Queijos Azuis: O Que São, Propriedades e Benefícios para a Saúde

Saiba o que são os queijos azuis, como Gorgonzola e Roquefort, e descubra seus principais benefícios para a saúde: ossos mais fortes, sistema imunológico fortalecido e mais. 

Queijos azuis, como Gorgonzola, Roquefort e Stilton, são muito apreciados pelo sabor marcante e aroma único, graças à ação do fungo Penicillium. Além de agradarem ao paladar, os queijos azuis oferecem diversos benefícios para a saúde, que vão desde o fortalecimento ósseo até a melhora da função cognitiva.

 

Fortalecimento Ósseo e Saúde Dental

Ricos em cálcio (aproximadamente 150 mg a cada 28 g), os queijos azuis são aliados na prevenção da osteoporose e na manutenção de ossos e dentes fortes. A presença de vitaminas D e K2 ainda favorece a absorção e fixação desse mineral no organismo.

 

Queijos azuis Gorgonzola, Roquefort e Stilton com bordas arredondadas

Controle de Peso e Saciedade

Estudos indicam que o cálcio pode auxiliar na queima de gordura visceral, principalmente na região abdominal. A combinação de proteínas e gorduras saudáveis presente nesses queijos também proporciona maior saciedade, contribuindo para o controle do apetite. 

 

Saúde Cardiovascular e Ação Anti-inflamatória

Durante a maturação, são formados compostos como peptídeos e ácidos graxos que possuem propriedades anti-inflamatórias. Esses elementos podem ajudar na redução da pressão arterial, na prevenção de placas nas artérias e na diminuição do colesterol LDL (o “ruim”).

 

Digestão e Imunidade

A fermentação dos queijos azuis produz probióticos que beneficiam a flora intestinal, melhorando a digestão e fortalecendo o sistema imunológico. Nutrientes como vitaminas A, D, zinco e potássio também reforçam essas defesas naturais.

 

Benefícios Cognitivos e Neurológicos

Vitaminas do complexo B (como a B12), minerais como o zinco e compostos como a oleamida e o dehydroergosterol estão relacionados à proteção das funções cerebrais, podendo auxiliar na memória, concentração e prevenção de inflamações no sistema nervoso.

 

Prevenção de Infecções e Inflamações

O fungo Penicillium tem ação antibacteriana, o que pode colaborar na prevenção da placa dental. Além disso, os efeitos anti-inflamatórios dos queijos azuis podem oferecer alívio em quadros de artrite, gota e outras condições inflamatórias.

 

Potencial Anticancerígeno

O ácido linoleico conjugado (CLA), encontrado em queijos de animais alimentados a pasto, tem sido associado à inibição do crescimento de células tumorais, especialmente no trato digestivo, além de ajudar na redução de marcadores inflamatórios.

 

Queijo azul tradicional com textura cremosa e veias azuis

Moderação e Cuidados no Consumo de Queijos Azuis

Apesar dos benefícios, os queijos azuis possuem alto teor de sódio e gordura saturada, por isso seu consumo deve ser equilibrado. Pessoas com intolerância à lactose, sensibilidade à penicilina ou sistema imunológico comprometido devem consultar um profissional de saúde antes de incluí-los na dieta. 

 

Como Aproveitar os Benefícios dos Queijos Azuis

Para potencializar a experiência, combine com frutas (pera, maçã), oleaginosas (como nozes), pães artesanais ou vinhos encorpados — harmonizações que realçam o sabor e ampliam os benefícios à saúde. 

 

Conclusão

Os queijos azuis vão além do paladar refinado: são verdadeiros aliados da saúde quando consumidos com consciência. Ricos em nutrientes e compostos funcionais, eles podem contribuir para o equilíbrio do corpo e da mente. 

 

Referências

PRODUTOS FINOS. Quais são os benefícios dos queijos azuis? Disponível em: https://www.produtosfinos.com.br/queijos/quais-sao-os-beneficios-dos-queijos-azuis/. Acesso em: 18 jun. 2025. 

MACALÉ. Queijos azuis. Disponível em: https://macale.com/eventos/2021/05/18/queijos-azuis/. Acesso em: 18 jun. 2025. 

HART DESIGN & MANUFACTURING. Blue cheese benefits. Disponível em: https://hartdesign.com/industry-news/blue-cheese-benefits/. Acesso em: 18 jun. 2025. 

KILTZ, Robert. Is blue cheese good for you? Disponível em: https://www.doctorkiltz.com/is-blue-cheese-good-for-you/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

Aplicação da Enzima Lactase na Indústria de Laticínios: Eficiência, Inovação e Oportunidade de Mercado

A enzima lactase (ou β-galactosidase) é uma ferramenta biotecnológica essencial para a produção de laticínios sem lactose ou com teor reduzido desse açúcar. Além de beneficiar consumidores com intolerância à lactose, seu uso oferece vantagens tecnológicas, sensoriais e econômicas para o setor industrial.

 

O que é a enzima lactase e como ela atua nos laticínios?

A lactase é uma enzima que atua sobre a lactose, um dissacarídeo naturalmente presente no leite, quebrando-a em duas moléculas mais simples: glicose e galactose. Esse tipo de processo é chamado de hidrólise enzimática da lactose e é bastante utilizado na indústria para moldar produtos às demandas de consumidores intolerantes à lactose — grupo que representa cerca de 70% da população mundial.

A fonte da enzima interfere diretamente em seu desempenho. Fungos filamentosos como Aspergillus oryzae e leveduras como Kluyveromyces lactis produzem lactases com diferentes faixas de atuação de pH e temperatura, permitindo a aplicação em diversos tipos de produtos lácteos — desde leite UHT e pasteurizado até iogurtes fermentados e sorvetes.

