização interestadual de produtos alimentícios artesanais. A PLC 16 também altera a Inspeção Industrial e Sanitária para que possa ocorrer a fiscalização desses produtos.

Embutidos, queijos e demais produtos com características e métodos tradicionais ou regionais próprios serão identificados em território nacional por um selo único com a indicação ARTE.

Agora produtos, como por exemplo o Queijo Canastra, poderão ser encontrados de forma legal e com mais facilidade pelo Brasil.

Fonte: Senado Federal

Aposta estratégica no queijo artesanal de búfalas

“A gente já sabia produzir leite e queijo, nosso maior desafio foi entender o mercado, as deman­das do consumidor.” A frase de Pedro Paulo Delgado, engenheiro agrônomo e proprietário da Fazenda Santa Helena (Sete Barras- SP), sugere como é possível transformar um obstáculo em estímulo para agregar valor à produção e expandir o negócio. Ele fala de forma coletiva porque se refere ao empreendimento iniciado em novembro de 2016 com a esposa, Carmen Castelo Bruno Delgado, e outro casal, Rafael Gonzaga Moreira e Glauce Prado. O quarteto é responsável pelo Laticínio Santa Helena, empresa familiar que vem se destacando no circuito gastronômico da capital paulista e de outros centros urbanos com queijos produzidos de forma artesanal exclusivamente com leite de búfalas. Um desses pontos é a casa “A Queijaria”, o primeiro estabelecimento a promover o queijo do Santa Helena na cidade de São Paulo.

Queijo de Búfala

O laticínio está instalado no Vale do Ribeira, região do Estado de São Paulo caracterizada, principalmente, pela pro­dução de banana e palmito pupunha, mas que também é representativa na bubalinocultura. A produção de queijos fica dentro do Sítio Mina do Vale, em Jacupiranga-SP, propriedade adquirida pela família de Glauce. Por mês, são pro­cessados cerca de 12 mil litros de leite, volume destinado à produção de queijos frescos, como a mussarela e a burrata, e maturados, criações de Delgado que têm chamado a atenção de especialistas do setor. No ano passado, seis deles – “Pai do Mato”, “Vale do Ribeira”, “Crema”, “Bola”, “Cataia” e “Sassafrás – foram contemplados no Prêmio Queijo Brasil, concurso realizado pela Associação dos Comerciantes de Queijos Artesanais do Brasil, a ComerQueijo.

O Santa Helena também integra o Caminho do Queijo Artesanal Paulista, iniciativa que reúne dez queijarias de São Paulo para mostrar aos consumidores locais – e de quaisquer outros lugares – a diversidade e a qualidade de sua pro­dução. Apadrinhado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o projeto foi realizado pela Coentro Comunica, agência de comuni­cação especializada em gastronomia. No site do projeto há diversas informações das queijarias, o mapa deste saboroso caminho e indicações de onde encontrar os produtos.

Se por um lado toda essa exposição tem sido altamente positiva para projetar o nome do laticínio e aquecer os negócios, por outro aumenta o grau de exigência sobre a qualidade e a eficiência da confecção dos queijos. Do manejo na criação dos rebanhos até a rotina de fabricação dentro da queijaria e a expedição dos produtos, há uma série de protocolos a serem seguidos para garantir total segurança para os animais, as equipes e os consumidores.

Fonte: Site Balde Branco

Emater prepara em Curitiba final de concurso de queijos artesanais

O Instituto Emater já está preparando a etapa final do 1º Concurso de Queijos Artesanais do Paraná, que vai acontecer no Mercado Municipal de Curitiba no dia 20 de julho. Durante o evento serão avaliados três queijos vencedores de cada uma das sete regiões do Estado onde aconteceram as etapas regionais do concurso de produção de queijo artesanal (curado).

A sétima e última etapa regional do 1º Concurso de Queijos Artesanais do Paraná foi encerrada nesta terça-feira (22), na sede do Instituto Emater, em Curitiba, com a presença do secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, George Hiraiwa; e do diretor-presidente da empresa, Richard Golba. Na solenidade, foi lembrado o aniversário de 62 anos da Emater Paraná a serviço do agricultor familiar paranaense.

Esse concurso foi idealizado e implantado em meados do ano passado com o objetivo de promover a produção de queijos artesanais no Estado, valorizando a cultura alimentar e o saber dos agricultores familiares na fabricação de queijos diferenciados (curados).

Junto com o concurso, a Emater estimulou os processos de capacitação dos produtores, o aperfeiçoamento de cada um e a melhoria na legislação para que os produtores possam vender seus produtos para outras localidades.

CONCURSO – Nessa etapa do Concurso de Queijos Artesanais foram classificados os produtores Celia Regina Schulis, de São José dos Pinhais; Nizete Hrusehkra, de Piên; e Ezio Luiz Gawlik, de São José dos Pinhais.

