Queijos com Baixo Teor de Lactose: Opções Seguras para Intolerantes

Conheça os melhores queijos para quem tem intolerância à lactose, como parmesão, gouda e brie. Dicas práticas para consumir queijos sem lactose com segurança e prazer. 

Se você sofre de intolerância à lactose, sabe que o consumo de laticínios pode ser um desafio. Mas a boa notícia é que nem todos os queijos são proibidos! Muitos tipos possuem baixo teor de lactose, o que permite o consumo com segurança e sem desconfortos.

Por que alguns Queijos são Tolerados?

Queijos maturados, curados e prensados passam por fermentação prolongada, onde as bactérias naturalmente consomem grande parte da lactose presente no leite. Além disso, no processo de fabricação, o soro — que concentra a lactose — é removido, reduzindo seu teor final. 

Quanto mais tempo o queijo fica envelhecido, menor a lactose residual, tornando-o uma opção segura para muitos intolerantes. 

Lista de Queijos com baixo teor de Lactose

Estudos indicam que esses queijos possuem entre 0% e 2,5% de lactose, podendo ser consumidos por pessoas com intolerância leve a moderada: 

queijo sem lactose

  • Munster: 0–1,1 %
  • Camembert: 0–1,8 %
  • Brie: 0–2 %
  • Cheddar: 0–2,1 %
  • Provolone curado: 0–2,1 %
  • Gouda: 0–2,2 %
  • Queijo azul: (como Roquefort e Gorgonzola): 0–2,5 %
  • Parmesão: 0–3,2 %
  • Suiço/Emmental: até 3,4 %

Outras opções e Cuidados

  • Queijos zero lactose: produzidos com enzima lactase, totalmente seguros, mas menos artesanais.
  • Meia cura, muçarela de búfala, Canastra maturado, provolone envelhecido: boas opções naturais e bem toleradas.
  • Evite: queijos frescos como ricota, cottage, minas frescal e requeijão, que contêm altos níveis de lactose.

Dicas de Consumo Seguro

  • Comece com pequenas porções para observar como seu organismo reage.
  • Prefira queijos artesanais e curados naturalmente, menos processados.
  • Leia sempre os rótulos e escolha produtos certificados “sem lactose” para maior segurança.
  • Considere combinar o consumo de queijos com probióticos para ajudar na digestão da lactose.

Conclusão

Quem tem intolerância à lactose pode sim saborear queijos deliciosos e nutritivos, desde que faça escolhas conscientes. Opções como parmesão, gouda, cheddar, brie e provolone curado, além dos queijos zero lactose, garantem sabor e bem-estar. 

Referências

TERRA. 5 queijos com menos lactose para os intolerantes. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-queijos-com-menos-lactose-para-os-intolerantes,cabddb30653cce9065ef5a5d00dcce6dgfb1hjxg.html. Acesso em: 23 jun. 2025. 

BOM DA FAZENDA. Pessoas intolerantes à lactose não devem consumir queijos? Disponível em: https://bomdafazenda.com/pessoas-intolerantes-a-lactose-nao-devem-consumir-queijos/. Acesso em: 23 jun. 2025

METRÓPOLES. Descubra 9 queijos que pessoas com intolerância à lactose podem comer. Disponível em: https://www.metropoles.com/colunas/claudia-meireles/descubra-9-queijos-que-pessoas-com-intolerancia-a-lactose-podem-comer. Acesso em: 23 jun. 2025. 

GREENME. Queijo sem lactose. Disponível em: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/79792-queijo-sem-lactose/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

CAPITALIST. Amante de queijo com intolerância à lactose? Aqui estão opções que você pode comer. Disponível em: https://capitalist.com.br/amante-de-queijo-com-intolerancia-a-lactose-aqui-estao-opcoes-que-voce-pode-comer/. Acesso em: 23 jun. 2025. 

Produção de Muçarela: Processos e Qualidade na Indústria de Laticínios

Descubra como é feita a muçarela: etapas da produção industrial, qualidade do leite, ingredientes utilizados e os principais desafios enfrentados pela indústria de laticínios. 

A muçarela é o tipo de queijo mais consumido no Brasil, representando cerca de 40% da produção nacional. Sua popularidade deve-se à versatilidade culinária, com ampla aplicação em pratos como pizzas, lasanhas e sanduíches, além da facilidade de processamento industrial. 

 

Matéria-Prima: Qualidade do Leite na Produção de Muçarela 

Processo de produção da muçarela

A qualidade do leite impacta diretamente a textura, sabor e rendimento da muçarela, sendo determinante para a produção de um produto final de alta qualidade. 

