Aposta estratégica no queijo artesanal de búfalas

“A gente já sabia produzir leite e queijo, nosso maior desafio foi entender o mercado, as deman­das do consumidor.” A frase de Pedro Paulo Delgado, engenheiro agrônomo e proprietário da Fazenda Santa Helena (Sete Barras- SP), sugere como é possível transformar um obstáculo em estímulo para agregar valor à produção e expandir o negócio. Ele fala de forma coletiva porque se refere ao empreendimento iniciado em novembro de 2016 com a esposa, Carmen Castelo Bruno Delgado, e outro casal, Rafael Gonzaga Moreira e Glauce Prado. O quarteto é responsável pelo Laticínio Santa Helena, empresa familiar que vem se destacando no circuito gastronômico da capital paulista e de outros centros urbanos com queijos produzidos de forma artesanal exclusivamente com leite de búfalas. Um desses pontos é a casa “A Queijaria”, o primeiro estabelecimento a promover o queijo do Santa Helena na cidade de São Paulo.

Queijo de Búfala

O laticínio está instalado no Vale do Ribeira, região do Estado de São Paulo caracterizada, principalmente, pela pro­dução de banana e palmito pupunha, mas que também é representativa na bubalinocultura. A produção de queijos fica dentro do Sítio Mina do Vale, em Jacupiranga-SP, propriedade adquirida pela família de Glauce. Por mês, são pro­cessados cerca de 12 mil litros de leite, volume destinado à produção de queijos frescos, como a mussarela e a burrata, e maturados, criações de Delgado que têm chamado a atenção de especialistas do setor. No ano passado, seis deles – “Pai do Mato”, “Vale do Ribeira”, “Crema”, “Bola”, “Cataia” e “Sassafrás – foram contemplados no Prêmio Queijo Brasil, concurso realizado pela Associação dos Comerciantes de Queijos Artesanais do Brasil, a ComerQueijo.

O Santa Helena também integra o Caminho do Queijo Artesanal Paulista, iniciativa que reúne dez queijarias de São Paulo para mostrar aos consumidores locais – e de quaisquer outros lugares – a diversidade e a qualidade de sua pro­dução. Apadrinhado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o projeto foi realizado pela Coentro Comunica, agência de comuni­cação especializada em gastronomia. No site do projeto há diversas informações das queijarias, o mapa deste saboroso caminho e indicações de onde encontrar os produtos.

Se por um lado toda essa exposição tem sido altamente positiva para projetar o nome do laticínio e aquecer os negócios, por outro aumenta o grau de exigência sobre a qualidade e a eficiência da confecção dos queijos. Do manejo na criação dos rebanhos até a rotina de fabricação dentro da queijaria e a expedição dos produtos, há uma série de protocolos a serem seguidos para garantir total segurança para os animais, as equipes e os consumidores.

Fonte: Site Balde Branco

Emater prepara em Curitiba final de concurso de queijos artesanais

O Instituto Emater já está preparando a etapa final do 1º Concurso de Queijos Artesanais do Paraná, que vai acontecer no Mercado Municipal de Curitiba no dia 20 de julho. Durante o evento serão avaliados três queijos vencedores de cada uma das sete regiões do Estado onde aconteceram as etapas regionais do concurso de produção de queijo artesanal (curado).

A sétima e última etapa regional do 1º Concurso de Queijos Artesanais do Paraná foi encerrada nesta terça-feira (22), na sede do Instituto Emater, em Curitiba, com a presença do secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, George Hiraiwa; e do diretor-presidente da empresa, Richard Golba. Na solenidade, foi lembrado o aniversário de 62 anos da Emater Paraná a serviço do agricultor familiar paranaense.

Esse concurso foi idealizado e implantado em meados do ano passado com o objetivo de promover a produção de queijos artesanais no Estado, valorizando a cultura alimentar e o saber dos agricultores familiares na fabricação de queijos diferenciados (curados).

