Demanda por queijo em pó cresce impulsionada por refeições rápidas e lanches

O mercado mundial de queijos em pó deverá crescer com a maior taxa de crescimento anual composta de 2017 a 2023, graças ao aumento das opções de refeições rápidas e lanches on-the-go, ou seja, para se consumir em movimento, disse o Allied Market Research. Importantes membros do setor, incluindo Lactosan, Land O ‘Lakes, Kerry Group, Kraft Foods, Aarkay Food Products, All American Foods, Kanegrade e Dairiconconcepts são algumas das empresas que estão contribuindo de forma significativa para o mercado global.

Satyajit Shinde, especialista em marketing digital da Allied Market Research, disse que as empresas de fast food são fortemente dependentes do mercado de queijos para atender o volume de clientes. “O queijo, agora convertido em queijo em pó, é a versão embalada mais facilmente disponível do queijo no mercado. Os principais membros no mercado de queijos em pó estão focados em expansões, novas variantes e aquisições. Eles estão servindo vários mercados locais e globais”.
De acordo com a Allied Market Research, fatores como a rápida urbanização, a industrialização, a simplificação das tarefas, a introdução de alimentos embalados e o aumento da população trabalhadora são as forças direcionadoras por trás do aumento do mercado de queijos em pó.

A maioria das empresas líderes deste mercado está localizada nos EUA devido à forte demanda. A mudança dos hábitos alimentares dos consumidores teve uma “influência considerável”. “Em 2015, a América do Norte foi registrada como o maior mercado em termos de volume e valor. As regiões da Ásia-Pacífico testemunharão um ‘boom’ no mercado de queijo em pó devido à sua alta renda disponível e à mudança de estilos de vida”.

O mercado de queijos em pó é segmentado de acordo com os tipos de queijo, incluindo muçarela, parmesão, cheddar, queijo americano, queijo azul, gouda e outras variantes de queijo.

QUEIJO CHEDDAR

O queijo cheddar teve a maior participação de mercado desde 2015. O mercado de queijos em pó é voltado aos lanches, como macarrão e queijo, refeições prontas para comer, produtos de confeitaria, diferentes tipos de spreads [creme no estilo de manteiga, margarina, requeijão, queijo cremoso, etc, usado para passar em pães, bolachas e para outros usos], além de redes de fast food, como McDonald’s, Wendy’s, Burger King e KFC. No entanto, Shinde advertiu que notícias negativas sobre as preocupações com o consumo excessivo de queijo em pó ameaçam o mercado.

 

FTALATOS

Por exemplo, a FDA (Administração para Alimentos e Drogas) adverte que o queijo em pó pode conter ftalatos, substância química utilizada para tornar o plástico mais macio e flexível. Também é usado em borracha, tintas, adesivos e embalagens protetoras. Também podem ser encontrados traços em cosméticos, cremes para a pele e até mesmo, fast foods. Os ftalatos são encontrados na maioria dos itens domésticos diários. Este produto químico industrial prejudica os sistemas hormonais e afeta o sistema endócrino, inclusive causando danos potenciais em bebês.
Várias organizações de consumidores nos EUA estão trabalhando para proibir substâncias químicas nesses itens, incluindo o Centro para Segurança Alimentar e Ecologia.

Em resposta, os fabricantes globais de queijos estão aderindo aos regulamentos alimentares e estão constantemente fazendo controles regulares de alimentos para que seus produtos sejam aptos para o consumo. “A inclusão de ftalatos não é obviamente deliberada. Todo o método de processamento e embalagem traz traços de ftalatos para o produto”.

Fonte: Dairy Reporter

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O que está acontecendo no mercado brasileiro?

Dentre as diferentes variáveis que influenciam o mercado lácteo brasileiro, a produção nacional de leite é, provavelmente, a que mais diferença vem fazendo este ano.

Enquanto que em 2015 e 2016 a produção caiu, respectivamente, 2,8% e 3,7% (depois de 20 anos de crescimento ininterrupto!), os números preliminares deste ano mostram um aumento significativo dos volumes produzidos. Este aumento da oferta pode ser observado pela evolução dos volumes de produção dos participantes do MilkPoint Radar, aplicativo gratuito de compartilhamento de informações entre produtores de leite e consultores.

O crescimento da produção de junho em relação a maio foi de 6,4% e, no fornecimento de julho, o cenário indica também, crescimento de 5,7% nos volumes de produção em relação ao mês anterior. É possível notar, no gráfico 1, que estes valores seguem muito superiores à média histórica reportada pelo IBGE (de 1997 a 2016).