É essencial realizar análises como a contagem de células somáticas e a contagem bacteriana total, que indicam a condição microbiológica do leite. Além disso, testes para a detecção de resíduos de antibióticos são fundamentais para garantir a segurança alimentar e evitar falhas nos processos fermentativos. 

 

Etapas de Produção da Muçarela 

A produção industrial de muçarela envolve várias etapas técnicas, que precisam ser rigorosamente controladas desde a recepção do leite até a embalagem final. 

Principais etapas:

  • Recepção e pasteurização do leite:
    O leite é filtrado e pasteurizado para eliminar microrganismos patogênicos e garantir a estabilidade do produto.
  • Adição de ingredientes:
    São adicionados cloreto de cálcio, fermento láctico e coalho, que promovem a coagulação da caseína.
  • Coagulação e corte da coalhada:
    A coalhada formada é cortada em pequenos pedaços, facilitando a separação do soro.
  • Queijo muçarela fresco durante o processo de fabricação

  • Cozimento e filagem:
    A massa é aquecida e esticada, adquirindo a elasticidade e a estrutura fibrosa características da muçarela.
  • Modelagem e salga:
    A muçarela é moldada em blocos ou bolas e submetida à salga, o que contribui para o sabor, a conservação e o equilíbrio da atividade de água.
  • Resfriamento, embalagem e armazenamento:
    Após o resfriamento, o queijo é embalado em condições higiênicas e armazenado sob refrigeração para manter suas características físico-químicas e microbiológicas.

 

Conclusão 

Saber como é feita a muçarela permite que as empresas do setor de laticínios compreendam os pontos críticos do processo produtivo e identifiquem oportunidades de melhoria.

A atenção à qualidade do leite, o controle rigoroso das etapas de fabricação e a adoção de boas práticas industriais são fundamentais para garantir um produto com alto padrão de qualidade, segurança e competitividade no mercado.

 

Referências 

MILKPOINT. Como é feita a muçarela? Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/como-e-feito-a-mucarela-225056/. Acesso em: 2 jun. 2025. 

VIEIRA, Luiz Carlos; LOURENÇO JÚNIOR, José de Brito. Tecnologia de Fabricação do Queijo Muçarela. Embrapa, 2006. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/388567/1/ComTec162.pdf. Acesso em: 2 jun. 2025. 

GOMES DA CRUZ, Adriano. Produção de muçarela: teoria e prática andam juntas. MilkPoint, 2021. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/adriano-gomes-da-cruz/producao-de-mucarela-teoria-e-pratica-andam-juntas-227407/. Acesso em: 2 jun. 2025. 

Queijos Finos: Impactos na Saúde Humana

Descubra como os queijos finos podem contribuir para a saúde cardiovascular, óssea e digestiva — graças a compostos bioativos como probióticos e cálcio. 

Os queijos finos, classificados por sua produção sofisticada e sabores refinados, têm atraído destaque tanto no mercado quanto no campo da nutrição. Além de serem analisados pelo sabor, esses produtos apresentam diversos benefícios à saúde devido aos compostos bioativos existentes em sua composição.

Benefícios Funcionais dos Queijos Finos para a Saúde

Os queijos finos são fontes de proteínas de alta qualidade cálcio , fósforo e vitaminas A, D e B12 , todos nutrientes essenciais para funções biológicas como a saúde óssea , o desenvolvimento muscular e o fortalecimento do sistema imunológico . Além disso, diversos tipos de queijos finos, especialmente os fermentados, contêm probióticos naturais e peptídeos bioativos — substâncias que favorecem o equilíbrio da microbiota intestinal e contribuem para o bem-estar geral.

Esses elementos auxiliam na digestão, na absorção de nutrientes e até na regulação de processos inflamatórios. O cálcio , em particular, desempenha papel fundamental na formação e manutenção de ossos e dentes fortes . Já os probióticos , encontrados em queijos como o Camembert e o Gorgonzola, podem melhorar a saúde intestinal , com reflexos diretos sobre a imunidade. 

Compostos Bioativos e Saúde Cardiovascular

Queijo fino

Alguns queijos finos, principalmente os de maturação longa, apresentam peptídeos bioativos capazes de contribuir para a regulação da pressão arterial e a redução do colesterol LDL (o “ruim”), ao mesmo tempo que favorecem o aumento do colesterol HDL (o “bom”). Além disso, compostos antioxidantes presentes nesses queijos ajudam a reduzir o estresse oxidativo , promovendo a proteção das células e tecidos do organismo. 

Outro composto de destaque é o ácido linoleico conjugado (CLA), com potencial para atuar na modulação de lipídios e na prevenção de doenças cardiovasculares. A combinação de cálcio biodisponível e gorduras naturais de boa qualidade pode contribuir para um perfil lipídico mais equilibrado. 