Junto com o concurso, a Emater estimulou os processos de capacitação dos produtores, o aperfeiçoamento de cada um e a melhoria na legislação para que os produtores possam vender seus produtos para outras localidades.

CONCURSO – Nessa etapa do Concurso de Queijos Artesanais foram classificados os produtores Celia Regina Schulis, de São José dos Pinhais; Nizete Hrusehkra, de Piên; e Ezio Luiz Gawlik, de São José dos Pinhais.

O concurso superou as expectativas, ao avaliar 190 queijos inscritos, sendo que a estimativa inicial previa avaliar no máximo 150 queijos. Foram cinco os critérios julgados: apresentação geral do queijo, cor, consistência (textura), aroma e sabor.

Para esse concurso foram convidados técnicos dos estados de Minas Gerais e de Santa Catarina, que são regiões com processo mais avançado na produção de queijos artesanais, para aprender e incorporar as virtudes dessas localidades, disse Reni Dernardi, representante da Comissão Organizadora do 1º Concurso de Queijos Artesanais do Paraná.

As etapas regionais foram promovidas em Pinhão, Francisco Beltrão, Irati, Londrina, Toledo, Pitanga, e por último em Curitiba. Ao todo participaram produtores de cerca de 90 municípios paranaenses. Cada etapa territorial contou com a participação de três jurados do Paraná e de outros estados.

CRITÉRIOS – Para participar do concurso o produtor teve que atender a alguns critérios. O primeiro deles é produzir o queijo com leite do próprio estabelecimento rural em que vive. Também é exigida a aplicação de boas práticas de ordenha e na fabricação do queijo.

O participante deve possuir rebanho devidamente vacinado e livre de enfermidades, com atestado sanitário. O queijo deve ser curado por, no mínimo, 20 dias e não pode apresentar aditivos artificiais como conservantes e corantes.

Segundo Denardi, a partir desse concurso o Instituto Emater e parceiros pretendem, por meio de pesquisas e atividades de capacitação, identificar e desenvolver alguns tipos de queijos artesanais paranaenses. O objetivo é que, dentro de alguns anos, esses produtos tenham qualidade para participar de concursos nacionais como já ocorre com queijos de Minas Gerais e de Santa Catarina.

APLICATIVO – Durante as comemorações de 62 anos de criação do Instituto Emater, o gerente de Comunicação, Diniz D`Oliveira, apresentou um aplicativo – ferramenta de comunicação disponível em smartphones e aparelhos android – que em breve estará acessível ao produtor rural.

Segundo Oliveira, a ferramenta ainda está em fase de testes, mas vai funcionar para facilitar o acesso do agricultor assistido pela empresa aos serviços de extensão disponíveis e também às informações geradas pelo Instituto Emater através de seu programa de rádio, do site, dos vídeos e pelas newsletters.

Já estão sendo usadas ferramentas como o Whatswapp, pelo programa de rádio do Instituto Emater, que já conta com 357 participantes. Eles interagem on-line durante o programa e dessa forma se sentem incluídos, disse D´Oliveira.

Para o secretário George Hiraiwa, defensor da tecnologia digital no campo, foi um momento de muita satisfação ver o esforço dos técnicos do Instituto Emater em dominar a tecnologia a serviço dos produtores rurais.

“O Instituto Emater já domina o saber fazer em várias frentes e o desafio agora é dominar o uso da tecnologia que é fundamental para que filhos e netos dos agricultores tenham vontade de trabalhar no campo, continuando e modernizando cada vez mais a atividade rural”, disse o secretário.