Gráfico 1. Variação de oferta entre os meses – MilkPoint Radar x IBGE (média histórica). Fonte: elaborado pelo MilkPoint Radar, com base em dados do MilkPoint Radar e IBGE.

Outro dado que chama atenção é o crescimento segundo o Índice de Captação – ICAP, apurado mensalmente pelo Cepea. Segundo este indicador, o crescimento acumulado dos volumes de leite captados pelas empresas pesquisadas é de 6,2% entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Chama a atenção a aceleração do crescimento dos volumes, chegando, no mês de julho deste ano, a um crescimento de 14,1% em relação ao índice de julho/2016 (gráfico 2).

Gráfico 2. Evolução do ICAP/Cepea – 2017 vs. 2016. Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado, com base em dados do Cepea.

Considerando que, de janeiro a julho de 2016 a produção formal de leite brasileira (segundo aferição da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE) foi de 12,9 bilhões de litros de leite, um crescimento de 6,2% nestes volumes em 2017 (conforme este sinalizado pela variação do ICAP) significaria cerca de 800 milhões de litros a mais no mercado. É importante informar, no entanto, que os dados oficiais do IBGE referentes a produção de leite no segundo trimestre de 2017 serão divulgados no próximo dia 14/09 (historicamente, o ICAP tem uma correlação com o índice oficial do IBGE da ordem de 89%).

Para o Diretor de Agropecuária da Aurora Alimentos, Marcos Antônio Zordan, o excesso de produção de leite vem preocupando o setor leiteiro de Santa Catarina. No último fim de semana, em uma rádio catarinense, ele destacou que o setor pode entrar em crise por excesso de produção, queda no consumo e importações, o que provocaria uma super oferta e comprometeria a renda das indústrias de laticínios, fato que refletiria na baixa dos preços pagos ao produtor.

Confira o áudio abaixo com Marcos Antônio Zordan:

Do lado das importações, assunto recorrente e preocupação bastante presente nas discussões do setor, os volumes comprados pelo Brasil no exterior de janeiro a julho deste ano são, em equivalente litros de leite, 13,5% menores que as compras de 2016. Em 2016, de janeiro a julho, foram internalizados cerca de 1 bilhão de litros de leite equivalente e, em 2017, este número foi de cerca de 869 milhões, um volume ainda significativo, mas cerca de 131 milhões de litros menor que no ano passado.
Do lado do consumo final, infelizmente o cenário é semelhante a 2016 e 2015.

Segundo dados da Nielsen, apresentados no Fórum MilkPoint Mercado realizado no início de agosto em Uberlândia, a queda de volumes de venda da cesta de lácteos (que agrega todos os derivados lácteos monitorados no varejo pela empresa de pesquisa) é de 4,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado. Como todos sabemos, esta queda de consumo (e de vendas aos consumidores finais) tem grande relação com a situação de recessão da economia brasileira e com o elevado nível de desemprego, que juntos desestimulam o consumo de lácteos. Adicionalmente, vale lembrar que, nos primeiros 6 meses do ano, os preços ao consumidor para os queijos e leites em pó estavam mais altos do que em 2016, o que agrava a situação de consumo.

Neste cenário, vemos os preços caírem, já há algum tempo, no atacado (preços de venda da indústria aos canais de varejo), no mercado spot (leite vendido entre indústrias) e, mais recentemente, no varejo e ao produtor. Nessa linha, algumas redes varejistas estão realizando promoções para a venda de leite e escoamento dos produtos envolvendo várias marcas.

Nos valores pagos aos produtores de leite a queda acumulada já ultrapassa os 12 centavos por litro, observada no aplicativo MilkPoint Radar nestes últimos meses. Observe no gráfico 3 abaixo como evoluíram os indicadores de preço nos últimos 12 meses de análise.

Gráfico 3. Evolução dos indicadores de preços líquidos do MilkPoint Radar.

Fonte: MilkPoint Radar

 

A queda nos preços tem sido a realidade para a maioria dos produtores que participaram do MilkPoint Radar em agosto – cerca de 83% de nossa base, podendo ser observada em todas as faixas de produção e variando entre -5 (abaixo de 250 litros/dia) e -9 (acima de 6.000 litros/dia) centavos – gráfico 1.

Gráfico 4. Preços líquidos por faixa de produção (leite pago em agosto). Fonte: MilkPoint Radar.

O que pode trazer novidades para este cenário?

De um lado, as quedas nos preços aos produtores e a sua intensidade daqui para frente podem trazer desestimulo à produção, reduzindo o ritmo de crescimento observado até o momento – isto reduziria o crescimento da oferta interna de leite. Ao mesmo tempo, as reduções de preços ao longo da cadeia produtiva podem voltar a estimular o consumo de lácteos, bastante sensível a variações de renda e de preço.