 

Vantagens do uso industrial da lactase

lactose

Produção de laticínios sem lactose

A principal aplicação da lactase na indústria de alimentos é a eliminação da lactose em produtos como leite, iogurte, requeijão, queijo fresco, creme de leite e doce de leite. A hidrólise enzimática pode reduzir a lactose para níveis inferiores a 0,1%, permitindo que o produto seja rotulado como “zero lactose”, conforme exigido pela ANVISA (RDC 136/2017).

Melhoria da textura e sabor

A quebra da lactose gera açúcares mais doces (glicose e galactose), com índice de dulçor superior ao da lactose. Isso permite a redução do açúcar adicionado, especialmente em bebidas lácteas e sobremesas, sem comprometer o sabor. Além disso, evita problemas como cristalização em produtos como sorvetes e leite condensado, garantindo mais cremosidade e uma melhor textura sensorial.

Aumento da estabilidade e vida útil

A aplicação de lactases termoestáveis em altas temperaturas reduz o risco de contaminações microbiológicas e aumenta a segurança do processo, especialmente na produção de leite UHT e condensado. Por outro lado, as lactases resistentes ao frio permitem o processamento em baixas temperaturas, preservando sabor e valor nutricional.

Produção de prebióticos (GOS)

A transgalactosilação realizada por algumas β-galactosidases permite a formação de galacto-oligossacarídeos (GOS) — compostos prebióticos que favorecem a saúde intestinal e agregam valor funcional aos produtos. Essa aplicação está alinhada à crescente demanda por alimentos funcionais e saudáveis.

 

Processos industriais de aplicação da lactase

Existem dois métodos principais para a aplicação da enzima: 

  • Pré-hidrólise (batch ou contínuo): a lactase é adicionada ao leite resfriado antes da pasteurização ou do tratamento térmico. É ideal para produtos frescos e com menor processamento.
  • Pós-hidrólise (asséptico): a enzima é adicionada após o tratamento térmico, com hidrólise ocorrendo na embalagem ou em tanques assépticos. Indicado para produtos de longa vida útil.

Além disso, na fabricação de iogurtes e leites fermentados, a hidrólise da lactose pode ser feita antes ou durante a fermentação. Enzimas com atividade em pH ácido são recomendadas nesses casos para manter a eficiência durante o processo.

 

Cuidados na escolha e aplicação da enzima

quebra da lactose

  • Origem e pureza da enzima: fundamental para evitar reações secundárias.
  • Dosagem correta: ajustada conforme o nível de hidrólise desejado e o tempo/temperatura de processamento.
  • Termoestabilidade e pH ótimo: devem estar alinhados ao tipo de produto.

 

Tendências e perspectivas de mercado

Com o crescimento contínuo do mercado de produtos sem lactose, o uso da lactase também se alinha ao conceito de “saudabilidade” e ao apelo por alimentos mais leves, digestíveis e acessíveis a públicos com restrições. Além disso, muitas pessoas consomem produtoslactose-free mesmo sem intolerância diagnosticada, por associação a uma dieta mais saudável.

Outro destaque é a engenharia enzimática, que vem otimizando as propriedades da lactase com técnicas de imobilização e modificação genética para ampliar sua estabilidade, eficiência e reutilização industrial — reduzindo custos e aumentando a produtividade.

 

Conclusão

A enzima lactase é hoje um ingrediente estratégico na produção moderna de laticínios. Sua aplicação permite à indústria atender um público crescente de consumidores com restrições, ao mesmo tempo em que melhora qualidade sensorial, estabilidade, eficiência de processo e até mesmo posicionamento de marca.

Investir em soluções enzimáticas de alta performance não é apenas uma resposta à demanda do mercado, mas uma vantagem competitiva real para a indústria de laticínios no cenário atual.

 

Referências

HEPATOGASTRO. O que é lactase e qual a sua função no organismo? Disponível em: https://hepatogastro.com.br/o-que-e-lactase-e-qual-a-sua-funcao-no-organismo/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

AVANTE INGREDIENTES. Enzima lactase: saiba mais sobre ela. Disponível em: https://www.avanteingredientes.com.br/enzima-lactase-saiba-mais-sobre-ela/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

SOUZA, Claucia Fernanda. Enzima β-galactosidase: aplicações na indústria de laticínios. MilkPoint. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/claucia-fernanda-souza/enzima-galactosidase-aplicacoes-na-industria-de-laticinios-209544/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

MONTAHNINI, Maike Tais Maziero. Utilização de lactase na indústria de laticínios. MilkPoint. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/maike-tais-maziero-montanhini/utilizacao-de-lactase-na-industria-de-laticinios-107709/. Acesso em: 26 jun. 2025. 

Queijos com Baixo Teor de Lactose: Opções Seguras para Intolerantes

Conheça os melhores queijos para quem tem intolerância à lactose, como parmesão, gouda e brie. Dicas práticas para consumir queijos sem lactose com segurança e prazer. 

Se você sofre de intolerância à lactose, sabe que o consumo de laticínios pode ser um desafio. Mas a boa notícia é que nem todos os queijos são proibidos! Muitos tipos possuem baixo teor de lactose, o que permite o consumo com segurança e sem desconfortos.

Por que alguns Queijos são Tolerados?

Queijos maturados, curados e prensados passam por fermentação prolongada, onde as bactérias naturalmente consomem grande parte da lactose presente no leite. Além disso, no processo de fabricação, o soro — que concentra a lactose — é removido, reduzindo seu teor final. 

Quanto mais tempo o queijo fica envelhecido, menor a lactose residual, tornando-o uma opção segura para muitos intolerantes. 