Consumo Consciente e Considerações Nutricionais

Apesar de seus reconhecidos benefícios funcionais , o consumo de queijos finos deve ser orientado por critérios nutricionais . Por apresentarem, em geral, teores mais elevados de gordura e sódio — especialmente os queijos maturados —, sua inclusão na dieta requer equilíbrio. A ingestão moderada, aliada a uma alimentação variada e balanceada, é fundamental para que seus compostos bioativos sejam aproveitados sem comprometer a saúde cardiovascular , particularmente em indivíduos com hipertensão , dislipidemias ou outras condições metabólicas.

Conclusão

Os queijos finos oferecem muito mais do que uma experiência gastronômica sofisticada — eles podem ser aliados poderosos na promoção da saúde. Quando consumidos de forma equilibrada, contribuem para a manutenção da saúde óssea, cardiovascular, digestiva e imunológica , tornando-se uma excelente opção dentro de um estilo de vida saudável. Seu perfil nutricional e presença de compostos bioativos os tornam protagonistas tanto na culinária quanto na nutrição funcional. 

Referências

GOVERNO BRASILEIRO. Qual o tipo de queijo mais saudável. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2019/qual-o-tipo-de-queijo-mais-saudavel. Acesso em: 20 mai. 2025. 

MILKPOINT. Queijos Finos. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria-de-laticinios/queijos-finos-205619/#:~:text=No%20Brasil%20costuma%20se%20chamar,confiram%20sabor%20e%20aroma%20especiais. Acesso em: 20 mai. 2025. 

QUEIJOS POSSAMAI. Benefícios do consumo de queijos artesanais para a saúde. Disponível em: https://queijospossamai.com.br/blog/beneficios-do-consumo-de-queijos-artesanais-para-a-saude-8.html. Acesso em: 21 maio 2025. 

Gorgonzola no Brasil: Por que o queijo gorgonzola vai mudar de nome?

Descubra por que o queijo gorgonzola no Brasil vai mudar de nome e o que isso significa para consumidores, produtores e o mercado nacional de queijos azuis. 

Você já reparou que o queijo gorgonzola está sumindo das prateleiras — ou melhor, do rótulo? Essa mudança pode parecer sutil, mas revela uma transformação profunda no mercado de queijos no Brasil. A partir de um acordo internacional entre o Mercosul e a União Europeia, o nome “gorgonzola” será exclusivo para produtos italianos com Denominação de Origem Protegida (DOP). Ou seja: os queijos azuis fabricados no Brasil terão que mudar de nome para continuar sendo comercializados. 

O que muda para os consumidores? 

Para os consumidores, a alteração no nome não impactará as características sensoriais do produto. O sabor, a textura e a qualidade do queijo permanecerão os mesmos. Porém, é fundamental prestar atenção às novas embalagens e rótulos, que refletirão a nova nomenclatura permitida, geralmente sob o termo “queijo azul brasileiro” ou variações similares. 

Como a indústria e os produtores vão reagir à mudança? 

Queijo gorgonzola

A mudança exigirá que os produtores brasileiros adaptem suas estratégias de marketing e comunicação visual. Além disso, será necessário que a palavra “gorgonzola”, caso ainda utilizada, apareça em tamanho reduzido em relação à marca, evitando associação direta com a cidade italiana. Essa medida visa proteger as indicações geográficas e combater práticas consideradas enganosas, além de incentivar o fortalecimento da identidade do queijo azul brasileiro. 

Conclusão 

A mudança na nomenclatura do queijo gorgonzola no Brasil vai além de uma simples alteração de rótulo. Ela reflete o comprometimento com acordos internacionais e a valorização das origens gastronômicas. Embora possa gerar dúvidas no início, essa adaptação abre portas para o crescimento e valorização da produção nacional. 

Assim, tradição e inovação podem caminhar juntas: enquanto o nome “gorgonzola” retorna às suas origens italianas, o queijo azul brasileiro começa a trilhar um novo caminho de prestígio e reconhecimento internacional. 

REFERÊNCIAS 

CATRACA LIVRE. O queijo gorgonzola não poderá mais ser chamado de queijo gorgonzola no Brasil: entenda o que muda. Catraca Livre, 15 maio 2024. Disponível em: https://catracalivre.com.br/gastronomia/o-queijo-gorgonzola-nao-podera-mais-ser-chamado-de-queijo-gorgonzola-no-brasil-entenda-o-que-muda/. Acesso em: 22 maio 2025.

