Utilização de lactase na indústria de laticínios

A lactase é uma enzima produzida por mamíferos para viabilizar a digestão da lactose presente no leite. Uma deficiência na produção endógena de lactase pode gerar dificuldades na degradação deste açúcar, doença conhecida como intolerância à lactose, provocando desconforto intestinal, flatulência, cólicas, diarreia e até desidratação. Atualmente, estima-se que aproximadamente 70% da população mundial apresenta algum nível de dificuldade na digestão de lactose, especialmente na Ásia Oriental, na Europa Meridional, na África Subsaariana e na América Latina.

 

Por conta desta alta incidência de consumidores que apresentam restrições ao consumo de lácteos, o mercado de produtos com lactose reduzida ou sem lactose tem crescido muito nos últimos anos, buscando oferecer alternativas lácteas para esta parcela da população. Esta é uma forte tendência do mercado de laticínios, sendo que várias empresas estão lançando um portfólio para atender esta demanda, que inclui leite em pó, iogurtes, bebidas lácteas, creme de leite, leite condensado, doce de leite e queijos frescos e requeijão.

 

A hidrólise enzimática, através da enzima β-galactosidase, mais conhecida como lactase, é um dos métodos mais interessantes para redução do teor de lactose no leite e nos seus derivados; o grau de hidrólise depende da dosagem da lactase no leite e das condições de processamento. As enzimas utilizadas podem ser de origem microbiana (Kluyveromyces lactis, Kluyveromyces fragilis, Bifidobacterium bifidum) ou fúngica (Aspergillus niger, Aspergillus orizae), contudo as propriedades da enzima tais como pH e temperatura ótima de ação variam em função da sua fonte de obtenção.

 

O leite in natura contém aproximadamente 4,7% de lactose; a partir da adição de lactase pode-se reduzir este teor à menos de 0,1%. Para ser considerado como “zero lactose”, “isento de lactose”, “0% lactose” ou “sem lactose”, o produto deve conter abaixo de 100 mg de lactose por 100 g ou mL. Produtos contendo entre 100 mg até 1g/100 g são classificados como “baixo teor de lactose”. Qualquer alimento que contenha lactose em quantidade acima de 0,1% deverá trazer a expressão “contém lactose” em seu rótulo, de acordo com as RDC 135 e 136 publicadas em 2017 pela ANVISA.

 

Existem diversos fornecedores de lactase atuando no mercado, sendo que cada marca apresenta diferentes perfis e padrões de qualidade. A escolha da enzima deve levar em consideração o processo de fabricação e as características desejadas no produto final. A pureza e especificidade da lactase devem ser levadas em consideração de modo a evitar reações secundárias que podem causar gosto amargo no produto, defeito perceptível principalmente em produtos longa vida, como o leite UHT. Já a dosagem da enzima deve ser calculada em função do teor final de lactose desejado no produto – em concordância com a alegação no rótulo.

 

A velocidade das reações enzimáticas é fortemente dependente da temperatura ótima de ação da enzima. As condições de processamento devem ser adaptadas de modo a manter a reação dentro da faixa de atividade ótima da lactase: entre 30 e 40ºC (pode variar em função do fabricante). A termoestabilidade da enzima também deve ser considerada em função do tratamento térmico a ser aplicado; caso a enzima não seja desnaturada durante o processamento, ela deve ser declarada na lista de ingredientes.

 

Para a fabricação de produtos fermentados, a hidrólise da lactose pode ser feita antes da fermentação ou a enzima pode ser adicionada juntamente com o fermento. Neste caso, é recomendado a utilização de uma lactase que mantenha sua atividade mesmo em pH ácido, uma vez que as lactases convencionais são inativadas em pH 5,7. A hidrólise da lactose reduz a pós-acidificação em iogurtes, apresentando uma vantagem adicional à sua utilização. No entanto, é importante a realização de testes preliminares para avaliar a interação entre a enzima e o fermento utilizado na fabricação do iogurte, pois alguns podem apresentar um aumento no tempo de fermentação ou não chegar no pH final desejado.

 

A lactase também pode ser utilizada para a redução da lactose em queijos frescos, cream cheese, cottage, ricota, queijos ultrafiltrados, etc. Queijos maturados naturalmente apresentam um teor reduzido de lactose, uma vez que grande parte deste açúcar é eliminado no processo de dessoragem e outra parte acaba sendo o substrato de fermentação das bactérias durante a maturação.

 

É preciso ressaltar que a utilização da lactase na indústria de laticínios não se limita ao mercado de produtos sem lactose, “lactose free” ou com teor reduzido de lactose. A lactase apresenta várias outras aplicações, tais como: evitar a cristalização (formação de cristais que originam uma sensação arenosa na boca) em doce de leite, leite condensado e sorvetes; no aumento do poder edulcorante e na redução de calorias a partir da redução da quantidade de açúcar adicionado. A utilização da lactase promove o aumento da viscosidade do leite e de produtos lácteos, fator que pode ser favorável na fabricação de sobremesas lácteas e iogurtes.