Lista de Queijos com baixo teor de Lactose

Estudos indicam que esses queijos possuem entre 0% e 2,5% de lactose, podendo ser consumidos por pessoas com intolerância leve a moderada: 

queijo sem lactose

  • Munster: 0–1,1 %
  • Camembert: 0–1,8 %
  • Brie: 0–2 %
  • Cheddar: 0–2,1 %
  • Provolone curado: 0–2,1 %
  • Gouda: 0–2,2 %
  • Queijo azul: (como Roquefort e Gorgonzola): 0–2,5 %
  • Parmesão: 0–3,2 %
  • Suiço/Emmental: até 3,4 %

Outras opções e Cuidados

  • Queijos zero lactose: produzidos com enzima lactase, totalmente seguros, mas menos artesanais.
  • Meia cura, muçarela de búfala, Canastra maturado, provolone envelhecido: boas opções naturais e bem toleradas.
  • Evite: queijos frescos como ricota, cottage, minas frescal e requeijão, que contêm altos níveis de lactose.

Dicas de Consumo Seguro

  • Comece com pequenas porções para observar como seu organismo reage.
  • Prefira queijos artesanais e curados naturalmente, menos processados.
  • Leia sempre os rótulos e escolha produtos certificados “sem lactose” para maior segurança.
  • Considere combinar o consumo de queijos com probióticos para ajudar na digestão da lactose.

Conclusão

Quem tem intolerância à lactose pode sim saborear queijos deliciosos e nutritivos, desde que faça escolhas conscientes. Opções como parmesão, gouda, cheddar, brie e provolone curado, além dos queijos zero lactose, garantem sabor e bem-estar. 

Referências

TERRA. 5 queijos com menos lactose para os intolerantes. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-queijos-com-menos-lactose-para-os-intolerantes,cabddb30653cce9065ef5a5d00dcce6dgfb1hjxg.html. Acesso em: 23 jun. 2025. 

BOM DA FAZENDA. Pessoas intolerantes à lactose não devem consumir queijos? Disponível em: https://bomdafazenda.com/pessoas-intolerantes-a-lactose-nao-devem-consumir-queijos/. Acesso em: 23 jun. 2025

METRÓPOLES. Descubra 9 queijos que pessoas com intolerância à lactose podem comer. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas/claudia-meireles/descubra-9-queijos-que-pessoas-com-intolerancia-a-lactose-podem-comer. Acesso em: 23 jun. 2025. 

GREENME. Queijo sem lactose. Disponível em: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/79792-queijo-sem-lactose/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

CAPITALIST. Amante de queijo com intolerância à lactose? Aqui estão opções que você pode comer. Disponível em: https://capitalist.com.br/amante-de-queijo-com-intolerancia-a-lactose-aqui-estao-opcoes-que-voce-pode-comer/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

Alergia ao Leite vs Intolerância à Lactose: Diferenças, Sintomas e Tratamentos

Descubra as principais diferenças entre alergia ao leite e intolerância à lactose. Conheça os sintomas, causas e saiba como identificar essas condições para cuidar da sua saúde da forma correta.

Muitas pessoas confundem alergia ao leite com intolerância à lactose, mas são problemas distintos que exigem cuidados diferentes. A alergia ao leite é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite, enquanto a intolerância à lactose ocorre pela dificuldade do organismo em digerir a lactose, o açúcar presente no leite. Entender essas diferenças é essencial para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

 

Qual a Diferença entre Alergia ao Leite e Intolerância à Lactose?

A alergia ao leite envolve uma reação imunológica às proteínas do leite, com sintomas que vão desde coceira e inchaço até casos graves, como choque anafilático. Já a intolerância à lactose ocorre pela baixa produção da enzima lactase, causando desconfortos gastrointestinais como gases, inchaço e diarreia.

  • Alergia: exige exclusão total do leite.
  • Intolerância: permite consumo moderado de produtos com baixo teor de lactose.

 

Leite Vegetal

Alergia ao Leite

A alergia ao leite é uma resposta exagerada do sistema imunológico às proteínas do leite. Os principais sintomas incluem:

  • Coceira e vermelhidão na pele
  • Inchaço nos lábios, rosto e garganta
  • Dificuldade para respirar e chiado
  • Náuseas, vômitos e diarreia
  • Reações graves como choque anafilático

Essa condição exige a exclusão total do leite e seus derivados. O diagnóstico e acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações.

 

Intolerância à Lactose

A intolerância à lactose ocorre quando o organismo não produz lactase suficiente, enzima que digere a lactose. Os sintomas mais comuns são:

  • Gases e flatulência
  • Inchaço abdominal
  • Diarreia
  • Cólicas e desconforto abdominal após consumo de leite

Diferente da alergia, a intolerância não envolve o sistema imunológico. Muitos indivíduos conseguem consumir queijos maturados ou produtos com baixo teor de lactose sem apresentar sintomas.

 

Como tratar a Alergia ao Leite?

O tratamento da alergia ao leite exige a exclusão completa do leite e seus derivados da dieta, sendo essencial para prevenir reações alérgicas leves ou graves.

O acompanhamento médico é indispensável para garantir uma alimentação equilibrada e evitar deficiências nutricionais.

 

Como tratar a Intolerância à Lactose?

O tratamento da intolerância à lactose inclui:

  • Reduzir ou eliminar alimentos com lactose
  • Optar por versões sem lactose ou com baixo teor
  • Usar suplementos de lactase para ajudar na digestão em consumos ocasionais

Acompanhamento profissional é essencial para garantir o equilíbrio nutricional e manter a qualidade de vida.