Finalmente, a própria reação da economia brasileira pode ajudar. Segundo apuração do IBGE, a variação do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano (em relação ao mesmo trimestre de 2016) já deixou de ser negativa, com crescimento de 0,3%. Ainda que bastante pequeno, este crescimento do PIB já parece ter estimulado o consumo das famílias, também medido pelo IBGE, que apresentou crescimento de 0,7% no trimestre em relação ao ano passado. Seria uma luz no fim do túnel? Esperemos que sim.

Fonte: MilkPoint

Probióticos, posbióticos e parabióticos: entendendo as diferenças

A era dos probióticos chegou e daqui para frente encontraremos cada vez mais produtos com alegações funcionais por conterem tais culturas. Com isso todos ganham, as empresas por agregarem valor e qualidade aos seus produtos e os consumidores por ganharem mais saúde e bem-estar.

Primeiramente, precisamos definir que probióticos são micro-organismos vivos (bactérias ou leveduras) que são capazes fazer um upgrade à nossa saúde. Quando consumidos regularmente uma “pequena revolução” acontece: nossa flora intestinal encontra um balanço mais favorável e isso pode resultar em adequação do hábito intestinal, combatendo constipação ou diarreia, por exemplo. Nosso sistema imune fica em alerta e percebendo que são culturas “amigas” ele sinaliza homeostase, o que significa harmonia fisiológica.

Como os probióticos competem com bactérias putrefativas, uma quantidade menor de metabólitos tóxicos é liberada no intestino o que pode resultar em redução do risco de câncer de cólon. Pressão arterial pode ser normalizada pela presença de peptídeos bioativos liberados por determinadas culturas. A saúde da mulher é beneficiada pela redução do risco de candidíase pelo equilíbrio da microbiota vaginal. Até mesmo estresse e ansiedade podem ser combatidos em resposta ao consumo de probióticos, devido ao eixo intestino-cérebro. Chamamos de crosstalk essa “conversa” que se estabelece entre nós e os micro-organismos de nossa flora intestinal e quando as culturas são “amigas”, as sinalizações são boas. A ciência a cada dia aponta para novas linhas de ação, então o futuro deve ainda guardar novidades no campo dos probióticos.

Mas falando em futuro, podemos dizer que estamos a um passo de revolucionar a linha de estudos e aplicações de probióticos. Novos conceitos que estão em voga são: posbióticos e paraprobióticos. O primeiro se refere a probióticos (ou frações de suas células) que foram inativados e o segundo são substância produzidas por probióticos e que podem ter efeito nutricional, metabólico ou no sistema imune.

Desta forma, novas avenidas de possibilidades são estabelecidas para obtenção de produtos com alegações de saúde. Mesmo que em um produto os probióticos não estejam viáveis (porque foi aplicado tratamento térmico e/ou pressão, por exemplo), ou mesmo sem a adição de probióticos, mas, especificamente de substâncias por eles sintetizadas, benefícios à saúde poderiam ser alegados. Exemplo de vantagens do emprego de paraprobióticos em relação aos probióticos viáveis seriam sua menor interação (ou não interação) com os alimentos preservando shelf-life; indicação de serem adicionados em alimentos previamente ao processo térmico; simplicidade de transporte e estocagem, entre outros. Os posbióticos apresentam propriedades semelhantes, podendo por exemplo ser isolado um peptídeo com propriedade de reduzir pressão arterial e ser incorporado em algum alimento destinado ao público dos hipertensos.

Ainda assim, quando assumido que posbióticos e paraprobióticos podem trazer benefícios, maior ainda serão quando as culturas probióticas estiverem ativas e em quantidades elevadas. Até o momento, os lácteos são as matrizes alimentares mais favoráveis para essa sobrevivência e veículo.

Fonte: MilkPoint

Embalagens flexíveis para produtos lácteos agradam consumidores

Embora garrafas, caixas e tubos sejam amplamente utilizados, embalagens plásticas flexíveis dominam a indústria global de produtos lácteos. Com uma participação de mercado de mais de 27%, esse tipo de embalagem possui uma participação maior do que o plástico rígido, papel/cartão, vidro ou embalagem de metal, de acordo com o Global Dairy Packaging Market 2016-2020, um relatório da Technavio, empresa com sede em Londres.

Esse crescimento não é surpreendente. De acordo com o ‘Estudo das Vantagens da Transição para Embalagens Flexíveis’, publicado em junho de 2017 pela Flexible Packaging Association, de Annapolis, Maryland, nos Estados Unidos, 55% dos proprietários de marcas relataram um aumento de vendas quando questionados sobre o impacto das embalagens flexíveis.
Quando dada a escolha entre o mesmo produto em embalagens não flexíveis, 40% dos consumidores disseram que preferem embalagens flexíveis para queijos/produtos lácteos. Eles também estão dispostos a gastar mais por alimentos embalados em embalagens flexíveis.