Fonte: Agência de notícias do Paraná

Vigor entra no segmento de queijos especiais

Além de seus variados lançamentos, a grande surpresa da Vigor foi a entrada da marca no segmento de Queijos Especiais, com o lançamento de um portfólio robusto, reforçando a posição da companhia no mercado como referência em qualidade e inovação. Em termos de produtos, alguns dos destaques são o lançamento Vigor 3 Grãos, iogurte já misturado com grãos de Chia, Amaranto e Quinoa, a nova linha Vigor Grego Loucos por Flocos, os novos sabores de Vigor Grego Pedaços e novidades na linha infantil. Além disso, destacam-se lançamentos de outras marcas da companhia, como a linha Danubio Zero Lactose, presente na categoria de lácteos brancos.

Queijos Especiais Vigor

Reforçando sua referência em qualidade, inovação e excelência, a Vigor apresenta sua entrada na categoria de Queijos Especiais. A marca, que já é líder no segmento de Queijo Ralado, aposta agora em uma linha que tem por objetvo ajudar o consumidor a inserir opções diferenciadas nas receitas do dia a dia e dar um toque especial ao cotidiano. Brie, Camembert, Gorgonzola, Gouda, Emmental, Gruyère e Provolone são os tipos de queijos oferecidos no robusto portfólio lançado pela marca, que conta com um total de 12 produtos, divididos em diferentes opções de tamanho. Sabor, qualidade e variedade são os principais atributos da linha, que chega para atender tanto o público final quanto o mercado de transformação de alimentos.

As embalagens do portfólio são um diferencial à parte. Os rótulos propositalmente envelhecidos ressaltam a inspiração artesanal dos produtos, com cores diferentes para cada tipo de queijo, promovendo fácil visualização nas gôndolas do varejo. O toque final são indulgentes imagens de saborosas receitas do dia a dia, preparadas com o produto, indicando ao consumidor uma sugestão de aplicação e consumo do alimento.

Todos os queijos da linha podem ser encontrados em embalagens fracionadas, de aproximadamente 120 g, com exceção do Provolone, que é apresentado somente em versão de 3 kg. Os tipos Brie e Gorgonzola também são encontrados em formas de aproximadamente 3 kg.

A linha de Queijos Especiais Vigor já está disponível para o mercado, com exceção das versões forma e fracionado dos tipos Gouda, Gruyère e Emmental, que poderão ser encontradas no segundo semestre de 2018.

Fonte: Revista Laticínios

Leite pode ser a melhor opção após o exercício

Quando se trata do melhor líquido para beber antes, durante ou após exercícios físicos, a melhor pedida é água ou isotônicos, certo? Errado. Cientistas estão dando suporte científico para casos como o de Matt Whitmor, um instrutor de ginástica londrino. “Eu faço isso religiosamente”, conta. Ele começou a beber leite após o exercício cerca de 10 anos atrás, quando não podia pagar suplementos caros ou shakes de proteína. “O leite me ajuda a recuperar mais rapidamente e eu me sinto ótimo depois de bebê-lo”, explica. Agora, ele odeia treinar sem leite.

Os benefícios de saúde do leite – que tem carboidratos e eletrólitos, cálcio e vitamina D – já são bastante conhecidos. A novidade fica por conta da constatação de que a bebida contém também as duas melhores proteínas para a reconstrução dos músculos – o que ajuda no desempenho de atletas.

Os músculos se danificam após uma bateria intensa de exercícios aeróbios como correr, jogar futebol ou andar de bicicleta. A caseína e a proteína do soro do leite (também conhecida como “whey protein”) são precisamente o que o organismo necessita para regenerar músculos rapidamente.

A nutricionista do Medical Research Council do Reino Unido, Glenys de Jones, explica que o conteúdo de proteína de leite torna-o uma bebida pós-exercício ideal. “O leite fornece os blocos de construção de que você precisa para construir novos músculos”, compara Glenys, que não tem laços com a indústria de laticínios. Ela lembra que as bebidas esportivas, embora substituam principalmenteos carboidratos e eletrólitos perdidos, elas geralmente não possuem os nutrientes necessários para os músculos se regenerarem.

