Elopak se une com Arla Foods na primeira embalagem ecológica de leite

A Elopak fez uma parceria com a Arla Foods na Suécia, lançando vários produtos orgânicos EKO usando embalagens Naturally Pure-Pak, feitas de papel cartão marrom natural. Os cartões Natura Life, da Stora Enso, mantêm a cor marrom natural das fibras de madeira criando uma embalagem sustentável e autêntica que atende a demanda por produtos éticos, ecológicos e orgânicos.

 

Embalagem cartonada.

LEITE ORGÂNICO, LEITE FERMENTADO E CREME

Anna-Karin Modin Edman, gerente de sustentabilidade da Arla, disse que os cartões serão usados primeiro para embalar leite orgânico, leite fermentado e creme, com planos para ampliar para mais produtos no futuro.

“A Arla está dando mais um passo em direção às embalagens ainda mais ecológicas em seus produtos lácteos orgânicos. Ao remover uma camada de material, o impacto climático da embalagem é reduzido em mais 24%. Isso também significa que a clássica embalagem EKO branca agora ficou marrom”. A ambição geral da Arla é reduzir o impacto ambiental das embalagens em 25% até 2020, em comparação com 2005.

A empresa disse que, com esse lançamento, a embalagem orgânica prepara o terreno para reduzir sua pegada ambiental. “Todos os anos embalamos quase um bilhão de produtos na Suécia e queremos garantir que temos a melhor embalagem possível para o clima e o meio ambiente. Devido à remoção de uma camada de material, o impacto do cartão no ambiente é reduzido em 24% e seu peso em 3% em relação à versão anterior. Como vendemos grandes volumes desses produtos, a nova embalagem terá um efeito significativo”.

A embalagem Pure-Pak com papel cartão marrom natural está disponível em tamanhos de 1 litro e 500 ml. Ela funciona nas linhas de enchimento de embalagem que já existem para produtos frescos e longa vida sem modificações ou mudanças nas configurações da máquina. É 100% reciclável e pode ser reciclada por meio dos canais existentes de reciclagem.

“Todas as embalagens de cartão de produtos líquidos que provêm de florestas bem manejadas são ecológicas, mas essa embalagem alcança novos níveis em embalagens responsáveis pelo clima”, disse Ivar Jevne, vice-presidente executivo da Elopak. “A inovação é o resultado de reunir os melhores conhecimentos, competências e experiências da nossa colaboração com a Stora Enso. Este não é apenas um outro papel para nossas caixas Pure-Pak, mas um conceito totalmente novo”.

Edman acrescentou que a embalagem Pure-Pak vai chamar a atenção nas prateleiras dos supermercados, pois comunica valores orgânicos e é “totalmente diferente de qualquer outra coisa no segmento de produtos lácteos refrigerados cada vez mais complexos”. A embalagem é produzida pela Stora Enso, com a maioria das fibras provenientes de florestas suecas e norueguesas.

“Estamos satisfeitos com a cooperação com a Elopak e estamos ansiosos para apresentar a nova linha de embalagens não branqueadas Natura Life da Stora Enso”, disse Annica Bresky, vice-presidente executiva da divisão de consumidores da Stora Enso. “O que torna este cartão único é que ele tem marrom por dentro e por fora. Isso aumentará a aparência orgânica das embalagens e destacará elas nas prateleiras”.

Fonte: Dairy Reporter

Soro de leite se destaca nos mercados emergentes

A demanda por soro de leite continua aumentando e a Glanbia Nutritionals vê a maior oportunidade de crescimento nos mercados emergentes, particularmente a Ásia Pacífico. A Ásia Pacífico lidera o mercado global de soro de leite, registrando crescimento anual de dois dígitos, uma tendência que deverá continuar até 2020, de acordo com a Glanbia.

“Os produtos lácteos nos países desenvolvidos são mais difíceis de competir; os emergentes revelam oportunidades promissoras à medida que evoluem”, disse Brian Phelan, CEO da Glanbia Nutritionals, na Conferência Internacional de Whey de 2017 (IWC) em Chicago. Além da Ásia Pacífico, a América do Sul continua mostrando um potencial promissor à medida que os pools de leite tradicionais se expandem, disse Phelan.