 

Intolerância à Lactose

É possível se tornar intolerante à lactose ao longo da vida?

Sim. A produção da enzimalactase pode diminuir naturalmente com a idade, fazendo com que algumas pessoas desenvolvam intolerância mesmo que nunca tenham tido sintomas antes.

Se você apresenta gases, inchaço ou diarreia após consumir leite, procure um profissional de saúde para diagnóstico e orientação adequada.

 

Conclusão

Entender a diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose é essencial para um cuidado de saúde adequado. A alergia ao leite é uma reação imunológica que pode ser grave, enquanto a intolerância à lactose é um distúrbio digestivo que pode ser controlado com ajustes na alimentação. Se você sente desconforto após consumir leite, busque avaliação médica para um diagnóstico preciso e tratamento personalizado. 

 

Referências

MILKPOINT. Qual a diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose? Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/thermaufv/qual-a-diferenca-entre-alergia-ao-leite-e-intolerancia-a-lactose-231479/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

FSFX. Descubra a diferença entre intolerância à lactose e alergia ao leite. Disponível em: https://www.fsfx.com.br/usisaude/descubra-diferenca-entre-intolerancia-lactose-e-alergia-ao-leite/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

H9J. Saiba a diferença entre intolerância e alergia ao leite. Disponível em: https://www.h9j.com.br/blog/saiba-a-diferenca-entre-intolerancia-e-alergia-ao-leite/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

CLÍNICA CROCE. Alergia à lactose. Disponível em: https://www.clinicacroce.com.br/blog/alergia-a-lactose/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

ESADI. Intolerância à lactose e alergia ao leite: tem diferença? Disponível em: https://www.esadi.com.br/blog/intolerancia-a-lactose-e-alergia-ao-leite-tem-difereca/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

ABIQ. Queijos e intolerância à lactose e alergia à proteína do leite. Disponível em: https://abiq.com.br/queijonanutricao/queijos-e-intolerancia-a-lactose-e-alergia-a-proteina-do-leite/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

Produção de Muçarela: Processos e Qualidade na Indústria de Laticínios

Descubra como é feita a muçarela: etapas da produção industrial, qualidade do leite, ingredientes utilizados e os principais desafios enfrentados pela indústria de laticínios. 

A muçarela é o tipo de queijo mais consumido no Brasil, representando cerca de 40% da produção nacional. Sua popularidade deve-se à versatilidade culinária, com ampla aplicação em pratos como pizzas, lasanhas e sanduíches, além da facilidade de processamento industrial. 

 

Matéria-Prima: Qualidade do Leite na Produção de Muçarela 

Processo de produção da muçarela

A qualidade do leite impacta diretamente a textura, sabor e rendimento da muçarela, sendo determinante para a produção de um produto final de alta qualidade. 

É essencial realizar análises como a contagem de células somáticas e a contagem bacteriana total, que indicam a condição microbiológica do leite. Além disso, testes para a detecção de resíduos de antibióticos são fundamentais para garantir a segurança alimentar e evitar falhas nos processos fermentativos. 

 

Etapas de Produção da Muçarela 

A produção industrial de muçarela envolve várias etapas técnicas, que precisam ser rigorosamente controladas desde a recepção do leite até a embalagem final. 

Principais etapas:

  • Recepção e pasteurização do leite:
    O leite é filtrado e pasteurizado para eliminar microrganismos patogênicos e garantir a estabilidade do produto.
  • Adição de ingredientes:
    São adicionados cloreto de cálcio, fermento láctico e coalho, que promovem a coagulação da caseína.
  • Coagulação e corte da coalhada:
    A coalhada formada é cortada em pequenos pedaços, facilitando a separação do soro.
  • Queijo muçarela fresco durante o processo de fabricação

  • Cozimento e filagem:
    A massa é aquecida e esticada, adquirindo a elasticidade e a estrutura fibrosa características da muçarela.
  • Modelagem e salga:
    A muçarela é moldada em blocos ou bolas e submetida à salga, o que contribui para o sabor, a conservação e o equilíbrio da atividade de água.
  • Resfriamento, embalagem e armazenamento:
    Após o resfriamento, o queijo é embalado em condições higiênicas e armazenado sob refrigeração para manter suas características físico-químicas e microbiológicas.

 

Conclusão 

Saber como é feita a muçarela permite que as empresas do setor de laticínios compreendam os pontos críticos do processo produtivo e identifiquem oportunidades de melhoria.

A atenção à qualidade do leite, o controle rigoroso das etapas de fabricação e a adoção de boas práticas industriais são fundamentais para garantir um produto com alto padrão de qualidade, segurança e competitividade no mercado.

 

Referências 

MILKPOINT. Como é feita a muçarela? Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/como-e-feito-a-mucarela-225056/. Acesso em: 2 jun. 2025. 

VIEIRA, Luiz Carlos; LOURENÇO JÚNIOR, José de Brito. Tecnologia de Fabricação do Queijo Muçarela. Embrapa, 2006. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/388567/1/ComTec162.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025. 

GOMES DA CRUZ, Adriano. Produção de muçarela: teoria e prática andam juntas. MilkPoint, 2021. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/adriano-gomes-da-cruz/producao-de-mucarela-teoria-e-pratica-andam-juntas-227407/. Acesso em: 2 jun. 2025. 

Produção de Iogurte: Processos, Qualidade e Desafios na Indústria de Laticínio

Descubra como é feita a produção de iogurte industrial: etapas do processo de fabricação, qualidade do leite, fermentação láctea, tipos de iogurte e os principais desafios enfrentados pela indústria de laticínios. 