Especialistas têm se dividido sobre a eficiência do leite como bebida esportiva. Além dos cientistas, os produtores de leite também estão espertamente ansiosos para entrar no mercado multibilionário, muitas vezes patrocinando pesquisas sobre os benefícios do leite de atletismo. E assim, o debate continua com o leite recendo muita atenção.

Em um estudo publicado na Revista Applied Physiology, Nutrition and Metabolism, os pesquisadores descobriram que pessoas que beberam leite após o treinamento foram capazes de se exercitar durante mais tempo na sua próxima sessão, se comparado às pessoas que haviam ingerido bebidas esportivas ou água.

“É a forma de hidratos de carbono e os nutrientes do leite que é mais importante”, analisa Emma Cockburn, professora de esportes e treinadora da Universidade de Northumbria, Inglaterra e responsável pelo estudo.

Emma aconselha os atletas a beber leite imediatamente após o treino. “Os danos causados pelo exercício levam a um colapso das estruturas de proteínas nos músculos, mas isso só acontece entre 24 e 48 horas mais tarde”, explica. Se os atletas beberem leite logo após o exercício, no momento em que ele for digerido, os nutrientes do leite já estarão prontos para serem absorvido pelos músculos que foram atingidos. Por ser esvaziado do estômago mais lentamente do que as bebidas esportivas, o leite mantém o corpo hidratado por mais tempo.

Para as pessoas que não gostam da ideia de beber leite puro, os especialistas recomendam adicionar um pouco de chocolate ou outro sabor artificial. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, o nadador Michael Phelps, oito medalhas de ouro na competição, costumava tomar uma bebida de leite aromatizado entre as provas.

Entretanto, alguns especialistas alertaram que beber leite após o exercício não é para todos. Catherine Collins, nutricionista e porta-voz da Associação Dietética Britânica, argumenta que, enquanto o leite pode ser benéfico para os atletas de elite que queimam milhares de calorias por dia durante o treinamento intensivo, o leite pode trazer más consequências para frequentadores ocasionais de academia. “O achocolatado, principalmente, pode adicionar calorias indesejadas após o exercício”, sustenta. Além disso, porque é mais difícil de digerir, as pessoas só devem beber leite depois que terminar o exercício, não durante.

Fonte: Hypersciece

Queijos da Serra da Canastra serão vendidos livremente pelo país

Os famosos queijos da Serra da Canastra e outras iguarias de origem animal como salames, linguiças e salsichas produzidos de forma artesanal por pequenos produtores no Brasil estão mais perto de poder circular livremente entre os estados do país. A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira um projeto de lei que dispensa que esse tipo de produto precise do burocrático selo SIF (Serviço de Inspeção Federal) para ser comercializado interestadualmente. Essa tarja leva atualmente cerca de dois anos para ser emitida pelo Ministério da Agricultura.

Com a nova lei, esses produtos artesanais passarão a ser fiscalizados por órgãos estaduais que emitirão um selo chamado “ARTE”, em substituição ao SIF. O ARTE, conforme o texto prevê, deve ter seu processo de emissão desburocratizado.

O texto segue para a apreciação do Senado Federal.

A lei foi uma resposta ao polêmico episódio ocorrido em setembro do ano passado durante o festival de música Rock in Rio, quando a vigilância sanitária vistoriou o stand da badalada chef de cozinha Roberta Sudbrack. Na ocasião, cerca de 160 quilos de queijos e linguiças dentro do prazo de validade foram recolhidos porque não exibia o tal selo do Ministério da Agricultura.

Fonte: O Globo

Governo decide manter critérios sanitários do leite

O Ministério da Agricultura apresentou nesta quarta, dia 11, uma proposta de revisão da norma que estabelece os critérios de produção e qualidade do leite brasileiro. Os índices de contaminação, que ficariam mais rígidos a partir de julho, serão mantidos por pelo menos dois anos.