Reconhecendo essa demanda, a Glanbia Nutritionals realizou vários investimentos através do crescimento orgânico e através da atividade de fusões e aquisições na categoria de soro do leite, incluindo a expansão planejada para 2018 de sua capacidade de produção de soro do leite de alta qualidade em Idaho.

No início deste ano, a empresa também anunciou planos para construir uma nova fábrica de produção de soro do leite e queijos em Michigan, que, uma vez concluída em 2020, ampliará a capacidade de produção da empresa em 30%. “À medida que esta categoria [nutrição de desempenho] se torna mainstream, adquirimos marcas para participar dessa tendência de ofertas especiais até produtos prontos para misturar”, disse Phelan.

Em termos de crescimento de fusões e aquisições na categoria de nutrição esportiva, a Glanbia comprou a Optimum Nutrition por US$ 315 milhões em 2008, fez uma aquisição de US$ 144 milhões da Bio-Engineered Supplements and Nutrition e pagou US$ 153 milhões pela The Isopure Co., fabricante de pós e produtos prontos para beber.

O fornecimento de conteúdo de proteína do soro do leite de um jeito conveniente continuará sendo um foco para Glanbia, disse Phelan. Ele acrescentou que o crescimento explosivo de alimentos fortificados com proteínas e produtos de beber registrado nos EUA provavelmente ocorrerá nos mercados emergentes, mas apenas através de esforços direcionados da indústria de lácteos em torno dos benefícios nutricionais cientificamente pesquisados do soro. “Nós temos que sair e reanimar a indústria e não tomar nada por certo”, disse Phelan.

DEMANDA POR SORO DE LEITE NOS EUA SE TORNA PREMIUM

A “premiumnização” das preferências dos consumidores nos EUA estimularam a demanda por novos formatos de produtos que incorporam soro do leite como ingrediente. A Glanbia Nutritionals adicionou recentemente uma proteína de soro de leite hidrolisada e térmica, o ProTherma, ao seu portfólio, designado para o uso em aplicações quentes prontas para misturar, como café, chá, chocolate quente, bebidas de malte e café em cápsula.

O ProTherma é uma proteína de soro hidrolisada aglomerada consistindo de 85% de proteína com baixa lactose e projetada para suportar altas temperaturas, dando-lhe a capacidade de permanecer solúvel e estável quando adicionado a água quente. A proteína do soro hidrolisado foi desenvolvida para responder à demanda por produtos enriquecidos em proteínas, particularmente na categoria global de bebidas quentes, que cresceu 5% em volume entre 2015 e 2016, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International.

Fonte: Dairy Reporter

Japão descobre segredo para produzir sorvete que não derrete

Cientistas japoneses descobriram nos morangos o segredo para produzir o sorvete que não derrete, um produto que já é vendido em sorveterias do Japão e que conserva sua forma e seu frescor apesar da exposição a altas temperaturas.

 

O ponto principal da fórmula está nos polifenóis naturais do morango, que “tem a característica de impedir que o óleo e a água presentes nos sorvetes se separem”, explicou à Agência Efe Saki Edamatsu, diretora de Comunicação do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Biotratamento de Kanagawa, proprietário da patente.

 

 

Este sorvete, cuja popularidade cresceu rapidamente nas redes sociais, está disponível para consumo desde abril em três estabelecimentos do Japão: na cidade de Kanazawa, ao sul de Tóquio, onde surgiu a iniciativa, em Osaka (oeste) e no bairro de Harajuku da capital japonesa.

 

Com textura cremosa, estes sorvetes não derretem e mantêm sua forma, seja de uma flor, um pirulito ou de um urso Kumamon, como constatou a Efe em um dia em que os termômetros registravam 30 graus.