A produção de iogurte é um dos segmentos mais relevantes da indústria de laticínios, destacando-se pelo alto valor nutricional, sabor agradável e benefícios à saúde. O consumo de iogurte natural, iogurte grego e versões probióticas cresce continuamente, impulsionando investimentos em tecnologia, controle de qualidade e inovação no processo produtivo.

 

Qualidade do Leite na Fabricação de Iogurte 

Imagem de iogurte industrial cremoso em copo transparente

A qualidade do leite é fundamental para o sucesso na fabricação de iogurte. O leite deve apresentar baixa carga microbiana, ausência de contaminantes e parâmetros físico-químicos adequados, como pH, acidez e teor de sólidos totais. 

Além disso, a estabilização do leite – ajustando os teores de gordura e sólidos – é essencial para garantir a textura, consistência e sabor esperados no produto final. 

 

Etapas do Processamento Industrial de Iogurte 

A produção industrial de iogurte envolve diversas etapas controladas com rigor técnico e higiênico. Abaixo, as principais fases:

  • Pasteurização do leite: o leite é aquecido (85°C a 95°C por 15 a 30 segundos) para eliminar microrganismos patogênicos e inativar enzimas que poderiam comprometer o produto.
  • Homogeneização: reduz o tamanho dos glóbulos de gordura, promovendo uma textura mais uniforme e evitando a separação do creme.
  • Inoculação com culturas lácticas: adicionam-se microrganismos específicos (Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus), que realizam a fermentação láctea.
  • Fermentação controlada: a mistura é mantida a 42°C–45°C até atingir um pH em torno de 4,5. É nesta etapa que o iogurte adquire suas características sensoriais.
  • Resfriamento e embalagem: o resfriamento interrompe a fermentação. O iogurte é então embalado em condições higiênicas e mantido refrigerado para garantir qualidade e durabilidade.

 

Variedades de Iogurte e Diferenças no Processo Produtivo 

A indústria oferece uma ampla variedade de iogurtes, como: Iogurte natural, Iogurte com frutas, Iogurte grego, Iogurte probiótico e Iogurte desnatado 

Cada tipo exige adaptações no processo de fabricação de iogurte, incluindo ajustes na formulação, uso de espessantes, adição de polpas ou probióticos, além de cuidados com a viabilidade das culturas vivas. 

 

Desafios e Controle de Qualidade na Indústria de Iogurtes

Imagem de iogurte natural cremoso em copo

Os principais desafios da produção de iogurte industrial envolvem: Garantir a qualidade e inocuidade da matéria-prima (leite), evitar contaminações cruzadas, manter a viabilidade de culturas probióticas, assegurar a padronização da textura, sabor e pH e desenvolver embalagens que preservem o produto durante o transporte e armazenamento.

O controle de qualidade microbiológico e físico-químico é indispensável em todas as etapas da cadeia produtiva.

 

Conclusão

A produção de iogurte é um processo técnico que necessita um alto controle de qualidade, conhecimento em fermentação láctea e domínio dos parâmetros físicos, químicos e microbiológicos. Investir em boas práticas industriais, inovação e tecnologia garante à indústria de laticínios a capacidade de atender um mercado cada vez mais exigente, que busca produtos saudáveis, funcionais e seguros.

 

Referências

DELGO. Produção de iogurte. Disponível em: https://www.delgo.com.br/noticias/producao-de-iogurte.html. Acesso em: 2 jun. 2025.

EMBRAPA. Tecnologia de alimentos: iogurte. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao-tecnologica/tematicas/tecnologia-de-alimentos/processos/grupos-de-alimentos/lacteos/iogurte. Acesso em: 2 jun. 2025.

INDÚSTRIA RURAL. Etapas do processamento de iogurte. Disponível em: https://www.industriarural.com.br/laticinios/etapas-do-processamento-de-iogurte. Acesso em: 2 jun. 2025.

VIEIRA, Luiz Carlos; LOURENÇO JÚNIOR, José de Brito. Produção de iogurte: aspectos tecnológicos. Embrapa, 2015. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/410331/1/iogurtesctaabnb.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025.

THERMAUFV. A transformação mágica do leite em iogurte. MilkPoint, 2022. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/thermaufv/a-transformacao-magica-do-leite-em-iogurte-227676/. Acesso em: 2 jun. 2025.

Kefir: O que é, Tipos, Preparo, Cuidados e Benefícios para a Saúde

O que é Kefir?

kefir é uma bebida fermentada tradicional, originária das regiões do Cáucaso, amplamente conhecida por suas propriedades probióticas e diversos benefícios para a saúde. Produzido pela fermentação do leite ou água açucarada, o kefir utiliza grãos de kefir — uma combinação simbiótica de bactérias e leveduras — que transformam o substrato em uma bebida rica em compostos bioativos. O consumo regular de kefir auxilia no equilíbrio da microbiota intestinal e na melhora da saúde digestiva.

Tipos de Kefir

Existem dois tipos principais de kefir:

  • Kefir de Leite: Produzido pela fermentação do leite, o kefir de leite apresenta uma textura cremosa e sabor levemente ácido. É muito utilizado puro ou em receitas culinárias.
  • Kefir de Água: Feito a partir da fermentação de água açucarada, o kefir de água é uma alternativa livre de lactose, ideal para veganos e pessoas com intolerância à lactose. Apresenta sabor refrescante e levemente efervescente

 

Kefir de leite em copo, bebida fermentada saudável

Processo de Preparo

Para preparar kefir, é essencial utilizar os grãos específicos para cada tipo e o substrato adequado.