Coordenadora do grupo de revisão da Instrução Normativa 62 de 2012, Mayara Pinto diz que o grupo concluiu pela necessidade de manutenção dos limites definidos para contagem de células somáticas e contagem de padrão em placas, o que, segundo ela, era a grande ansiedade do setor. “Entendemos que não é momento de rever isso, e sim de focar na parte de educação sanitária, de fomento. Uma das novidades é trazer setor responsável para trabalhar conosco. Ele fará a avaliação do plano de qualificação de fornecedores de leite e auditorias em propriedades rurais para analisar se o plano está sendo bem executado”, conta.

A proposta acaba com um prazo definido para adequação dos produtores às regras e prevê a revisão da norma a cada dois anos. Serão mantidos os índices de contagem bacteriana total, referentes a questões de higiene e manejo do rebanho e estabelecimento, em 300 mil por mililitro (ml), e de contagem de células somáticas, que aponta ocorrência de infecções e doenças no animal, em 500 mil por ml. A instrução normativa em vigência diz que esses índices seriam de 100 mil e 400 mil, respectivamente, a partir de julho para estados do Centro-Sul e, a partir de julho de 2019, para as regiões Norte e Nordeste.

Haverá também controle do leite em silos nos laticínios, com limite de três vezes maior ao cobrado para o produtor. Outra novidade é a interrupção da coleta de leite de produtores que apresentarem resultados da média fora do padrão por três meses consecutivos. “Não é uma sanção. Esse procedimento será adotado pelo próprio estabelecimento dentro do programa de controle de qualidade. Ele tem responsabilidade de estabelecer padrão da matéria-prima que ele quer comprar para fazer seus produtos, e isso temos que deixar limite legal do que ele pode trabalhar”, explica.

O setor produtivo elogiou o texto, mas apontou necessidade de melhorias gerais na sanidade animal do país e em questões como o transporte do leite para atingir maior qualidade. “Não é fácil implementar um programa de qualidade em um país continental, como o Brasil, em 13 anos, e fazer com que os produtores tenham o mesmo padrão de qualidade da União Europeia, que tem clima, infraestrutura e logística diferentes”, diz o presidente da Comissão Nacional de Pecuária Leiteira da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. Ele elogia a decisão do Mapa de manter os padrões e trabalhar para atingir outros mais rigorosos com o tempo.

Fonte: Canal Rural

Menor oferta de matéria-prima e alta do longa vida dão sustentação aos preços do leite ao produtor

O preço médio subiu 3,4% frente ao pagamento anterior, que já havia registrado aumento de 1,6%, mas ainda assim o preço vigente está 5,0% abaixo na comparação com o mesmo período do ano passado, em valores nominais.

A alta foi puxada pela menor oferta de leite no país e maior concorrência entre os laticínios, com a curva de produção de leite caindo desde dezembro de 2017 nas principais bacias do país.

Os dados parciais do Índice Scot Consultoria de Captação apontam para queda de 2,1% no volume de leite captado em março, frente a fevereiro deste ano.

Com a menor disponibilidade de matéria-prima e o consumo reagindo na ponta final da cadeia (ainda que timidamente) os preços dos lácteos subiram no atacado desde o começo de 2018 e dão suporte às cotações na fazenda. A alta de preços na indústria foi puxada principalmente pelo leite longa vida.

Para o pagamento a ser realizado em abril, referente a produção de março, 73,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta do preço do leite ao produtor e os 27,0% restante falam em manutenção frente ao pagamento anterior.

Para o pagamento de maio/18, mais de 95,0% das indústrias no Sul, Sudeste e Centro-Oeste apontam para alta nos preços do leite ao produtor.

A expectativa é de que os preços subam até pelo menos o pagamento de julho.

Fonte: Scot Consultoria

Unicamp descobre uso de ‘bactérias do bem’ para deixar o queijo artesanal mais saudável

Uma pesquisadora da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, em Campinas (SP), desenvolveu um mix de “bactérias do bem” que inibem a ação de organismos prejudiciais à saúde na produção de queijo artesanal. Mais de 250 queijos artesanais e industrializados produzidos em Minas Gerais foram analisados, e o resultado pode ajudar produtores a terem maior aceitação dos consumidores.