 

Algumas pessoas têm se atrevido a aquecê-lo artificialmente com secadores de cabelos e outros aparelhos, mas o resultado é o mesmo: não derrete.

 

Os polifenóis são compostos biossintetizados por plantas (seus frutos, sementes e talos) com propriedades antioxidantes e, no caso dos morangos, uma extraordinária capacidade de união entre óleo e água, dois elementos presentes nos sorvetes.

 

“Quando estão frias, as duas substâncias permanecem juntas, mas, quando se aquecem, se separam. Acrescentando o polifenol de morango é possível mantê-los unidos, porque impede a separação da água”, explicou Saki.

 

Esta propriedade do polifenol dos morangos foi casualmente descoberta pelo professor emérito de Farmácia na Universidade de Kanazawa, Tomihisa Ota, que decidiu estudar se esta substância, com reconhecidos efeitos antioxidantes e já aplicada em cosméticos, poderia ter usos além dos destinados ao setor da beleza.

 

Tudo começou quando o centro recebeu uma queixa de um sorveteiro do nordeste do Japão a quem haviam pedido para que experimentasse uma amostra da substância com o objetivo de criar um sorvete mais saudável; o chef notou que o creme se solidificou instantaneamente ao acrescentar o polifenol de morango.

 

“Um creme normal precisa de alguns minutos para montar, mas a fina flor com polifenol de morango foi feita em uns dez segundos, uma descoberta informada pelo chef e que desencadeou o estudo com profundidade do tema”, detalhou Saki.

 

A empresa planejou então aplicar o composto em sorvetes e assim nasceram os Kanazawa Ice, que vendem mais de 30 mil unidades por mês.

 

Após a boa aceitação no Japão, o Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Biotratamento está pensando em iniciar vendas fora do país, mas por enquanto “não temos datas concretas” para o salto internacional destes sorvetes, disse Saki.

 

Fonte: Exame

Quarta categoria de chocolate, Ruby, é lançada pela Barry Callebaut


“Estamos ansiosos para trabalhar com nossos parceiros na introdução deste inovador avanço no mercado e disponibilizando a nova categoria ‘Ruby Chocolate’ aos fabricantes e consumidores de chocolate de todo o mundo como a quarta referência ao lado do chocolate amargo, ao leite e branco”, afirmou a empresa, que resultou da fusão entre o fabricante belga de chocolate Callebaut e o produtor francês de chocolate Cacao Barry. Com sede na Suíça, o grupo Barry Callebaut foi listado na SIX Swiss Exchange desde 1998.

“A pesquisa do consumidor em mercados muito diferentes confirma que o chocolate Ruby não só satisfaz uma nova necessidade do consumidor encontrada entre os millennials, mas também alta intenção de compra em diferentes preços”, disse Peter Boone, Diretor de Inovação e Qualidade da Bar Callebaut, em um comunicado.

Fontes: O Globo e PlayGround BR

Cream cheese cada vez mais presente no food services

Nos últimos 20 anos, a categoria “cream cheese” passou a fazer parte do dia a dia dos consumidores brasileiros, sendo que a penetração nos lares tem crescido constantemente, segundo as informações disponíveis. As diversas versões, apresentações e mesmo o espaço de gôndola nos supermercados ilustram bem este fenômeno.

CREAM CHEESE ALÉM DAS REFEIÇÕES EM CASA

Mas e no segmento de refeições fora de casa? Como está esse desenvolvimento? Bem, iniciando pelo óbvio segmento de hotelaria, onde as mono porções de cream cheese ainda são presença ocasional nos buffets de cafés da manhã, acredito que muito precisa ser feito. Claro, começando com a melhor cobertura de clientes deste segmento, ou seja, que todo hotel tenha, além das manteigas, a mono dose de cream cheese! Para isso, além das vendas diretas, é importante a inclusão deste item nos distribuidores e canais indiretos que atendam o segmento de hotelarias.