As aplicações em produtos lácteos incluem base para tubos e bandejas, bolsas/sacos, entre outros. Muitas características funcionais podem ser incorporadas, como aberturas fáceis de abrir, zíperes para abertura e fechamento, entre outros. A embalagem flexível também oferece vantagens de sustentabilidade e supre a demanda por produtos em embalagens individuais.

NOVIDADES EMBALADAS INDIVIDUALMENTE

Um exemplo é o sanduíche de sorvete, feito com cookies, da Joel’s Outrageous, que é embalado individualmente em embalagem flexível.
Joel Ansh, presidente da The Fatboy Cookie Co., dona da marca, disse que considerava o uso de embalagem de papel cartão, mas que a empresa responsável pelas embalagens sugeriu o uso da opção flexível. Segundo ele, o custo de impressão do rolo é bem mais rentável.

Depois de considerar um sanduíche de tamanho maior, o tamanho do controle deslizante da embalagem foi escolhido, por ser ideal para o tipo de produto e pela questão do preço. Ingredientes totalmente naturais na receita de biscoito amanteigado e sorvete com 14% de gordura fornecem um rótulo limpo e tornam a embalagem “muito satisfatória”, disse Ansh.

NOVAS IDEIAS

O tamanho de porção individual é o último lançamento da embalagem Ecolen, da sueca Ecolean A.B., que tem um escritório no Texas também. O novo tamanho de embalagem flexível do tipo bolsa da Ecolean Air Aseptic contém 125 mililitros. O design da bolsa combina diferenciação de produtos com atributos ambientais e funcionais.

A “alça” cheia de ar estabiliza a embalagem e facilita a descarga. A embalagem inclui barreiras ao oxigênio e à luz e contém 40% de carbonato de cálcio (giz), o que aumenta a força e a rigidez. A estrutura pesa substancialmente menos do que as caixas ou garrafas concorrentes, e sua natureza flexível permite uma evacuação completa, reduzindo assim o desperdício de alimentos.

O fornecedor oferece embalagens para distribuição refrigerada e uma linha asséptica para distribuição em temperatura ambiente. Um dispositivo SnapQuick integrado simplifica o fechamento da embalagem. Os volumes variam de 125 mL a 1,5 L.

IOGURTE BOLSA

As embalagens do tipo bolsa estão ganhando terreno para produtos como o iogurte por um motivo simples: não é necessário usar colher.
“É aí que as embalagens flexíveis vão ganhar participação”, afirmou Bob Madderom, gerente de desenvolvimento de negócios da Vonco Products, LLC, Lake Villa, Illinois, fornecedor de bolsas pré-fabricadas.

O design combina conveniência com paz de espírito, já que a embalagem possui um dispositivo que impede que o iogurte caia se a embalagem for derrubada, além de ser fácil de apertar para beber. A embalagem integra a bolsa Cheer Pack da GualapackGroup, Castellazzo Bormida, Itália, com a válvula SimpliSqueeze da Aptar Food + Beverage, Crystal Lake, Illinois.
“Nós acreditamos que haverá um grande número de oportunidades para a nova bolsa sem derrames no mercado de bebidas lácteas”, disse Alan Sica, da Aptar Food + Beverage.

Fonte: Dairy Foods.

Projeto propõe que rótulos de alimentos tragam cores de acordo com composição nutricional

Os rótulos das embalagens de alimentos deverão trazer identificação em cores distintas, para permitir ao usuário saber sua composição nutricional. A nova regra está prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 489/2008, aprovado pela Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) nesta quarta-feira.

A proposta, do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ainda em tramitação, segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e tem como objetivo de levar o consumidor brasileiro a procurar uma alimentação mais saudável, criando um modo simplificado de informá-lo, de maneira clara e ostensiva, sobre a qualidade nutricional do alimento que ele vai comprar.

O senador justifica a medida com base no aumento dos índices de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares na população. Segundo ele, a falta de tempo e a carência de informação adequada levam as pessoas a consumirem salgadinhos, sanduíches e refrigerantes em vez de pratos saudáveis. O projeto, acredita o senador, ajudará na adoção de hábitos de alimentação saudável, o que pode contribuir para a diminuição da ingestão de substâncias nocivas causadoras de resistência à insulina e ao diabetes.