JORNAL DE BRASÍLIA. Cadê o gorgonzola? Entenda por que o queijo azul está mais comum nas prateleiras. Jornal de Brasília, 17 maio 2024. Disponível em: https://jornaldebrasilia.com.br/estilo-de-vida/gastronomia/cade-o-gorgonzola-entenda-por-que-o-queijo-azul-esta-mais-comum-nas-prateleiras/. Acesso em: 22 maio 2025. 

CURTA MAIS. Queijo gorgonzola vai mudar de nome no Brasil. Curta Mais, 16 maio 2024. Disponível em: https://curtamais.com.br/goiania/queijo-gorgonzola-mudanca-nome/. Acesso em: 22 maio 2025. 

TRIBUNA DE MINAS. Brasil vai mudar o nome do queijo gorgonzola. Tribuna de Minas, 17 maio 2024. Disponível em: https://tribunademinas.com.br/colunas/maistendencias/brasil-vai-mudar-o-nome-do-queijo-gorgonzola/. Acesso em: 22 maio 2025. 

MILKPOINT. Cadê o gorgonzola? Entenda por que o queijo azul está mais comum nas prateleiras. MilkPoint, 15 maio 2024. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/cade-o-gorgonzola-entenda-por-que-o-queijo-azul-esta-mais-comum-nas-prateleiras-237661/. Acesso em: 22 maio 2025. 

O Cloreto de Cálcio na Fabricação de Queijos

A fabricação de queijos é uma arte milenar que combina ciência e tradição. Um dos processos fundamentais na produção de queijos é a coagulação do leite, que transforma a matéria-prima líquida em uma massa sólida, conhecida como coalhada. A coagulação é essencial para a formação da estrutura e textura característica dos queijos. Neste artigo, exploraremos o processo de coagulação na fabricação de queijos e a função do cloreto de cálcio nesse processo. 

 

COAGULAÇÃO DO LEITE: O PAPEL DAS ENZIMAS

A coagulação do leite é iniciada pela ação de enzimas específicas, chamadas de coagulantes, que promovem a transformação das proteínas do leite. A principal enzima utilizada na fabricação de queijos é a quimosina (também conhecida como renina), que é encontrada naturalmente no estômago dos animais ruminantes. A quimosina age sobre a caseína, principal proteína do leite, promovendo a sua coagulação. 

 

FORMAÇÃO DA COALHADA E SORO

A ação da quimosina provoca a agregação das moléculas de caseína, resultando na formação de uma rede tridimensional. Essa rede retém grande parte da gordura e dos componentes solúveis do leite, enquanto o líquido restante, chamado de soro, é liberado. A coalhada resultante é então moldada e processada para obter diferentes tipos de queijos. 

 

O PAPEL DO CLORETO DE CÁLCIO NA COAGULAÇÃO

Durante o processo de coagulação, é comum adicionar cloreto de cálcio ao leite. O cloreto de cálcio é uma fonte de íons de cálcio, um mineral essencial para a coagulação adequada do leite. Existem algumas razões pelas quais o cloreto de cálcio é utilizado na fabricação de queijos: 

Melhoria da coagulação: O cálcio desempenha um papel crucial na formação da rede de caseína durante a coagulação. A adição de cloreto de cálcio ao leite ajuda a garantir que haja cálcio suficiente disponível, mesmo em leites com teores de cálcio naturalmente baixos. Isso melhora a qualidade da coalhada e a eficiência do processo de coagulação. 

Ajuste da acidez: Além de auxiliar na coagulação, o cloreto de cálcio também contribui para ajustar o equilíbrio de acidez durante a fermentação do leite. Durante a produção de queijos, é importante manter um ambiente ácido adequado para o desenvolvimento de sabor e textura desejáveis. O cálcio ajuda a neutralizar parte da acidez produzida pelas bactérias láticas, criando um equilíbrio que favorece o crescimento de determinadas espécies bacterianas e a formação de compostos aromáticos característicos dos queijos. 

Textura e Firmeza: A presença adequada de cálcio na coagulação do leite também influencia diretamente a textura e a firmeza do queijo resultante. O cálcio ajuda a formar ligações entre as moléculas de caseína, contribuindo para a estrutura firme e elástica dos queijos. 

Prevenção de Defeitos: A falta de cálcio durante a coagulação pode levar a defeitos no queijo, como uma coalhada fraca e quebradiça. O uso de cloreto de cálcio ajuda a prevenir esses problemas, garantindo uma coagulação mais uniforme e adequada. 