Mas além da hotelaria, outros segmentos que podem representar bons volumes para o creme cheese e ainda apresentam inciativas tímidas são:

Padarias – além do famoso pão na chapa com manteiga, o cream cheese pode ser uma excelente forma de agregar valor à área de copa da padaria. Várias iniciativas isoladas têm rendido bons resultados e acredito que pode ser uma grande oportunidade para os fornecedores de cream cheese;

Confeitarias – as iniciativas de usar o cream cheese em cheese cakes, bases de receitas tradicionais como o “romeu e juliata”, entre outras, têm tido presenças mais constantes, e sem dúvidas, podem render mais um segmento de atuação. Infelizmente, esta oportunidade está subdesenvolvida, devido à falta de foco dos fornecedores, mas pode e deve ser explorada;

Pizzarias – aqui a presença de queijos cremosos faz a barreira natural para o cream cheese, já que se trata de um segmento tradicionalíssimo; porém, versões light/integrais de pizzas com cream cheese já são encontradas regularmente em diversos operadores, faltando também neste caso um “empurrão” da indústria para que mais operadores ofereçam opções com cream cheese em seus menus;

Catering – o fato de apresentar aos operadores de catering um produto nutricionalmente adequado, porcionado, com opções light, pode e deve fazer o cream cheese mais presente neste segmento também.

 

NOVAS OPORTUNIDADES

Como vimos em outros casos, toda vez que a indústria faz esforços de marketing para formar uma categoria como foi feito para a categoria de cream cheese, aparecem oportunidades no food services. Quem for mais atento e criativo pode capturar volumes importantes!

Fonte: MilkPoint

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Novo Riispoa está em vigor

 

Está em vigor, desde o último dia 29 de março de 2017, o novo Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). Entre as mudanças introduzidas na legislação está a elevação de penalidades. As novas normas são voltadas para garantir segurança e inocuidade alimentar, além de combater fraude econômica.

O regulamento engloba todos os tipos de carnes (bovina, suína e de aves), leite, pescado, ovos e mel.

Uma das mudanças é o aumento da carga de penalidades. A multa máxima a ser aplicada, no caso de irregularidades, passa de R$ 15 mil para R$ 500 mil. Outra medida mais dura é a perda do selo SIF (Serviço de Inspeção Federal) por empresa que cometer três irregularidades gravíssimas em um ano.

A revisão do Riispoa contempla a implantação de novas tecnologias, padronização de procedimentos técnicos e administrativos, maior harmonização com a legislação internacional, interação com outros órgãos públicos de fiscalização, ordenação didática das normas para facilitar a consulta e orientação e atualização de terminologias ortográfica e técnica. Foi compatibilizado com legislações, como o Código de Defesa do Consumidor e com o decreto que institui o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

O novo regulamento estabelece a obrigatoriedade da renovação da rotulagem dos produtos de origem animal a cada 10 anos e determina sete tipos de carimbos do Serviço de Inspeção Federal (SIF). O regulamento que era usado até então tinha 952 artigos. Com as mudanças, o Riispoa passa a ter 542 artigos.

Clique aqui para acessar o DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017

 

MUDANÇAS NA ÁREA DE LÁCTEOS

Dentre as principais modificações do RIISPOA na área de lácteos temos:

•  Deixa claro que a abrangência da inspeção deve incluir a verificação do bem-estar dos animais, dos programas de autocontrole, do controle de resíduos e da rastreabilidade, conceitos e definições inexistentes na antiga legislação;

  Reclassificou os estabelecimentos e composições do leite e derivados lácteos (o termo entreposto foi excluído);

  Dispõe que as indústrias devem atender aos requisitos diretos dos países importadores e não mais aos requisitos internos do DIPOA, como no antigo decreto;

  Em relação às condições dos estabelecimentos a novidade é que as queijarias não necessitam ser filiadas a fábricas ou usinas de beneficiamento;

  Os procedimentos de inspeção foram modificados, assim como as características dos tanques comunitários e a rastreabilidade do leite cru, vinculando essas responsabilidades aos estabelecimentos sobre inspeção federal;

  Alterações mínimas nas especificações físico-químicas do leite, o CBT e CCS mantiveram.