  • Preparo do Kefir de Leite: Adicione os grãos ao leite em um recipiente de vidro limpo. Mantenha a fermentação em temperatura ambiente (20°C a 30°C) por 24 a 72 horas. O tempo influencia a acidez e a textura da bebida. Após a fermentação, coe para separar os grãos, que podem ser reutilizados.
  • Preparo do Kefir de Água: Utilize uma solução de água mineral ou filtrada com açúcar. Adicione os grãos próprios para água e deixe fermentar sob as mesmas condições de temperatura e tempo.

 

Cuidados no Manuseio do Kefir

Para garantir a vitalidade dos grãos de kefir e a qualidade da bebida fermentada, siga estas recomendações:

  • Use utensílios e recipientes de vidro ou plástico, evitando metais que possam prejudicar a atividade microbiana.
  • Alimente os grãos regularmente com substrato fresco para manter sua vitalidade.
  • Armazene os grãos em solução de água com açúcar na geladeira se não forem utilizados por mais de três dias.
  • Descarte grãos que apresentem mofo, coloração anormal ou odor desagradável para evitar contaminações.

 

Benefícios do Kefir para a Saúde

O kefir oferece diversos benefícios comprovados, entre eles:

  • Melhora da saúde intestinal: Seus micro-organismos probióticos equilibram a microbiota intestinal, facilitando a digestão e prevenindo distúrbios como constipação e diarreia.
  • Fortalecimento do sistema imunológico: A ação imunomodulatória do kefir contribui para um sistema de defesa mais eficiente.
  • Propriedades antioxidantes: Compostos bioativos presentes no kefir neutralizam radicais livres, ajudando a reduzir o estresse oxidativo associado ao envelhecimento e doenças crônicas.
  • Potencial efeito anticancerígeno: Pesquisas indicam que o kefir pode auxiliar na prevenção do desenvolvimento de células tumorais.
  • Auxílio no controle do peso corporal: Promove sensação de saciedade, colaborando para o controle alimentar e perda de peso.

 

Diferenças entre kefir de leite e kefir de água

Formas de Consumir Kefir

O kefir pode ser incorporado à dieta de diversas maneiras:

  • Consumido puro, como bebida refrescante e nutritiva.
  • Adicionado a smoothies e vitaminas para aumentar o valor probiótico.
  • Usado como ingrediente em sobremesas e pratos salgados, agregando sabor e saúde.

Para maximizar os benefícios, recomenda-se o consumo regular do kefir.

 

Conclusão

O kefir é uma bebida fermentada rica em probióticos que oferece diversos benefícios para a saúde, especialmente para o sistema digestivo e imunológico. Sua versatilidade na culinária permite incorporá-lo facilmente à dieta, seja como bebida, ingrediente em receitas ou complemento de refeições, promovendo uma alimentação funcional e saudável.

 

Referências

EMPÓRIO MANJERICÃO. O que é e como ter um kefir. Disponível em: https://www.emporiomanjericao.com.br/post/o-que-e-e-como-ter-um-kefir. Acesso em: 04 jun. 2025.

PÃO DE AÇÚCAR. O que é kefir. Disponível em: https://content.paodeacucar.com/saudabilidade/o-que-e-kefir. Acesso em: 04 jun. 2025.

GLOBO E ATLETA. Kefir: o que é, como cuidar e benefícios desse probiótico à base de leite, água ou chá. Disponível em: https://ge.globo.com/eu-atleta/nutricao/noticia/kefir-o-que-e-como-cuidar-e-beneficios-desse-probiotico-a-base-de-leite-agua-ou-cha.ghtml. Acesso em: 04 jun. 2025.

TUASAÚDE. Kefir: o que é, benefícios e como consumir. Disponível em: https://www.tuasaude.com/kefir/. Acesso em: 04 jun. 2025.

MUNDO BOA FORMA. Kefir de água ou leite: qual é melhor? Diferenças e como transformar. Disponível em: https://www.mundoboaforma.com.br/kefir-de-agua-ou-leite-qual-e-melhor-diferencas-e-como-transformar/. Acesso em: 04 jun. 2025.

Queijos Finos: Impactos na Saúde Humana

Descubra como os queijos finos podem contribuir para a saúde cardiovascular, óssea e digestiva — graças a compostos bioativos como probióticos e cálcio. 

Os queijos finos, classificados por sua produção sofisticada e sabores refinados, têm atraído destaque tanto no mercado quanto no campo da nutrição. Além de serem analisados pelo sabor, esses produtos apresentam diversos benefícios à saúde devido aos compostos bioativos existentes em sua composição.

Benefícios Funcionais dos Queijos Finos para a Saúde

Os queijos finos são fontes de proteínas de alta qualidade cálcio , fósforo e vitaminas A, D e B12 , todos nutrientes essenciais para funções biológicas como a saúde óssea , o desenvolvimento muscular e o fortalecimento do sistema imunológico . Além disso, diversos tipos de queijos finos, especialmente os fermentados, contêm probióticos naturais e peptídeos bioativos — substâncias que favorecem o equilíbrio da microbiota intestinal e contribuem para o bem-estar geral.

Esses elementos auxiliam na digestão, na absorção de nutrientes e até na regulação de processos inflamatórios. O cálcio , em particular, desempenha papel fundamental na formação e manutenção de ossos e dentes fortes . Já os probióticos , encontrados em queijos como o Camembert e o Gorgonzola, podem melhorar a saúde intestinal , com reflexos diretos sobre a imunidade. 

Compostos Bioativos e Saúde Cardiovascular

Queijo fino

Alguns queijos finos, principalmente os de maturação longa, apresentam peptídeos bioativos capazes de contribuir para a regulação da pressão arterial e a redução do colesterol LDL (o “ruim”), ao mesmo tempo que favorecem o aumento do colesterol HDL (o “bom”). Além disso, compostos antioxidantes presentes nesses queijos ajudam a reduzir o estresse oxidativo , promovendo a proteção das células e tecidos do organismo. 