O concurso superou as expectativas, ao avaliar 190 queijos inscritos, sendo que a estimativa inicial previa avaliar no máximo 150 queijos. Foram cinco os critérios julgados: apresentação geral do queijo, cor, consistência (textura), aroma e sabor.

Para esse concurso foram convidados técnicos dos estados de Minas Gerais e de Santa Catarina, que são regiões com processo mais avançado na produção de queijos artesanais, para aprender e incorporar as virtudes dessas localidades, disse Reni Dernardi, representante da Comissão Organizadora do 1º Concurso de Queijos Artesanais do Paraná.

As etapas regionais foram promovidas em Pinhão, Francisco Beltrão, Irati, Londrina, Toledo, Pitanga, e por último em Curitiba. Ao todo participaram produtores de cerca de 90 municípios paranaenses. Cada etapa territorial contou com a participação de três jurados do Paraná e de outros estados.

CRITÉRIOS – Para participar do concurso o produtor teve que atender a alguns critérios. O primeiro deles é produzir o queijo com leite do próprio estabelecimento rural em que vive. Também é exigida a aplicação de boas práticas de ordenha e na fabricação do queijo.

O participante deve possuir rebanho devidamente vacinado e livre de enfermidades, com atestado sanitário. O queijo deve ser curado por, no mínimo, 20 dias e não pode apresentar aditivos artificiais como conservantes e corantes.

Segundo Denardi, a partir desse concurso o Instituto Emater e parceiros pretendem, por meio de pesquisas e atividades de capacitação, identificar e desenvolver alguns tipos de queijos artesanais paranaenses. O objetivo é que, dentro de alguns anos, esses produtos tenham qualidade para participar de concursos nacionais como já ocorre com queijos de Minas Gerais e de Santa Catarina.

APLICATIVO – Durante as comemorações de 62 anos de criação do Instituto Emater, o gerente de Comunicação, Diniz D`Oliveira, apresentou um aplicativo – ferramenta de comunicação disponível em smartphones e aparelhos android – que em breve estará acessível ao produtor rural.

Segundo Oliveira, a ferramenta ainda está em fase de testes, mas vai funcionar para facilitar o acesso do agricultor assistido pela empresa aos serviços de extensão disponíveis e também às informações geradas pelo Instituto Emater através de seu programa de rádio, do site, dos vídeos e pelas newsletters.

Já estão sendo usadas ferramentas como o Whatswapp, pelo programa de rádio do Instituto Emater, que já conta com 357 participantes. Eles interagem on-line durante o programa e dessa forma se sentem incluídos, disse D´Oliveira.

Para o secretário George Hiraiwa, defensor da tecnologia digital no campo, foi um momento de muita satisfação ver o esforço dos técnicos do Instituto Emater em dominar a tecnologia a serviço dos produtores rurais.

“O Instituto Emater já domina o saber fazer em várias frentes e o desafio agora é dominar o uso da tecnologia que é fundamental para que filhos e netos dos agricultores tenham vontade de trabalhar no campo, continuando e modernizando cada vez mais a atividade rural”, disse o secretário.

Fonte: Agência de notícias do Paraná

Vigor entra no segmento de queijos especiais

Além de seus variados lançamentos, a grande surpresa da Vigor foi a entrada da marca no segmento de Queijos Especiais, com o lançamento de um portfólio robusto, reforçando a posição da companhia no mercado como referência em qualidade e inovação. Em termos de produtos, alguns dos destaques são o lançamento Vigor 3 Grãos, iogurte já misturado com grãos de Chia, Amaranto e Quinoa, a nova linha Vigor Grego Loucos por Flocos, os novos sabores de Vigor Grego Pedaços e novidades na linha infantil. Além disso, destacam-se lançamentos de outras marcas da companhia, como a linha Danubio Zero Lactose, presente na categoria de lácteos brancos.

Queijos Especiais Vigor

Reforçando sua referência em qualidade, inovação e excelência, a Vigor apresenta sua entrada na categoria de Queijos Especiais. A marca, que já é líder no segmento de Queijo Ralado, aposta agora em uma linha que tem por objetvo ajudar o consumidor a inserir opções diferenciadas nas receitas do dia a dia e dar um toque especial ao cotidiano. Brie, Camembert, Gorgonzola, Gouda, Emmental, Gruyère e Provolone são os tipos de queijos oferecidos no robusto portfólio lançado pela marca, que conta com um total de 12 produtos, divididos em diferentes opções de tamanho. Sabor, qualidade e variedade são os principais atributos da linha, que chega para atender tanto o público final quanto o mercado de transformação de alimentos.