  Abrangem todas as informações de embalagens, rotulagens e os carimbos de inspeção sempre facilitando a rastreabilidade dos produtos, também detalha o processo para solicitar o registro de um produto;

  Regulamentou as análises laboratoriais de inspeção, a que mais se destaca é que os fiscais devem coletar as amostras em triplicata e enviar uma delas para o LANAGRO;

  O RIISPOA é taxativo na definição de leite cru impróprio para qualquer tipo de aproveitamento;

  Todas as penalidades foram atualizadas e as multas reclassificadas, ficando muito mais rigorosa e inflexível comparada com o antigo decreto.

 

MAPA: PERGUNTAS MAIS FREQUENTES

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, na terça-feira (12/09), memorando com esclarecimentos sobre o novo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa).

 

O guia, elaborado em conjunto com a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da pasta, foi criado após dúvidas que surgiram por parte do setor produtivo de proteína animal. A publicação, que contempla 202 perguntas e respostas, ainda aborda questões sobre procedimentos de registros de produtos e habilitação e certificação de estabelecimentos.

 

Clique aqui para acessar o Memorando nº 60/2017/CGI/DIPOA/MAPA/SDA/MAPA
Assunto: Perguntas mais frequentes sobre o Decreto 9.013, de 29/03/2017, o registro de produtos de origem animal na PGA-SIGSIF e a habilitação e certificação de estabelecimentos.

Pesquisadores alemães desenvolvem uma cápsula de leite que dissolve em líquido quente

Pesquisadores da Martin Luther University Halle-Wittenberg (MLU), na Alemanha, desenvolveram uma cápsula de leite que se dissolve quando colocada em uma bebida quente. Isso não somente reduz o consumo de material de embalagem, mas as cápsulas são mais fáceis de usar do que os recipientes de plástico convencionais. O grupo de pesquisa publicou suas descobertas na revista “Chemical Engineering & Technology”.

As novas cápsulas de leite podem ser comparadas com cubos de açúcar preenchidos com leite ou leite condensado. “Uma crosta cristalina forma um tipo de embalagem em torno das cápsulas que se dissolvem facilmente em líquidos quentes”, explica Martha Wellner, que desenvolveu o processo como parte de seus estudos de doutorado no antigo Centro de Ciências da Engenharia da MLU sob orientação do professor de Engenharia, Joachim Ulrich.

A produção das cápsulas é relativamente simples. Primeiro, uma solução de leite e o açúcar desejado, ou qualquer outro material não doce que dê as propriedades do revestimento, é produzido e colocado em um molde. À medida que a solução esfria, o excesso de açúcar se move para a borda do líquido, formando cristais. A solução de açúcar e leite enche o interior. Wellnee conduziu vários ensaios para examinar quais materiais e quais processos de resfriamento davam os melhores resultados.

Atualmente, existem duas opções para recipientes de leite: adoçados e levemente adoçados. Os pesquisadores ainda estão trabalhando em uma versão sem açúcar. As cápsulas podem ser produzidas em vários formatos e armazenadas a temperatura ambiente. Uma vez encapsulado, o leite pode permanecer durante pelo menos três semanas. “Nossos processos também podem ser usados para outros líquidos. Por exemplo, também podemos encapsular o concentrado de suco de frutas”, explica Wellner.

Joachim Ulrich levantou a ideia do processo de encapsulamento anos atrás. Sua equipe vem estudando processos de formação de cristais por muitos anos, buscando maneiras de aplicá-los na indústria, por exemplo, na produção de pílulas.

“Nós já estudamos diferentes processos de encapsulamento como parte de outros projetos de doutorado, porém com outros objetivos em mente”, diz Ulrich. Ele acredita que o desenvolvimento novo e ecológico tem muitas aplicações potenciais. “Por exemplo, as cápsulas poderiam substituir a pequena e nada prática embalagem de creme de café que é usada em grandes quantidades em conferências ou em aviões”.