 

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O USO DO CLORETO DE CÁLCIO

É importante ressaltar que o uso de cloreto de cálcio na fabricação de queijos deve ser feito com cuidado e moderação, levando em consideração fatores como o tipo de queijo a ser produzido, as características do leite utilizado e as recomendações específicas do fabricante. O excesso de cloreto de cálcio pode levar a uma coagulação excessivamente rápida, resultando em uma coalhada muito dura e difícil de manipular. 

Além disso, é essencial garantir a qualidade e a procedência do cloreto de cálcio utilizado, optando por produtos próprios para uso alimentar e seguindo as boas práticas de fabricação. É recomendado consultar especialistas técnicos na área de fabricação de queijos e seguir as diretrizes estabelecidas pelas autoridades regulatórias locais. 

 

CONCLUSÃO

A coagulação do leite é um processo essencial na fabricação de queijos, responsável por transformar o líquido em uma massa sólida conhecida como coalhada. O cloreto de cálcio desempenha um papel importante nesse processo, fornecendo íons de cálcio que contribuem para a formação adequada da rede de caseína, a textura e a firmeza dos queijos. No entanto, é crucial utilizar o cloreto de cálcio com cuidado, seguindo as orientações técnicas e garantindo sua qualidade. 

 

 

 

Referências:

RODRIGUES, Fernando. Por que adicionar cloreto de cálcio para fazer queijos?. [S. l.], 20 jan. 2019. Disponível em: https://www.queijosnobrasil.com.br/portal/tudo-sobre-queijo/300-por-que-adicionar-cloreto-de-calcio-para-fazer-queijos. Acesso em: 3 maio 2023.

Smithers, G. W. (2008). Whey and whey proteins—from ‘gutter-to-gold’. International Dairy Journal, 18(7), 695-704.

Tamime, A. Y., & Robinson, R. K. (2007). Tamime and Robinson’s Yoghurt: Science and Technology (3rd ed.). Woodhead Publishing.

Fox, P. F., Guinee, T. P., Cogan, T. M., & McSweeney, P. L. (2017). Fundamentals of Cheese Science (4th ed.). Springer.

 

Queijos Azuis

VOCÊ SABE O QUE É UM QUEIJO AZUL?

Você conhece o queijo gorgonzola italiano? Esse é um dos exemplos de queijo azul. Queijos azuis são aqueles colonizados por fungos. Os fungos crescem no queijo e formam aqueles veios azul-esverdeados. Além do gorgonzola, o roquefort francês, o queijo de valdeon e o queijo cabrales espanhol também são considerados como queijo azul.

MAS QUE FUNGOS SÃO ESSES? COMO É QUE ELES VÃO PARAR LÁ NO QUEIJO?

O fungo azul mais comum é o Penicillium roqueforti. Esse fungo contaminava naturalmente o queijo que era feito nas montanhas altas da Europa. É costume nesses lugares maturar os queijos dentro de cavernas, onde a temperatura é ideal, e, como a caverna está cheia de fungos, eles passam a crescer nos queijos.

Quando os fungos crescem em frutas ou pães consideramos esses alimentos estragados, mas, no queijo, não. O Penicillium confere sabor e aroma muito apreciáveis, tornando os queijos fortes, para comer pouco, e de preferência com um bom vinho. São muito bons também para fazer molhos e patês.

Onde não há montanhas como as européias, também é possível fazer queijos azuis, simulando as condições das cavernas, comprando e adicionando o Penicillium, que é vendido desidratado para as queijarias. Assim como se faz com outras bactérias láticas, utilizadas como fermentos, o laticínio coloca o Penicillium no leite e faz o queijo, que depois vai para câmaras de maturação com temperatura e umidade que simulam as cavernas européias, e pronto!

Existem também alguns tipos de queijo que recebem em seu preparo a adição de corantes naturais como a clorofila, permitindo que os queijos tenham veias verdes-azuladas.

Assim, pode-se fazer queijos azuis em qualquer lugar do mundo, inclusive no Brasil. Mas esses queijos não podem se chamar gorgonzola ou roquefort fora dos seus lugares de origem. Quando se faz queijo gorgonzola no Brasil, deve estar escrito na embalagem “queijo tipo gorgonzola” ou “queijo tipo roquefort”, para indicar que é parecido com aquele, mas não é igual, não é original.

Esses queijos podem ser fabricados com leite de cabra, vaca ou ovelha. Por ter um contato mais duradouro com o ar, a parte externa deles são mais secas. Para cortar os queijos azuis é recomendado utilizar uma faca especifica chamada “Fio Cortante” essa faca evita que o queijo quebre e permite que outros tipos de mofos não se desenvolvam no queijo, afetando seu sabor original.