 

A hidrólise da lactose libera uma molécula de glicose e outra de galactose. Estes dois açúcares possuem um índice de dulçor superior ao da lactose e proporcionam produtos mais doces que o original (sweet index lactose: 0,15; glicose: 0,75 e galactose: 0,30). Assim sendo, a adição de lactase na produção de iogurtes, leites fermentados e aromatizados permite uma redução na quantidade de sacarose adicionada sem comprometer a palatabilidade do produto. Esta redução deve ser avaliada para cada produto, mas pode chegar a quase 10%. A redução de açúcar nestes produtos, além de reduzir o custo de produção, pode ser uma aproveitada como uma estratégia de marketing, uma vez que muitos consumidores estão buscando reduzir a quantidade de carboidratos da dieta.

 

A lactase mostra-se como um importante aditivo da indústria de alimentos, pois viabiliza o consumo de produtos lácteos para uma grande parcela da população. Além disso, muitos consumidores acreditam que produtos sem lactose são mais saudáveis e buscam por estes produtos mesmo sem sofrerem algum tipo de intolerância. Desta forma, a lactase também pode ser utilizada pela indústria de laticínios sob a ótica do conceito de “saudabilidade”, uma grande tendência de mercado.

 


Fonte: Maike Taís Maziero Montanhini, MilkPoint


 

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Novo conceito para prebióticos: o que muda?

A International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics, reuniu um grupo de especialistas com objetivo de revisar e atualizar o conceito de prebióticos. O termo “pré-biótico” surgiu em 1995 e foi apropriado por profissionais de saúde e produção de alimentos das áreas humana e animal. Naquele momento o conceito era: “Substâncias não hidrolisadas e não absorvidas pelo intestino delgado que servem seletivamente como substrato para microrganismos no intestino grosso”.

 

 

Em uma publicação científica – que acaba de “sair do forno” – prebióticos são definidos como “substratos seletivamente utilizados pelos microrganismos conferindo benefícios à saúde do hospedeiro”. Embora não explicitado em ambas as versões dos conceitos, deve ser deduzido que os microrganismos favorecidos seriam aqueles que fazem bem para nossa saúde e não o contrário.

Aparentemente o conceito novo não mudou muito em relação ao primeiro, mas a publicação recente aponta para uma novidade. Por cerca de 20 anos os estudos de ingredientes potencialmente prebióticos deram foco para fibras alimentares, tais como os frutooligossacarídeos (os quais chamamos de FOS), a inulina e os galactooligossacarídeos (que chamamos de GOS) e seu estímulo para o desenvolvimento de lactobacilos e bifidobactérias (bactérias amigas que habitam no nosso intestino).

No entanto, o conceito expandiu graças a novas descobertas científicas e outras substâncias passaram a fazer parte do “cardápio” das bactérias do bem. Compostos fenólicos de vegetais que fazem parte de nossa alimentação também podem atender ao novo conceito de pré-bióticos, considerando-se que cerca de 90–95% dos fenólicos da dieta não são absorvidos no intestino grosso e desta forma chegam intactos ao cólon, onde podem sofrer extensiva bio transformação pela flora que aí reside. As novas evidências científicas têm apontado para efeitos à saúde atrelados ao consumo destes compostos e da ação da microbiota intestinal sobre os mesmos.

Desta forma, os carboidratos que não conseguimos digerir (que chamamos coletivamente de fibras), deixam de ser a única classe de compostos que podem atender aos critérios de pré-bióticos e surgem candidatos emergentes a essa alegação de saúde.

Outra nuance que também pode passar despercebida é que o local de ação dos prebióticos não se restringe mais apenas ao intestino, abrindo o leque para outros órgãos alvo, como a própria flora da boca. Neste caso um exemplo seria dos xilooligossacarídeos que são açúcares usados em gomas de mascar que podem evitar cáries nos dentes. Desta forma podem ser considerados prebióticos também.

Até bem pouco tempo, para buscar fontes naturais de pré-bióticos deveríamos incluir na alimentação alho, cebola, centeio, cevada, mel, açúcar mascavo, alcachofra de Jerusalém, banana verde. Industrialmente a fonte principal sempre foi a raiz da chicória fonte riquíssima de inulina. Agora, podemos buscar prebióticos em outros alimentos, como as frutas, destacando-se aquelas ricas em compostos fenólicos.

Fica a dica para a indústria de lácteos continuar investindo na tendência de incorporar frutas ricas em antioxidantes naturais em iogurtes, sorvete e outras sobremesas, para assim favorecer a saúde intestinal.

 

 


Fonte: MilkPoint

Curiosidades interessantes sobre queijos

O queijo é produzido pela coagulação do leite e pode ser de leite de vaca, ovelha, cabra, búfala e outros mamíferos.