Os cientistas já registraram uma patente para o processo em 2015; entretanto, ainda não existe o produto final no mercado. Antes disso, deve-se investigar se as cápsulas de leite atendem a todos os requisitos legais exigidos para as compras em geral e também se as cápsulas podem ser produzidas como produtos industriais.

Fonte: Martin Luther University Halle-Wittenberg.

Conheça a rota do queijo pela Califórnia, nos Estados Unidos

Um dos grandes atrativos da Califórnia, famoso até em filmes, é conhecer os diversos vinhedos do estado. Muitos fazem o roteiro com devoção e, juram, encontram passeios e vinhos tão agradáveis como na França ou na Itália. Pois agora cresce no estado um novo itinerário, também com um ar totalmente europeu: a rota do queijo.

A Califórnia é o local onde estão alguns dos mais importantes produtores de queijos especiais do país e, assim como ocorreu com o vinho, viveu uma fase de sofisticação e diversificação. Assim, no roteiro, é possível encontrar produtos artesanais e familiares de dar água na boca.

Para os amantes da iguaria, a dica é fazer a rota que passa por inúmeras fazendas produtoras do alimento. Ao todo são mais de 70 produtores em um caminho que separada as cidade de Sonoma e Marín.

O site cheesetrail.org possui uma lista com os produtores e informações sobre reservas e preços que ajuda a organizar a viagem e, de quebra, permite baixar um aplicativo que torna o roteiro mais fácil — com a vantagem que pode ser facilmente feito de carro.

Em muitas propriedades é possível ver toda o processo de fabricação do queijo, conhecer a história do produtor e as instalações do estabelecimento. Mas, o mais importante é provar os produtos. Diversos locais preparam pratos especiais tendo queijos como mozarela e ricota de búfala como base, feitos por produtores de localidades como Tomales (a cerca de uma hora ao norte de São Francisco). Não faltam são opções, tanto pela origem do queijo — leite de cabra ou de vaca —, como de tipos de passeios e ofertas de diversão.

Foto: Reprodução/Google Maps via Cheese Trail

Fonte: OGlobo

Demanda por queijo em pó cresce impulsionada por refeições rápidas e lanches

O mercado mundial de queijos em pó deverá crescer com a maior taxa de crescimento anual composta de 2017 a 2023, graças ao aumento das opções de refeições rápidas e lanches on-the-go, ou seja, para se consumir em movimento, disse o Allied Market Research. Importantes membros do setor, incluindo Lactosan, Land O ‘Lakes, Kerry Group, Kraft Foods, Aarkay Food Products, All American Foods, Kanegrade e Dairiconconcepts são algumas das empresas que estão contribuindo de forma significativa para o mercado global.

Satyajit Shinde, especialista em marketing digital da Allied Market Research, disse que as empresas de fast food são fortemente dependentes do mercado de queijos para atender o volume de clientes. “O queijo, agora convertido em queijo em pó, é a versão embalada mais facilmente disponível do queijo no mercado. Os principais membros no mercado de queijos em pó estão focados em expansões, novas variantes e aquisições. Eles estão servindo vários mercados locais e globais”.
De acordo com a Allied Market Research, fatores como a rápida urbanização, a industrialização, a simplificação das tarefas, a introdução de alimentos embalados e o aumento da população trabalhadora são as forças direcionadoras por trás do aumento do mercado de queijos em pó.

A maioria das empresas líderes deste mercado está localizada nos EUA devido à forte demanda. A mudança dos hábitos alimentares dos consumidores teve uma “influência considerável”. “Em 2015, a América do Norte foi registrada como o maior mercado em termos de volume e valor. As regiões da Ásia-Pacífico testemunharão um ‘boom’ no mercado de queijo em pó devido à sua alta renda disponível e à mudança de estilos de vida”.

O mercado de queijos em pó é segmentado de acordo com os tipos de queijo, incluindo muçarela, parmesão, cheddar, queijo americano, queijo azul, gouda e outras variantes de queijo.