TIPOS DE QUEIJOS AZUIS MAIS CONSUMIDOS E SEUS PAÍSES DE ORIGEM:

Gorgonzola: Um queijo produzido com leite de vaca, originário de Milão na Itália. Sua massa é cremosa, com sabor intenso.

Bleu de Bresse: Este queijo é produzido com leite de vaca, originário da província de Bresse,  na França. É um queijo delicado fabricado com 50% de gordura em sua composição.

Cambozola: Este queijo também é produzido com leite de vaca e é fabricado na região de Chiemgau, na Baviera.  O leite deste queijo contém uma adição de creme, deixando-o com uma textura mais consistente.

Roquefort: Este conhecido queijo é produzido com leite de ovelha e é originalmente francês. Seu sabor é picante e a massa é mole, com casca úmida.

Bleu d’Auvergne: Um queijo produzido com leite de vaca, fabricado na região de Auvergne, na França, sua massa é delicada e cremosa, com sabor picante e aroma de flores silvestres.

Ciel de Charlevoix: Este queijo é fabricado no Canadá, contém ligeiras veias azuis e é bastante cremoso, harmonizando muito bem com vinhos do Porto.

Stilton: Este queijo azul é produzido com leite de vaca, sendo originário da Inglaterra.

Foume d’Ambert: Este outro queijo francês, também é produzido com leite de vaca, sendo fabricado na região de Auvergne, possui uma forma cilíndrica e sabor intenso.

Referências:

BELOTI, Vanerli. Queijos azuis. 2014. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/artigos/industria/queijos-azuis-205632n.aspx. Acesso em: 16 mar. 2020.

QUEIJOS azuis. 2015. Disponível em: https://www.produtosfinos.com.br/queijos/queijos-azuis/. Acesso em: 16 mar. 2020.

Formas de aproveitamento do soro de leite

O QUE É O SORO?

Considerada como uma fonte riquíssima de nutrientes, a proteína do soro do leite é extraída durante o processo de transformação do leite em queijo.

Por ser um subproduto da fabricação de queijo, representa 85 a 90% do volume de leite utilizado e retém em torno de 55% dos nutrientes do leite. Para produção de 1 kg de queijo tradicional são utilizados 10 L de leite de vaca ou 5,5 L de leite de búfala, sendo obtidos 9 e 4,5 L de soro de queijo, respectivamente (JELEN, 2003).


FORMAS DE APROVEITAMENTO

O queijo de ricota é uma das alternativas para reutilização de soro. O princípio de fabricação da ricota é baseado na precipitação das proteínas do soro por meio de calor associado a acidificação, constituindo uma alternativa para o aproveitamento do soro. É possível adicionar a este soro 5 a 20% de leite integral ou desnatado, para aumentar o rendimento na produção da ricota (FOX; MCSWEENEY, 2004).

O soro de leite também pode ser utilizado como constituinte de produtos denominados bebida láctea no Brasil, além de leite em pó ou fluido com diferentes teores de gordura, creme de leite, entre outros ingredientes lácteos, como caseinato e concentrado proteico de soro.

Como suplemento alimentar no Brasil, o soro do leite é legislado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Comercializado líquido ou em pó, possui alto valor nutricional e apresenta ótima aceitação pelos consumidores, especialmente pelos praticantes de esportes em academias onde é conhecido pelo nome de whey protein (APIL RS, 2017). Santos e Buriti (2010) constataram que as proteínas do soro lácteo também podem gerar efeitos funcionais, benéficos à saúde, por originarem peptídeos bioativos nos produtos lácteos e durante o processo digestivo.

Recentemente foi identificado um componente com potencial de minimizar os efeitos adversos da hipertensão, segundo pesquisas da Embrapa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde foram analisadas pequenas partes de proteínas (peptídeos) do soro do leite em testes in vitro que indicaram vasodilatação nas artérias de cobaias entre 80 a 100%. O resultado sugere que um indício bastante promissor quanto à capacidade anti-hipertensiva de peptídeos do soro do leite, efeito similar ao obtido com medicamento (EMBRAPA, 2015).

Referências bibliográficas:

JELEN, P. Whey processing. In: ROGINSKI, H.; FUQUAY, J.W. AND FOX, P.F. (eds.). Encyclopedia of Dairy Sciences, Academic Press, v. 4, p.2739-2751, 2003.

FOX, P. F.; MCSWEENEY, P. L. H. Cheese: Chemistry, Physics and Microbiology. Elsevier Academic Press, London, v. 2, p. 345–346, 2004.

APIL RS, Soro, a riqueza desperdiçada: de descarte na fabricação de queijos à produto de alto valor industrial. Revista Leite & Queijos, Porto Alegre, v. 6, n. 33, p.8-12, abr. 2017.