O estudo selecionou bactérias ácido-láticas, utilizadas normalmente na fermentação de derivados de leite. Esses micro-organismos “do bem” foram adicionados a queijos contaminados artificialmente com a bactéria Lysteria monocytogenes, uma das principais causadoras de doenças em alimentos que podem ser consumidos sem cozimento.

De acordo com a autora da pesquisa, Fernanda Bovo, o uso do mix de bactérias inibiu o crescimento e a interferência da “bactéria do mal”.

“No queijo minas frescal, essas bactérias foram capazes de inibir o crescimento da bactéria do mal. E no queijo minas curado, ela foi capaz de proporcionar a inativação do patógeno”, explica.

Um dos principais entraves da legislação federal é a proibição da comercialização de queijos fabricados com o leite cru. Além disso, a regulamentação da venda do produto exige um tempo de maturação de, no mínimo, 60 dias para que não haja a proliferação de bactérias que façam mal à saúde.

De acordo com José Roberto Filho, comerciante do setor, a legislação não só dificulta a comercialização, como também confunde o vendedor de queijos artesanais.

“A gente tem dificuldade por causa da legislação brasileira, que infelizmente é confusa, dividida em vários níveis, municipal, federal. Então, às vezes tem um produto de outro estado, com o selo pra ser vendido naquele estado e que não pode ser vendido aqui”.

O uso do mix de bactérias do bem pode prolongar a vida útil do queijo produzido de forma artesanal. O uso do mix de bactérias do bem pode prolongar a vida útil do queijo produzido de forma artesanal.

O próximo passo é patentear o mix de “bactérias do bem” para que possa ser usado como mais um ingrediente na receita dos queijos, segundo Fernanda.

“Assim como nós temos o fermento, no potinho para ser adicionado no bolo, a gente teria um produto em forma de pó, por exemplo, para ser adicionado durante a produção do queijo”, ressalta.
Segundo a Unicamp, ainda não há previsão para que esse mix de bactérias esteja disponível para os produtores.

Fonte: G1 Minas

Denominação de origem dos queijos: Mercosul define posição

Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai reúnem-se em Assunção, no Paraguai, para encontro de chanceleres que começa nesta sexta-feira (16/03) a fim de alinhar uma posição oficial do Mercosul sobre a disputa internacional criada com a União Europeia (UE) a respeito do uso de nomes tradicionais de queijos.

Nomenclatura tipos de queijoA UE reivindica que países do Mercosul deixem de usar os termos Parmesão, Gruyère, Roquefort, Fontina, Gorgonzola e Grana em seus produtos uma vez que se referem a denominações de origem de queijos típicos dos países europeus. O assunto foi debatido pelos laticínios brasileiros na manhã da quinta-feira (15/3) em reunião no Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) em São Paulo (SP).

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que participou do encontro representando os laticínios gaúchos, o setor não aceita as restrições que querem ser impostas. “O setor de lácteos é sempre usado como moeda de troca nas negociações internacionais. Não iremos mais aceitar isso”, frisou. De acordo com o executivo gaúcho, o uso dos nomes de queijos já é uma tradição no mercado brasileiro.

O Sindilat é filiado ao Conil, colegiado que reúne os diferentes sindicatos do país. O grupo também vem fortalecendo sua atuação junto à Federación Panamericana de Lechería (Fepale) para pleitear causas conjuntas e defender interesses do Mercosul.

Ainda em SP, Guerra participou de reuniões na Viva Lácteos e ABLV e na Abiq. “O setor aqui trabalha muito harmonizado por causas coletivas”. Durante a agenda, Guerra também reforçou a importância de apoio nacional para o pedido encabeçado pelo Sindilat de PEP para o Leite. Além do leite em pó, abordou-se a necessidade de adoção da ferramenta para a comercialização de UHT.