QUEIJO CHEDDAR

O queijo cheddar teve a maior participação de mercado desde 2015. O mercado de queijos em pó é voltado aos lanches, como macarrão e queijo, refeições prontas para comer, produtos de confeitaria, diferentes tipos de spreads [creme no estilo de manteiga, margarina, requeijão, queijo cremoso, etc, usado para passar em pães, bolachas e para outros usos], além de redes de fast food, como McDonald’s, Wendy’s, Burger King e KFC. No entanto, Shinde advertiu que notícias negativas sobre as preocupações com o consumo excessivo de queijo em pó ameaçam o mercado.

 

FTALATOS

Por exemplo, a FDA (Administração para Alimentos e Drogas) adverte que o queijo em pó pode conter ftalatos, substância química utilizada para tornar o plástico mais macio e flexível. Também é usado em borracha, tintas, adesivos e embalagens protetoras. Também podem ser encontrados traços em cosméticos, cremes para a pele e até mesmo, fast foods. Os ftalatos são encontrados na maioria dos itens domésticos diários. Este produto químico industrial prejudica os sistemas hormonais e afeta o sistema endócrino, inclusive causando danos potenciais em bebês.
Várias organizações de consumidores nos EUA estão trabalhando para proibir substâncias químicas nesses itens, incluindo o Centro para Segurança Alimentar e Ecologia.

Em resposta, os fabricantes globais de queijos estão aderindo aos regulamentos alimentares e estão constantemente fazendo controles regulares de alimentos para que seus produtos sejam aptos para o consumo. “A inclusão de ftalatos não é obviamente deliberada. Todo o método de processamento e embalagem traz traços de ftalatos para o produto”.

Fonte: Dairy Reporter

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O que está acontecendo no mercado brasileiro?

Dentre as diferentes variáveis que influenciam o mercado lácteo brasileiro, a produção nacional de leite é, provavelmente, a que mais diferença vem fazendo este ano.

Enquanto que em 2015 e 2016 a produção caiu, respectivamente, 2,8% e 3,7% (depois de 20 anos de crescimento ininterrupto!), os números preliminares deste ano mostram um aumento significativo dos volumes produzidos. Este aumento da oferta pode ser observado pela evolução dos volumes de produção dos participantes do MilkPoint Radar, aplicativo gratuito de compartilhamento de informações entre produtores de leite e consultores.

O crescimento da produção de junho em relação a maio foi de 6,4% e, no fornecimento de julho, o cenário indica também, crescimento de 5,7% nos volumes de produção em relação ao mês anterior. É possível notar, no gráfico 1, que estes valores seguem muito superiores à média histórica reportada pelo IBGE (de 1997 a 2016).

Gráfico 1. Variação de oferta entre os meses – MilkPoint Radar x IBGE (média histórica). Fonte: elaborado pelo MilkPoint Radar, com base em dados do MilkPoint Radar e IBGE.

Outro dado que chama atenção é o crescimento segundo o Índice de Captação – ICAP, apurado mensalmente pelo Cepea. Segundo este indicador, o crescimento acumulado dos volumes de leite captados pelas empresas pesquisadas é de 6,2% entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Chama a atenção a aceleração do crescimento dos volumes, chegando, no mês de julho deste ano, a um crescimento de 14,1% em relação ao índice de julho/2016 (gráfico 2).

Gráfico 2. Evolução do ICAP/Cepea – 2017 vs. 2016. Fonte: elaborado pelo MilkPoint Mercado, com base em dados do Cepea.

Considerando que, de janeiro a julho de 2016 a produção formal de leite brasileira (segundo aferição da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE) foi de 12,9 bilhões de litros de leite, um crescimento de 6,2% nestes volumes em 2017 (conforme este sinalizado pela variação do ICAP) significaria cerca de 800 milhões de litros a mais no mercado. É importante informar, no entanto, que os dados oficiais do IBGE referentes a produção de leite no segundo trimestre de 2017 serão divulgados no próximo dia 14/09 (historicamente, o ICAP tem uma correlação com o índice oficial do IBGE da ordem de 89%).