SANTOS, Karina Maria Olbrich dos; BURITI, Flávia Carolina Alonso. Soro lácteo: resíduo, subproduto ou ingrediente funcional para alimentos? 2010. EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS. Disponível em: www.portaldoagronegocio.com.br/artigo/soro-lacteo-residuo-subproduto-ou-ingrediente-funcional-para-alimentos

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Pesquisadores identificam composto benéfico para a saúde em soro de leite. Segurança alimentar, nutrição e saúde. Brasília, DF – Brasil, 2015. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/4989705/pesquisadoresidentificam-composto-benefico-para-a-saude-em-soro-de-leite

O que são probióticos?

Possivelmente você já os conheça e faça consumo deles. Os probióticos vem ganhando espaço em pesquisas e sendo aderidos em dietas. Saiba mais sobre.

DE PORTUGAL A MINAS GERAIS. CONHEÇA OS MUSEUS TOTALMENTE DESTINADOS AO QUEIJO

QUEM AMA QUEIJO, MUITO ALÉM DE DEGUSTAR, GOSTA DE CONHECER O QUE ESTÁ POR TRÁS DESSA IGUARIA, E POR ISSO CRIAMOS UM ROTEIRO COM ALGUNS DOS MUSEUS DO QUEIJO ESPALHADOS PELO MUNDO.

Alguns dizem que o queijo tem origem mitológica, divina, outros acreditam que sua origem é egípcia e foi sendo aperfeiçoada e espalhada pelas civilizações no decorrer dos séculos. Mas uma coisa é certa, todos nós amamos essa iguaria.
Tipos, história e processos de fabricação, são alguns dos tópicos que você vai encontrar nos museus destinados aos queijos.

Clique nos títulos e acesse os sites para maiores informações e para ver fotos.

Museu do Queijo de Amsterdã

Localizado em Amsterdã na Holanda, esse museu traz um pouco da história dos queijos regionais, com mais de 600 anos de tradição na produção do queijo holandês, mérito suficiente para justificar a existência de um museu destinado a sua produção. Gouda, Edam, Leerdammer, Leyden, Maaslander e Maasdam são queijos que levam nomes de cidades holandesas, e que podem ser encontrados no museu, assim como o cortador de queijo mais caro do mundo, com diamantes incrustrados e com o incrível valor de €26 mil. Em sua parte subterrânea, o museu conta com antigas peças utilizadas na produção de gouda, como formas de madeira, latões de leite, liras,prensas e balanças, além de acessórios Boska, desenvolvidos especialmente para o corte de queijos.

Museu do Queijo de Akmaar

Ainda no país das tulipas, localizado no segundo e terceiro andar da casa de pesagem de Alkmaar, o Museu do Queijo Holandês de Alkmaar explica a produção, história e o lugar de cada queijo na cultura do país. A construção era originalmente uma capela, mas com o tempo foi se transformando na casa de pesagem e museu, de onde você tem uma visão privilegiada da famosa praça Waagplein. O museu conta com uma coleção de itens utilizados na produção de queijos ao longo da história, explica a diferença entre um queijo produzido nas fábricas e queijos produzidos em fazendas, entre outros tópicos interessantes à todo amante de queijo. Caso queira fazer uma excursão guiada, é necessário fazer uma reserva antecipada.

Vale do Emmen

Casa de um dos queijos mais apreciados do mundo, o Vale do Emmen é o berço do famoso queijo Emmental. Localizado a apenas 100km de Bern, capital da Suiça, a cidade de Affoltern é um destino perfeito aos amantes do queijo. Acompanhe todo o processo de produção do queijo Emmental, famoso por suas olhaduras, com direito a passar pela experiência de produzir no fim da visita, um queijo fresco, por valores entre €2 e €10, podendo ser feito individualmente ou em grupo. No prédio histórico, construído em 1741, se pode ver como os queijos eram produzidos manualmente no século XVII, sob um fogareiro e com utensílios artesanais, podendo o grupo agendar antecipadamente uma fabricação do queijo pelo método tradicional. Mas para quem prefere conhecer o processo mais industrializado, a cidade conta com outros passeios mais modernos, onde poderão acompanhar todas as etapas, desde a preparação do leite até a maturação do queijo, com explicações sobre a formação das olhaduras e o diâmetro perfeito das mesmas num verdadeiro queijo Emmental.