Outro composto de destaque é o ácido linoleico conjugado (CLA), com potencial para atuar na modulação de lipídios e na prevenção de doenças cardiovasculares. A combinação de cálcio biodisponível e gorduras naturais de boa qualidade pode contribuir para um perfil lipídico mais equilibrado. 

Consumo Consciente e Considerações Nutricionais

Apesar de seus reconhecidos benefícios funcionais , o consumo de queijos finos deve ser orientado por critérios nutricionais . Por apresentarem, em geral, teores mais elevados de gordura e sódio — especialmente os queijos maturados —, sua inclusão na dieta requer equilíbrio. A ingestão moderada, aliada a uma alimentação variada e balanceada, é fundamental para que seus compostos bioativos sejam aproveitados sem comprometer a saúde cardiovascular , particularmente em indivíduos com hipertensão , dislipidemias ou outras condições metabólicas.

Conclusão

Os queijos finos oferecem muito mais do que uma experiência gastronômica sofisticada — eles podem ser aliados poderosos na promoção da saúde. Quando consumidos de forma equilibrada, contribuem para a manutenção da saúde óssea, cardiovascular, digestiva e imunológica , tornando-se uma excelente opção dentro de um estilo de vida saudável. Seu perfil nutricional e presença de compostos bioativos os tornam protagonistas tanto na culinária quanto na nutrição funcional. 

Referências

GOVERNO BRASILEIRO. Qual o tipo de queijo mais saudável. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2019/qual-o-tipo-de-queijo-mais-saudavel. Acesso em: 20 mai. 2025. 

MILKPOINT. Queijos Finos. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/queijos-finos-205619/#:~:text=No%20Brasil%20costuma%20se%20chamar,confiram%20sabor%20e%20aroma%20especiais. Acesso em: 20 mai. 2025. 

QUEIJOS POSSAMAI. Benefícios do consumo de queijos artesanais para a saúde. Disponível em: https://queijospossamai.com.br/blog/beneficios-do-consumo-de-queijos-artesanais-para-a-saude-8.html. Acesso em: 21 maio 2025. 

Gorgonzola no Brasil: Por que o queijo gorgonzola vai mudar de nome?

Descubra por que o queijo gorgonzola no Brasil vai mudar de nome e o que isso significa para consumidores, produtores e o mercado nacional de queijos azuis. 

Você já reparou que o queijo gorgonzola está sumindo das prateleiras — ou melhor, do rótulo? Essa mudança pode parecer sutil, mas revela uma transformação profunda no mercado de queijos no Brasil. A partir de um acordo internacional entre o Mercosul e a União Europeia, o nome “gorgonzola” será exclusivo para produtos italianos com Denominação de Origem Protegida (DOP). Ou seja: os queijos azuis fabricados no Brasil terão que mudar de nome para continuar sendo comercializados. 

O que muda para os consumidores? 

Para os consumidores, a alteração no nome não impactará as características sensoriais do produto. O sabor, a textura e a qualidade do queijo permanecerão os mesmos. Porém, é fundamental prestar atenção às novas embalagens e rótulos, que refletirão a nova nomenclatura permitida, geralmente sob o termo “queijo azul brasileiro” ou variações similares. 

Como a indústria e os produtores vão reagir à mudança? 

Queijo gorgonzola

A mudança exigirá que os produtores brasileiros adaptem suas estratégias de marketing e comunicação visual. Além disso, será necessário que a palavra “gorgonzola”, caso ainda utilizada, apareça em tamanho reduzido em relação à marca, evitando associação direta com a cidade italiana. Essa medida visa proteger as indicações geográficas e combater práticas consideradas enganosas, além de incentivar o fortalecimento da identidade do queijo azul brasileiro. 

Conclusão 

A mudança na nomenclatura do queijo gorgonzola no Brasil vai além de uma simples alteração de rótulo. Ela reflete o comprometimento com acordos internacionais e a valorização das origens gastronômicas. Embora possa gerar dúvidas no início, essa adaptação abre portas para o crescimento e valorização da produção nacional. 

Assim, tradição e inovação podem caminhar juntas: enquanto o nome “gorgonzola” retorna às suas origens italianas, o queijo azul brasileiro começa a trilhar um novo caminho de prestígio e reconhecimento internacional. 

REFERÊNCIAS 

CATRACA LIVRE. O queijo gorgonzola não poderá mais ser chamado de queijo gorgonzola no Brasil: entenda o que muda. Catraca Livre, 15 maio 2024. Disponível em: https://catracalivre.com.br/gastronomia/o-queijo-gorgonzola-nao-podera-mais-ser-chamado-de-queijo-gorgonzola-no-brasil-entenda-o-que-muda/. Acesso em: 22 maio 2025.

JORNAL DE BRASÍLIA. Cadê o gorgonzola? Entenda por que o queijo azul está mais comum nas prateleiras. Jornal de Brasília, 17 maio 2024. Disponível em: https://jornaldebrasilia.com.br/estilo-de-vida/gastronomia/cade-o-gorgonzola-entenda-por-que-o-queijo-azul-esta-mais-comum-nas-prateleiras/. Acesso em: 22 maio 2025. 

CURTA MAIS. Queijo gorgonzola vai mudar de nome no Brasil. Curta Mais, 16 maio 2024. Disponível em: https://curtamais.com.br/goiania/queijo-gorgonzola-mudanca-nome/. Acesso em: 22 maio 2025. 