A PROPOSTA

A proposta apresentada inicialmente por Buarque foi modificada pelo relator, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que propôs que os rótulos apresentem informações nutricionais em cores diferenciadas, de acordo com padrões de alimentação saudável, e não em vermelho, amarelo e verde, como previa o texto inicial, baseado na classificação adotada pelo Reino Unido. Os detalhes sobre a definição das cores mais apropriadas serão definidos em regulamento específico após pesquisa.

A proposta, recebeu algumas críticas da nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Paula Bortoletto, que afirma que o projeto de lei proposto e aprovado na Comissão tem duas vertentes. A primeira, diz ela, é o fato de o Senado querer regulamentar, com tantos detalhes, uma norma de rotulagem nutricional, o que afirma não é a forma mais adequada para o processo regulatório.
— Isso porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a agência responsável por regulamentar esse tipo de informação para o consumidor. Então, não seria necessário a atuação do Senado com esse detalhamento sobre o tema.

O segundo problema, de acordo com a nutricionista, é a questão da abordagem utilizada, pois o semáforo nutricional não contribui para escolhas mais saudáveis.
— O fato de ter diferentes cores para diferentes nutrientes pode levar o consumidor ao engano quando, por exemplo, o produto receber dois símbolos verdes e dois amarelos, ou três verdes e um vermelho. Neste caso, o consumidor se confunde sobre qual produto é melhor. A princípio, o semáforo parece trazer uma informação facilitada, mas, na verdade, não. Além disso, há um problema nos critérios que serão estabelecidos, pois nem sempre esses critérios vão poder, de fato, identificar quais alimentos são mais saudáveis para o consumidor.

A coordenadora do movimento Põe no Rótulo e doutora em rotulagem nutricional, Cecília Cury, também não vê com bons olhos o modelo de rotulagem semafórica, pois, nesta situação, um dado produto poderá ter um alerta em verde sobre quantidade de açúcar, um amarelo para quantidade de gordura e um vermelho para indicar que o produto contém muito sódio.
— O consumidor poderá ser levado a fazer uma espécie de média a partir destas cores, mas, por vezes, será uma escolha equivocada, até porque pode acontecer de a composição estar muito próxima de a gordura mudar do amarelo para o vermelho e/ou do açúcar mudar para amarelo. E tem mais: ter menos açúcar em um produto não compensa o fato de ser alto em sódio — alerta a advogada.

Fonte: O Globo

Leite condensado volta a liderar exportações e mostra oportunidades ao setor

A menor demanda venezuelana por leite em pó trouxe de volta ao protagonismo das exportações brasileiras de lácteos o leite condensado. De janeiro a julho de 2017, as vendas externas do produto totalizaram 12,2 mil toneladas, volume 25% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

No primeiro semestre, as negociações do leite condensado representaram 51% da quantidade total comercializada. Quanto à receita, o montante foi de US$ 27,1 milhões nos primeiros sete meses do ano, 57% maior frente ao mesmo período de 2016, representando 37% do total obtida pelo Brasil com a venda internacional de lácteos. A volta do leite condensado à liderança da pauta de exportações veio também acompanhada da redução de 7,8% no volume total de lácteos embarcado e da queda de 4% da receita obtida com as exportações de janeiro a julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, a maior abertura do mercado consumidor deste produto e o maior valor agregado evidenciam oportunidades ao setor. O leite condensado brasileiro foi enviado para 25 países, sendo Arábia Saudita (25% do total do volume), Estados Unidos (18%), Trinidad e Tobago (11%) e Emirados Árabes (9%) os principais compradores. O preço médio do leite condensado exportado foi de US$ 2.214/t no período, valor 43% superior à média de janeiro a julho de 2016. A produção de leite condensado segue crescendo no Brasil. Com o processamento relativamente simples, sua fabricação é viável por meio de adaptações em indústrias de pequeno e médio porte. O lácteo é obtido a partir da desidratação do leite fluido, seguida da refrigeração ou tratamento térmico (de acordo com o fim a que se destina), sendo conservado mediante a adição de açúcar. Ainda que tenha o termo condensado no nome, não passa pelo processo de condensação (passagem do estado de vapor ao estado líquido mediante da liberação de calor). Utiliza-se, na realidade, o processo de vaporização, que consiste na conversão de um líquido em vapor por meio de aquecimento ou evaporação.

Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias, como as embalagens cartonadas, também favoreceu a expansão da produção e o aumento de marcas no mercado nos últimos anos. Isso porque os os custos de produção diminuíram, deixando o derivado mais acessível ao consumidor. O consumo, aliás, é um ponto importante. De acordo com pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel em 2015, o consumo de leite condensado no Brasil se mostrou relativamente estável frente à crise econômica, uma vez que o derivado é ingrediente central no preparo culinário de doces e sobremesas populares no Brasil (como o brigadeiro e o pudim). Apostar em qualidade dentro da porteira pode ser determinante para o setor. A fabricação do leite condensado é muito sensível ao teor de sais minerais (cálcio, magnésio, fosfatos e citratos), proteínas e acidez. O desequilíbrio entre esses elementos prejudica a formação dos colóides, afetando a estabilidade do produto e sua qualidade final. Assim, um dos critérios importantes é a baixa contagem de células somáticas (CCS) da matéria-prima. Em um mercado cada vez mais competitivo, a qualidade é o fator chave: para a indústria, pode significar a expansão de seu market share, tanto no mercado doméstico quanto no internacional; para o produtor, maior receita por meio de bonificações; e para o consumidor, a certeza de adquirir um produto com maior qualidade.

Fonte: CEPEA

31082017

O aumento do preço da manteiga pode “provocar mudanças fundamentais”

O aumento dos preços da manteiga de leite, que levaram a manteiga a valores recordes em alguns mercados, pode desencadear “mudanças fundamentais no mercado” para os processadores, disse a cooperativa Arla Foods, prevendo uma contínua recuperação do mercado de lácteos.

O executivo chefe da Arla, Peder Tuborgh, denominou o rally dos valores da manteiga de leite como o “principal motor para o desenvolvimento positivo do mercado mundial de lácteos”, levando as cotações do GlobalDairyTrade recuperarem 70% em relação ao ano passado. “Pela primeira vez, a gordura de leite está mais cara do que a proteína”, com os valores da manteiga anidra superando os preços de produtos protéicos, como a caseína. O Índice geral do GlobalDairyTrade esconde as diferenças nos desempenhos dos valores da manteiga, 52% acima das cotações de 2016, e as de caseína, que caíram 6,9%.

INÍCIO DA MUDANÇA FUNDAMENTAL

“A mudança está sendo impulsionada pelos baixos ou inexistentes estoques de manteiga, a tendência de aumento do consumo, e demanda de produtos lácteos mais ricos”, disse Tuborgh. Muitos consumidores, enquanto demonizam o açúcar como potenciais riscos à saúde, retornaram às gorduras, no momento em que os estoques de manteiga estavam baixos, diante das preocupações com os preços do leite em pó desnatado, que é resultado do processo de produção de manteiga. Os preços do leite em pó desnatado caíram 11,5% no GlobalDairyTrade em relação ao ano passado, e na Europa estão muito elevados os estoques de intervenção. Se a gordura continuar subindo, “provocará mudança fundamental no mercado de laticínios, com alteração na produção e gestão de produtos”, disse Tuborgh. A Arla mesmo nos últimos anos tem focado em produtos que incluem o soro de leite, uma proteína láctea, que provou ser lucrativa, e usada em fórmulas infantis.

Fonte: Terra Viva

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Queijo artesanal brasileiro protagoniza negócios variados no Rio

Na noite da do dia 11/7 (terça-feira), o chef e sommelier de cervejas Daniel Martins abrirá os trabalhos de uma nova confraria. Ele poderia até cozinhar algo ou falar sobre o boom das cervejas artesanais, mas o foco agora é outro. A estrela da vez entre os gourmands cariocas são os queijos. Não as versões francesas de brie, camembert e roquefort, mas as receitas nacionais, de pequenos produtores, que dificilmente são encontradas nos grandes mercados. Exemplares desse tipo serão levados para o encontro, idealizado em parceria com o jornalista e consultor americano Dan Strongin, ex-presidente do American Society of Cheese, e que acontecerá uma vez por mês no restaurante Lorenzo Bistrô, no Jardim Botânico. “Queremos reunir apreciadores, trocar informações e disseminar a revolução queijeira que está sendo capitaneada por pequenos produtores de todo o Brasil”, afirma Martins, criador do projeto Queijo com Prosa (http://www.queijocomprosa.com.br/).

O lançamento da iniciativa integra a programação do primeiro Festival de Queijos Brasileiros. Promovido pela Casa Carandaí e pela empreitada de Martins, o evento vai até 8 de agosto e terá um mês de atividades dedicadas ao laticínio nacional, além, é claro, da venda de exemplares especiais. Só para esta temporada, foram encomendados mais de 500 quilos de aproximadamente quarenta tipos. O mais aguardado deles virá da região mineira de Araxá, um dos novos polos de produção. Conhecido como Senzala, variedade de casca branca, interior macio e semicremoso, foi eleito o melhor queijo de leite cru e massa prensada no Mondial du Fromage 2017, concurso realizado no início de junho em Tours, na França, arrebanhando as medalhas de ouro e superouro (condecoração máxima). Inédito por aqui, o quilo dele estará disponível por um valor na faixa de 100 reais na feirinha que a loja do Jardim Botânico promoverá neste fim de semana.