Museu do Queijo de Pêraboa

Localizado na Freguesia de Pêraboa em Portugal, o museu de 634m² permite aos seus visitantes conhecerem o processo de produção de um dos queijos mais admirados do mundo, o Pêraboa. O museu tem dois trajetos paralelos, um museológico e um gastronômico, o que permite experiências diferentes aos visitantes. Por meio de recursos palpáveis e apresentações multimídia, o visitante pode conhecer o ambiente que envolve a arte da produção artesanal do queijo da Serra, assim como as técnicas e utensílios empregados na mesma durante os anos. Além disso o passeio ainda permite ao visitante conhecer as características do queijo de ovelha Kosher, produzido em Pêraboa segundo os preceitos da religião judaica.

Fábrica de Queijos - La Maison du Gruyères Fromagerie

Localizada na cidade de Gruyères na Suiça, a fábrica, aberta todos os dias, propõe uma imersão no universo do Gruyère, com a possibilidade de acompanhar da galeria de visitantes, a produção do rei dos queijos em uma visita com duração aproximada de 30 a 45 minutos, comentada através de um aparelho de áudio, disponível em 13 línguas e com direito a experimentar um pequeno pedaço dessa iguaria, mas se esse pedacinho não matar seu desejo e você desejar mais, a fábrica possui um restaurante próprio com diversas entradas e pratos para você apreciar o queijo, entre eles, o famoso fondue, tão apreciado no nosso inverno.

Museu Queijo Canastra

Localizado na cidade mineira de Medeiros, a 286Km da capital Belo Horizonte, o Museu do Queijo de Medeiros começou a ser implantado após a reforma do matadouro municipal, com recursos da prefeitura e da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A cidade é um dos municípios integrantes do Circuito da Serra da Canastra juntamente com outras 11 cidades do estado de Minas Gerais.

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6 curiosidades sobre o consumo de queijos

É UMA COLÔNIA DE BACTÉRIAS
Acredite ou não, alguns queijos são fruto de um trabalho árduo desempenhado por milhões de bactérias e fungos. É o caso do famoso Blue Cheese, do qual o queijo gorgonzola é uma das variantes. São as bactérias, os microorganismos presentes no leite, que ajudam a transformar a lactose em ácido lático. A acidificação do leite é um processo de fermentação que decorre na ausência de oxigénio.

ACELERA O METABOLISMO
Um estudo publicado no “Journal of Agricultural and Food Chemistry” comparou amostras urinárias e fecais de pessoas cujas dietas eram ricas em queijo ou leite com as de pessoas que não consumiam laticínios. Os indivíduos que consumiam queijo tinham níveis mais elevados de butirato (ácido gordo produzido pelas bactérias do estômago) nas fezes. Estes níveis de butirato estão associados a uma significativa diminuição dos níveis do colesterol mau (LDL). Apesar de ainda não ser claro como o butirato atua na perda de peso, alguns estudos em animais mostram que este ácido gordo melhora a sensibilidade à insulina, aumenta o gasto de energia, acelera o metabolismo e reduz o stress oxidativo da inflamação, explica o autor do estudo, Morten R. Clausen.

6 Curiosidades sobre o consumo de queijoCOMBATE O CANCRO E AUMENTA A LONGEVIDADE
Uma experiência em laboratório conduzida por cientistas da Universidade do Texas A&M mostrou que o consumo de espermidina, um composto encontrado em alguns tipos de queijo, aumentou em 25% a longevidade de ratos e diminuiu a incidência de cancro e fibrose hepática.

INTOLERANTES À LACTOSE PODEM COMER ALGUNS TIPOS DE QUEIJO
Alguns produtos lácteos e alguns queijos não têm lactose. Uma excelente opção para os intolerantes a este dissacarídeo são os queijos duros maturados que no seu processo de fabricação possuem grande parte do soro retirada (Que é rico em lactose) e o pouco residual de lactose é consumido por bactérias ao longo da maturação.

AUMENTA O PESO
Apesar de acelerar o metabolismo, o queijo gordo também é um alimento excelente para ganhar peso. É rico em proteínas, gorduras, cálcio, vitaminas e minerais. As proteínas são essenciais para o crescimento dos músculos e as gorduras fornecem energia ao organismo.

COMBATE A OSTEOPOROSE
A osteoporose é uma doença causada pela deficiência de cálcio nos ossos, devido à sua não absorção, resultando na diminuição da densidade mineral óssea. É bastante frequente em mulheres na menopausa, idosos e crianças que sofrem de desnutrição. A doença pode ser prevenida com uma alimentação equilibrada. Segundo um estudo da Universidade de Florença, em Itália, conduzido por Barbara Pampaloni, os produtos lácteos, ao fornecer cálcio e proteínas, representam uma fonte ideal de nutrientes para a saúde óssea. O estudo frisa que manter uma alimentação equilibrada e rica em laticínios reduz o risco da doença em 50%.

Fonte: Lifestyle Sapo.pt