67% dos brasileiros preferem rótulo com diferenciação de cores.

Cerca de 67% dos brasileiros preferem o modelo de rotulagem nutricional que usa um semáforo para indicar o teor de açúcares, gorduras e sódio nos alimentos e bebidas. Outros 31% dos entrevistados declararam que preferem o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas. É o que aponta pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) discute com representantes da sociedade civil e governo a adoção de um novo modelo para rotulagem de alimentos e bebidas. A proposta que usa cores (verde, amarelo e vermelho) para informar se a quantidade de componentes é baixa, moderada ou alta é conhecida como semáforo nutricional quantitativo.

 

 

O Ibope Inteligência ouviu 2.002 pessoas, em 142 municípios, para a pesquisa quantitativa. Para a avaliação qualitativa, foram realizados 8 grupos focais (4 em São Paulo e 4 em Recife). A pesquisa fez a comparação entre o modelo de semáforo nutricional e os modelos de advertência, que informam se há excesso de algum componente dentro de triângulos ou octógonos pretos, destacados na frente da embalagem.

De acordo com a pesquisa, 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais, contra 78% do modelo de advertência. O sistema de cores usado para classificar os nutrientes em um rótulo frontal é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência.

Ainda de acordo com a pesquisa, aproximadamente três quartos da população procura, de modo geral, informações nas embalagens para auxiliar na escolha dos produtos. O prazo de validade é buscado por 45% da população, seguido pelo preço (24%), pela tabela nutricional (21%) e advertências relacionadas à saúde – diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten, etc – (18%).

A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.

 


Fonte: Valor Econômico.