Estrelas dos empórios e delicatessens sofisticados, os queijos nacionais também vêm se tornando mais populares em eventos informais, ao ar livre e nas ruas. Na última edição da feira Junta Local, que recebeu cerca de 1 000 pessoas, o casal de arquitetos Túlio Mota e Natalia Arica expôs variações de dezenas de produtores, todos da Serra da Canastra. “Apesar de trabalharmos com outros produtos artesanais, o queijo é nosso carro-chefe”, enfatiza Mota. A cada edição, a Dariquim, sua marca, chega a vender em torno de oitenta peças, com valores entre 50 e 120 reais. “Basicamente, o nosso estoque zera”, completa. O próprio chef Claude Troisgros, dono de seis restaurantes na cidade, contribui para o sucesso do setor. “Sempre compro queijos artesanais brasileiros para complementar os jantares com amigos na minha casa. Como bom francês, gosto de comê-lo antes da sobremesa, segundo manda a tradição”, diz ele. “Eles estão cada vez mais surpreendentes, com características e personalidades independentes”, acrescenta o cozinheiro, que é fã do Cuesta Reserva, maturado por quase dois anos na região de Pardinho, no interior de São Paulo.

Outra frente aberta pelo mercado em expansão foi a criação de plataformas de assinaturas on-line surgidas nos últimos dois anos. É o caso do pioneiro Clube do Queijo RJ, em que os setenta cadastrados dispõem de planos com mensalidades entre 105 e 279 reais. Os negócios nesse ramo vêm dando tão certo que já existem até lojas temáticas, completamente dedicadas às versões nacionais. Uma delas é tocada há dois meses pelo caçador de queijos André Deolindo no complexo Uptown, na Barra, onde ele comercializa cerca de 200 quilos por semana. “O ponto aumentou minhas vendas em mais de 60%. Mesmo os sabores mais pronunciados têm bastante aceitação à medida que o cliente vem aqui e prova”, explica. Seus passos serão seguidos pela loja virtual Empório São Roque, que oferece trinta variedades de queijo de vaca, cabra, ovelha e búfala no portfólio e abre daqui a dois meses um quiosque na Estação Carioca do metrô. Como se vê, ainda há muito território para o rei dos laticínios conquistar.

As informações são da VEJA Rio.

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Cresce mobilização por imposto maior para refrigerantes

Embora o Brasil seja signatário de planos que recomendam a elevação dos tributos de bebidas açucaradas como forma de conter o avanço da doença, associações afirmam que as iniciativas registradas até agora são muito tímidas.

“O Brasil está financiando a epidemia de obesidade”, afirma a diretora executiva da ACT Promoção da Saúde, Paula Johns. Em outubro, a Organização Mundial da Saúde recomendou um aumento de 20% do preço dos refrigerantes. A sugestão reforça o plano da Organização Pan-americana de Saúde, de 2014, sugerindo o aumento dos tributos desses produtos. A estratégia segue o princípio da política de redução do consumo do cigarro: o aumento dos impostos provocaria a elevação do preço do refrigerantes e, com isso, a queda do consumo.

O referendo dado pelo Brasil ao plano da OPAS, no entanto, nunca saiu da gaveta. A coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa, afirma que reuniões técnicas com o Ministério da Fazenda começaram a ser realizadas neste ano para debater o tema. A coordenadora reconhece, no entanto, que as negociações ainda estão na fase preliminar e ainda pouco se avançou. Na sexta, o Conselho Nacional de Saúde, colegiado que reúne representantes de governo, usuários de SUS (rede pública) e entidades de classe aprovou uma medida para pedir pressa nessa discussão.

Refrigerantes diet não entram nessa discussão. A proposta é de elevação apenas de bebidas açucaradas. “Não há dúvida que o aumento de preços é eficaz. Sobretudo para evitar o consumo entre crianças”, afirma o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rafael Claro.

Ele cita estudo publicado na revista especializada Doenças Crônicas Preveníveis, de maio deste ano. O trabalho mostra que refrigerantes se tornaram mais acessíveis, sobretudo entre populações de países mais pobres. A conclusão é a de que, sem políticas efetivas para aumento do preço, bebidas açucaradas deverão tornar-se cada vez mais consumidas no mundo. “Ao aumentar preços, você protege duas populações muito visadas pela indústria: crianças e pessoas de classe econômica menos privilegiada”, completa.