Para o Diretor de Agropecuária da Aurora Alimentos, Marcos Antônio Zordan, o excesso de produção de leite vem preocupando o setor leiteiro de Santa Catarina. No último fim de semana, em uma rádio catarinense, ele destacou que o setor pode entrar em crise por excesso de produção, queda no consumo e importações, o que provocaria uma super oferta e comprometeria a renda das indústrias de laticínios, fato que refletiria na baixa dos preços pagos ao produtor.

Confira o áudio abaixo com Marcos Antônio Zordan:

Do lado das importações, assunto recorrente e preocupação bastante presente nas discussões do setor, os volumes comprados pelo Brasil no exterior de janeiro a julho deste ano são, em equivalente litros de leite, 13,5% menores que as compras de 2016. Em 2016, de janeiro a julho, foram internalizados cerca de 1 bilhão de litros de leite equivalente e, em 2017, este número foi de cerca de 869 milhões, um volume ainda significativo, mas cerca de 131 milhões de litros menor que no ano passado.
Do lado do consumo final, infelizmente o cenário é semelhante a 2016 e 2015.

Segundo dados da Nielsen, apresentados no Fórum MilkPoint Mercado realizado no início de agosto em Uberlândia, a queda de volumes de venda da cesta de lácteos (que agrega todos os derivados lácteos monitorados no varejo pela empresa de pesquisa) é de 4,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado. Como todos sabemos, esta queda de consumo (e de vendas aos consumidores finais) tem grande relação com a situação de recessão da economia brasileira e com o elevado nível de desemprego, que juntos desestimulam o consumo de lácteos. Adicionalmente, vale lembrar que, nos primeiros 6 meses do ano, os preços ao consumidor para os queijos e leites em pó estavam mais altos do que em 2016, o que agrava a situação de consumo.

Neste cenário, vemos os preços caírem, já há algum tempo, no atacado (preços de venda da indústria aos canais de varejo), no mercado spot (leite vendido entre indústrias) e, mais recentemente, no varejo e ao produtor. Nessa linha, algumas redes varejistas estão realizando promoções para a venda de leite e escoamento dos produtos envolvendo várias marcas.

Nos valores pagos aos produtores de leite a queda acumulada já ultrapassa os 12 centavos por litro, observada no aplicativo MilkPoint Radar nestes últimos meses. Observe no gráfico 3 abaixo como evoluíram os indicadores de preço nos últimos 12 meses de análise.

Gráfico 3. Evolução dos indicadores de preços líquidos do MilkPoint Radar.

Fonte: MilkPoint Radar

 

A queda nos preços tem sido a realidade para a maioria dos produtores que participaram do MilkPoint Radar em agosto – cerca de 83% de nossa base, podendo ser observada em todas as faixas de produção e variando entre -5 (abaixo de 250 litros/dia) e -9 (acima de 6.000 litros/dia) centavos – gráfico 1.

Gráfico 4. Preços líquidos por faixa de produção (leite pago em agosto). Fonte: MilkPoint Radar.

O que pode trazer novidades para este cenário?

De um lado, as quedas nos preços aos produtores e a sua intensidade daqui para frente podem trazer desestimulo à produção, reduzindo o ritmo de crescimento observado até o momento – isto reduziria o crescimento da oferta interna de leite. Ao mesmo tempo, as reduções de preços ao longo da cadeia produtiva podem voltar a estimular o consumo de lácteos, bastante sensível a variações de renda e de preço.

Finalmente, a própria reação da economia brasileira pode ajudar. Segundo apuração do IBGE, a variação do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano (em relação ao mesmo trimestre de 2016) já deixou de ser negativa, com crescimento de 0,3%. Ainda que bastante pequeno, este crescimento do PIB já parece ter estimulado o consumo das famílias, também medido pelo IBGE, que apresentou crescimento de 0,7% no trimestre em relação ao ano passado. Seria uma luz no fim do túnel? Esperemos que sim.

Fonte: MilkPoint