TRIBUNA DE MINAS. Brasil vai mudar o nome do queijo gorgonzola. Tribuna de Minas, 17 maio 2024. Disponível em: https://tribunademinas.com.br/colunas/maistendencias/brasil-vai-mudar-o-nome-do-queijo-gorgonzola/. Acesso em: 22 maio 2025. 

MILKPOINT. Cadê o gorgonzola? Entenda por que o queijo azul está mais comum nas prateleiras. MilkPoint, 15 maio 2024. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/cade-o-gorgonzola-entenda-por-que-o-queijo-azul-esta-mais-comum-nas-prateleiras-237661/. Acesso em: 22 maio 2025. 

Queijos Finos: Diferenças entre Artesanais e Convencionais

Descubra as principais diferenças entre queijos finos artesanais e convencionais e entenda como o modo de produção afeta o sabor, qualidade e valor nutricional.

O mercado de queijos no Brasil tem se diversificado rapidamente, com destaque para os queijos finos — produtos que apresentam características sensoriais superiores, como aroma e sabor complexos, além de processos produtivos distintos. Dentro deste conjunto, há dois grandes grupos: os queijos artesanais e os convencionais.

O Que São Queijos Finos?

No Brasil, chamamos de queijos finos aqueles que utilizam ingredientes nobres, técnicas de fabricação especializadas e, muitas vezes, processos de maturação prolongados. São queijos que oferecem uma experiência sensorial mais requintada e marcante. 

Esses queijos se particularizam pela complexidade sensorial, resultado da ação de microrganismos selecionados, do tempo de maturação e do tipo de leite utilizado. Entre os mais conhecidos estão: 

  • Camembert;
  • Gorgonzola;
  • Morbier; 

Queijo fino artesanal com maturação

  • Saint Paulin.

A complexidade desses queijos vem do tipo de leite usado, da ação de microrganismos selecionados e do tempo de cura. 

Queijos Artesanais

Modo de Produção

Os queijos finos artesanais são produzidos em pequena escala, com técnicas tradicionais e controle manual em todas as etapas. Muitas vezes, utilizam leite cru — respeitando normas rígidas de segurança — para preservar características locais. 

Ingredientes e Fermentação

Usam fermentos naturais e culturas lácteas selecionadas artesanalmente, o que confere um perfil único de sabor e aroma. Nenhum queijo artesanal é exatamente igual ao outro.

Legislação e Regulamentação

Esses produtos enfrentam desafios regulatórios maiores. No Brasil, o Selo Arte é uma certificação que permite a venda interestadual de produtos artesanais , garantindo segurança sem perder a identidade regional.

Queijos Convencionais 

Roda de queijo artesanal maturado

Modo de Produção

Queijos finos convencionais são produzidos em laticínios de médio e grande porte, com o uso de leite pasteurizado e processos industriais. O foco está na padronização, produtividade, segurança alimentar e vida útil estendida. 

Ingredientes e Controle

Utilizam culturas industriais padronizadas, com rígido controle de acidez, textura e aroma. Isso garante que o produto final seja sempre igual, com menos variações de lote para lote. 

Legislação e Distribuição

Por estarem alinhados às normas da indústria alimentícia, os queijos convencionais têm maior facilidade de circulação em redes de supermercados e exportação. 

Valor Percebido e Tendências de Mercado 
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Nos últimos anos, o consumidor tem buscado cada vez mais queijos artesanais, valorizando a tradição, o sabor autêntico e a origem local. Pequenos produtores vêm conquistando destaque e premiações dentro e fora do Brasil. 

Já os queijos convencionais continuam fortes no mercado, especialmente por sua disponibilidade, preço acessível e qualidade padronizada. Eles são ideais para o público que busca praticidade e confiança na hora da compra. 

Conclusão 

Em resumo, os queijos finos — tanto artesanais quanto convencionais — representam diferentes caminhos dentro de um mesmo universo: o da excelência em laticínios. 

Enquanto os artesanais valorizam o terroir, a tradição e a identidade regional, os convencionais oferecem segurança, padronização e acesso facilitado ao consumidor. 

Compreender essas diferenças é fundamental para quem deseja fazer escolhas mais conscientes, seja pelo sabor, pela origem ou pelo propósito de consumo. Ambos os tipos têm seu valor e espaço no mercado — e no paladar de quem aprecia um bom queijo.

 

Referências  

CPT. Queijos finos: Camembert, Gorgonzola, Morbier e Saint Paulin. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-laticinios/artigos/queijos-finos-camembert-gorgonzola-morbier-e-saint-paulin. Acesso em: 20 mai. 2025. 

CIÊNCIA DO LEITE. Queijos finos são especiais devido aos ingredientes e fabricação. Disponível em: https://cienciadoleite.com.br/noticia/5947/queijos-finos-sao-especiais-devido-aos-ingredientes-e-fabricacao. Acesso em: 20 mai. 2025. 

EMBRAPA. Evolução do consumo de queijos no Brasil. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1134249/1/Evolucao-consumo-queijos.pdf. Acesso em: 20 mai. 2025. 

MILKPOINT. Queijos Finos. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/queijos-finos-205619/. Acesso em: 20 mai. 2025. 

MILKPOINT. Queijos Finos: O que os diferenciam dos queijos convencionais. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/maike-tais-maziero-montanhini/queijos-finos-o-que-os-diferenciam-dos-queijos-convencionais-222180/. Acesso em: 20 mai. 2025. 

SEBRAE. Varejo e Mercado de Queijos Finos. Disponível em: https://polosebraeagro.sebrae.com.br/wp-content/uploads/2023/05/20221128-PM-Varejo-Mercado-Queijos-Finos-Prod.pdf. Acesso em: 20 mai. 2025.