A ACT Promoção da Saúde critica o fato de o Brasil ter reduzido de forma significativa o IPI de refrigerantes desde 2012. “Estamos na contramão do que é indicado por organismos internacionais”, diz Paula. O auditor da Receita Federal Pablo Graziano, no entanto, rebate as críticas. Ele afirma que a lógica de tributação foi alterada em 2015. “O sistema está mais justo, com aumento de outros tributos, o PIS/Cofins”, disse. A mudança, garante, não trouxe prejuízos para a arrecadação. Dados divulgados pela Receita indicam que o setor de bebidas recolheu em 2016 19% a menos do que em 2014.

Hoje, uma entre cada três crianças menores de 2 anos consome refrigerante até cinco vezes por semana. Entre a população adulta, a prevalência da obesidade praticamente quadruplicou entre 1975 e 2015.

A recomendação de aumentar impostos e preços de bebidas açucaradas já começa a ser seguida por alguns países. Na Hungria, por exemplo, uma taxa foi estabelecida a partir de 2011 A redução de consumo registrada depois da medida foi de 19%. África do Sul e Irlanda aprovaram taxas, que entram em vigor em 2017 e 2018.

Já Para a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas, entidade que reúne os maiores fabricantes de refrigerantes, sucos, refrescos e achocolatados, a medida não reduziria a obesidade. E o exemplo dado é o do México – onde uma taxa causou redução inicial. De 2015 para cá, porém, as vendas dos produtos voltaram a crescer.

Fonte: http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=12313%27

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7 tendências para o mercado de food service

As grandes redes, que são as empresas com mais de 20 lojas, tiveram crescimento ainda maior, de 10,3%.
Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), apenas o segmento de alimentação, que é o maior do setor de franquias e abriga grande parte das empresas de food service, faturou 9,935 bilhões de reais. O montante representa 6% de aumento em relação ao mesmo período de 2016. Ou seja, mesmo com a retração da economia, a população brasileira manteve o hábito de se alimentar fora de casa. Isso ocorreu basicamente porque, nesta última década, o segmento soube incorporar tendências globais para atender às novas expectativas dos consumidores.
Inspirados neste conteúdo do site da TOTVS, listamos a seguir sete tendências que devem continuar impulsionando o crescimento desse mercado nos próximos anos. Vamos juntos?

1. Refeições personalizadas

Uma das principais tendências em food service é dar ao cliente a possibilidade de escolher entre uma variedade de ingredientes e apresentações para cada prato, dando um toque pessoal para os alimentos, o que aumenta a sensação de exclusividade.

2. Alimentação saudável e sustentável

Saúde e bem-estar também estão no cardápio, por meio de ingredientes naturais, frescos e de procedência comprovada. Para além da refeição, há a valorização de toda a cadeia produtiva, dos insumos orgânicos aos adquiridos com produtores regionais.

3. Experiências dinâmicas

Oferecer experiências de consumo fora do ponto de venda físico é outra tendência que vem ganhando peso. Ela inclui feiras gastronômicas, food trucks, operações pop-up – ações temporárias, às vezes também itinerantes, realizadas normalmente por restaurantes renomados – entre outros modelos.

4. Cozinhas étnicas e regionais

Também estão em alta food services de comidas típicas de países ou regiões que passaram a fazer parte das preferências de uma parcela dos consumidores. Normalmente, esses clientes tomaram gosto por esse tipo de culinária por meio de viagens ou da internet. Um exemplo claro é o crescimento das redes de culinária mexicana.

5. Produtos artesanais

A busca por um estilo de vida mais saudável, associado à profusão da cultura do “faça você mesmo” – na TV e na internet –, vem despertando o interesse dos consumidores por segmentos que privilegiam ingredientes e alimentos produzidos localmente ou mesmo no próprio estabelecimento.

6. Operações online

Com um grande potencial de expansão, a modalidade se desenvolve a partir da mudança de hábito do consumidor e do surgimento de novas plataformas e aplicativos para comercializar produtos e serviços. Há muitas oportunidades para operações mobile e o cruzamento entre ambientes físicos e virtuais, como no segmento de take away – ou de “levar para casa”, em português.

7. Inovações tecnológicas

Para dar suporte a todas essas transformações, cada vez mais o food service tem de investir em inovações tecnológicas para otimizar processos, controlar o fluxo de caixa, evitar perdas e despesas desnecessárias e, sobretudo, conhecer melhor o seu cliente. Criar programas de fidelidade e utilizar diferentes canais para identificar seu consumidor é um dos grandes desafios que o mercado enfrenta atualmente. Nessa batalha, a tecnologia pode ser uma aliada. Com a utilização de sistemas integrados de gestão e ferramentas como um cardápio digital, em que é possível registrar as informações do cliente, por exemplo, é possível fazer a identificação de forma mais eficiente.

Fonte: http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=12317%27