As embalagens do portfólio são um diferencial à parte. Os rótulos propositalmente envelhecidos ressaltam a inspiração artesanal dos produtos, com cores diferentes para cada tipo de queijo, promovendo fácil visualização nas gôndolas do varejo. O toque final são indulgentes imagens de saborosas receitas do dia a dia, preparadas com o produto, indicando ao consumidor uma sugestão de aplicação e consumo do alimento.

Todos os queijos da linha podem ser encontrados em embalagens fracionadas, de aproximadamente 120 g, com exceção do Provolone, que é apresentado somente em versão de 3 kg. Os tipos Brie e Gorgonzola também são encontrados em formas de aproximadamente 3 kg.

A linha de Queijos Especiais Vigor já está disponível para o mercado, com exceção das versões forma e fracionado dos tipos Gouda, Gruyère e Emmental, que poderão ser encontradas no segundo semestre de 2018.

Fonte: Revista Laticínios

Leite pode ser a melhor opção após o exercício

Quando se trata do melhor líquido para beber antes, durante ou após exercícios físicos, a melhor pedida é água ou isotônicos, certo? Errado. Cientistas estão dando suporte científico para casos como o de Matt Whitmor, um instrutor de ginástica londrino. “Eu faço isso religiosamente”, conta. Ele começou a beber leite após o exercício cerca de 10 anos atrás, quando não podia pagar suplementos caros ou shakes de proteína. “O leite me ajuda a recuperar mais rapidamente e eu me sinto ótimo depois de bebê-lo”, explica. Agora, ele odeia treinar sem leite.

Os benefícios de saúde do leite – que tem carboidratos e eletrólitos, cálcio e vitamina D – já são bastante conhecidos. A novidade fica por conta da constatação de que a bebida contém também as duas melhores proteínas para a reconstrução dos músculos – o que ajuda no desempenho de atletas.

Os músculos se danificam após uma bateria intensa de exercícios aeróbios como correr, jogar futebol ou andar de bicicleta. A caseína e a proteína do soro do leite (também conhecida como “whey protein”) são precisamente o que o organismo necessita para regenerar músculos rapidamente.

A nutricionista do Medical Research Council do Reino Unido, Glenys de Jones, explica que o conteúdo de proteína de leite torna-o uma bebida pós-exercício ideal. “O leite fornece os blocos de construção de que você precisa para construir novos músculos”, compara Glenys, que não tem laços com a indústria de laticínios. Ela lembra que as bebidas esportivas, embora substituam principalmenteos carboidratos e eletrólitos perdidos, elas geralmente não possuem os nutrientes necessários para os músculos se regenerarem.

Especialistas têm se dividido sobre a eficiência do leite como bebida esportiva. Além dos cientistas, os produtores de leite também estão espertamente ansiosos para entrar no mercado multibilionário, muitas vezes patrocinando pesquisas sobre os benefícios do leite de atletismo. E assim, o debate continua com o leite recendo muita atenção.

Em um estudo publicado na Revista Applied Physiology, Nutrition and Metabolism, os pesquisadores descobriram que pessoas que beberam leite após o treinamento foram capazes de se exercitar durante mais tempo na sua próxima sessão, se comparado às pessoas que haviam ingerido bebidas esportivas ou água.

“É a forma de hidratos de carbono e os nutrientes do leite que é mais importante”, analisa Emma Cockburn, professora de esportes e treinadora da Universidade de Northumbria, Inglaterra e responsável pelo estudo.

Emma aconselha os atletas a beber leite imediatamente após o treino. “Os danos causados pelo exercício levam a um colapso das estruturas de proteínas nos músculos, mas isso só acontece entre 24 e 48 horas mais tarde”, explica. Se os atletas beberem leite logo após o exercício, no momento em que ele for digerido, os nutrientes do leite já estarão prontos para serem absorvido pelos músculos que foram atingidos. Por ser esvaziado do estômago mais lentamente do que as bebidas esportivas, o leite mantém o corpo hidratado por mais tempo.

Para as pessoas que não gostam da ideia de beber leite puro, os especialistas recomendam adicionar um pouco de chocolate ou outro sabor artificial. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, o nadador Michael Phelps, oito medalhas de ouro na competição, costumava tomar uma bebida de leite aromatizado entre as provas.

Entretanto, alguns especialistas alertaram que beber leite após o exercício não é para todos. Catherine Collins, nutricionista e porta-voz da Associação Dietética Britânica, argumenta que, enquanto o leite pode ser benéfico para os atletas de elite que queimam milhares de calorias por dia durante o treinamento intensivo, o leite pode trazer más consequências para frequentadores ocasionais de academia. “O achocolatado, principalmente, pode adicionar calorias indesejadas após o exercício”, sustenta. Além disso, porque é mais difícil de digerir, as pessoas só devem beber leite depois que terminar o exercício, não durante.

Fonte: Hypersciece