Fonte: Sindilat

Famílias retomam hábitos de consumo; manteiga e requeijão se destacam

Aos poucos, as famílias brasileiras começam a retomar alguns hábitos de consumo adquiridos nos tempos de bonança da economia. Depois da longa recessão econômica que fez os consumidores cortarem ou substituírem produtos no dia a dia, a lista de compras voltou a ser incrementada com mercadorias um pouco mais caras. No lugar da margarina, a manteiga retornou à mesa; assim como o óleo de soja foi substituído pelo azeite de oliva. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também estão de volta ao cardápio dos consumidores.

Consumo de requeijão em retomadaDados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que, em 2017, mais de dois milhões de lares voltaram a comprar manteiga pelo menos uma vez no ano – indicador que mostra uma reação do mercado de consumo. No auge da crise, o produto estava presente em 32,94% dos lares brasileiros. Com a retomada, a participação subiu para 36,80% – superior à registrada antes da recessão, em 2014 (34,17%). O mesmo ocorreu com o azeite, que retornou à lista de supermercado de 1,4 milhão de famílias. “À medida que a economia melhora, a primeira cesta a dar sinais de recuperação é a de bens de consumo não duráveis”, afirma a diretora de negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira. A retomada é explicada por um conjunto de fatores: inflação baixa, juros no menor patamar histórico, aumento da renda e ligeira reação do mercado de trabalho.

Famílias retomam hábitos de consumo da fase pré-crise

Outro motor do consumo foi a redução do endividamento das famílias, que chegou a comprometer 22,8% da renda mensal em 2015. De lá pra cá, o indicador seguiu um movimento de queda. Segundo dados do Banco Central, em dezembro do ano passado, já estava em 19,9%.

Cálculos do economista Maurício Molan, do Santander, mostram que o aumento da massa salarial e o recuo do endividamento dos brasileiros devem liberar cerca de R$ 124 bilhões para a economia. “Vemos um crescimento consistente do consumo neste ano, já que o emprego e a renda estão voltando. Tudo isso é muito poderoso.”

A expectativa é de que o varejo tenha um avanço de 4,7% em 2018 – o que deve ajudar a sustentar as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3%. Levantamento da Tendências Consultoria Integrada mostra que o aumento do consumo deverá ser puxado em especial pelos Estados do Norte e por São Paulo.

O economista da consultoria, Adriano Pitoli, afirma que quem sofreu mais durante a crise tem potencial para registrar melhor desempenho agora. Ele lembra que a maior disponibilidade dos bancos para emprestar dinheiro também pode ter efeito positivo nesse mercado. Durante a crise, as instituições financeiras fecharam os cofres para novos empréstimos às pessoas físicas. “Mas, vale pontuar que há um longo caminho pela frente para o País retomar por completo os níveis pré-crise”, diz Pitoli. Segundo ele, projeções apontam que apenas em 2021 o Brasil vai voltar ao patamar de consumo de 2013. Essa avaliação é compartilhada pela diretora da Kantar, Christine Pereira. Ela destaca que, apesar de novos compradores e do avanço nas vendas de produtos de maior valor agregado, o desafio é aumentar a frequência de compras, ainda limitada.

Outra dificuldade é que essa onda de consumo, por ora, não deve ser acompanhada de grandes volumes de investimentos. “A ociosidade ainda é muito grande e vai demorar para ter um gatilho de novos investimentos produtivos”, diz Pitoli.

O economista do Santander, no entanto, tem opinião diferente. Segundo ele, apesar do baixo uso da capacidade instalada, há outros investimentos importantes que podem ser feitos agora, como a modernização de parques industriais e a demanda por máquinas no agronegócio, que tem efeito multiplicador na economia. “Os indicadores são bastante positivos, especialmente se levarmos em consideração que estamos saindo de uma grave recessão.”

Fonte: O Estado de São Paulo