Existem centenas de tipos de queijos (são mais de 400 só na França). São vários os processos de produção que tornam um queijo diferente do outro: o tipo de mamífero que forneceu o leite, os teores de gordura, os tipos de bactérias (as responsáveis pela acidificação do produto) e bolores, o tempo de envelhecimento etc.

Alguns estudiosos dizem que a produção de queijo é tão antiga quanto a domesticação de animais. O queijo teria surgido por volta de 12 000 a. C., mas as primeiras referências a ele datam de 3 000 a. C..

O leite de búfala é mais branco e nutritivo do que o de vaca. A verdadeira muzzarella italiana é feita com esse tipo de leite.

O queijo emental surgiu por volta do século 15. Durante a produção, ele passa duas semanas no refrigerador e, em seguida, é levado para uma câmera com temperatura entre 20º C e 24º C. Essa mudança ativa uma bactéria que produz gás carbônico, formando buracos no queijo. O emental é muito usado em fondues.

O parmesão surgiu na cidade de Parma, na Itália – daí a origem do nome. Para adquirir seu aspecto, o parmesão chega a ficar dois anos maturando. Semelhante ao parmesão, o queijo grana permanece quatros anos na maturação.

O queijo parmesão ralado é um dos mais populares no Brasil. Ele é utilizado em receitas de polenta, lasanha, macarrão, carnes, salgadinhos e até bolos.

O queijo roquefort surgiu no Sul da França no século 11. Na produção tradicional, o roquefort é envelhecido nas cavernas da cidade de Roquefort, onde o frescor e a umidade ajudam o fungo Penicillium roqueforti a lhe dar o conhecido aspecto embolorado.

O cheddar é um queijo de origem inglesa, surgido no condado de Somerset.

O gouda é um queijo originário da cidade de Gouda, nos Países Baixos (Holanda).

O nome do gruière vem da cidade de Gruyères na Suíça. É um queijo duro, um pouco salgado e picante. É largamente usado em fondues.

Originário da região da Normandia, na França, o petit suisse ganhou esse nome por ser uma versão de um queijo cremoso produzido desde a Idade Média na Suíça. No Brasil, ele é largamente utilizado em produtos para crianças como Chambinho e Danoninho.

O macio queijo brie recebeu esse nome por cauda da província de Brie, na França, de onde é originário.

De origem italiana, a ricota não é propriamente um queijo, mas uma espécie de derivado do queijo produzido a partir do soro do leite de vaca. Para obter a ricota, basta ferver o soro para que a parte sólida venha à superfície.

Como o próprio nome indica, o queijo Minas surgiu em Minas Gerais. Sua produção é muito simples, já que ele não passa por etapas de envelhecimento.

O catupiry (que, na verdade, é um tipo de requeijão) é uma criação brasileira. Ele foi criado por Mário e Isaíra Silvestrini, um casal de imigrantes italianos, em 1911, em Lambari, Minas Gerais. A palavra catupiry tem origem tupi-guarani e significa “excelente”.

O queijo-do-reino, ou queijo reino, começou a ser produzido no Brasil para atender a demanda dos nobres portugueses instalados no país. Foi o primeiro queijo curado industrializado do Brasil. Recebe o nome de queijo-do-reino por ser fabricado para esses nobres. É semelhante ao queijo holandês edam. O consumo é maior durante o Natal.

Assim como o reino, o Minas e o Catupiry, o queijo prato é originário do Brasil. É muito parecido com o queijo dinamarquês fynbo. O queijo prato surgiu em 1920, da tentativa de colonos dinamarqueses de produzir o fynbo no Brasil. Como tinha um formato cilíndrico baixo, ele recebeu o nome de prato.

Típico do Nordeste, o coalho é feito por meio da adição de coalho ou outras enzimas coagulantes ao leite. É muito vendido em espetinhos na praia. Também é consumido frito na manteiga.

O queijo mais estranho do mundo é o cazu marzu, da Itália. Ele leva larvas vivas em seus ingredientes.

Um dos queijos mais caros do mundo é o pule, da Sérvia. Ele é feito com leite de burra e custa cerca de R$ 3.000,00 o quilo (dado de 2014).

Produzido na espanha, o queijo cabrales é feito a partir da mistura de vários queijos: vaca, cabra e ovelha.

O maior fabricante mundial de queijos não é a França, mas os Estados Unidos. Só o estado de Wisconsin produz mais de 600 tipos do produto. A França é o maior consumidor por pessoa.

 

 


Fonte: Ciência do Leite

Tirol mostra processo de produção por meio de websérie

Por meio da websérie ”Amor pelo Leite”, estrelada pela atriz Maisa Silva, a Tirol mostrar todo o cuidado, amor e qualidade durante o processo de produção desde a captação do leite nas propriedades rurais até sua industrialização.

 

 

De acordo com a Gerente de Marketing da Tirol, Lilian Paula Pagliochi, a Tirol é comprometida em levar produtos de qualidade à mesa dos consumidores e com o desejo de transferir a esses, informações sobre o processo que envolve a captação de leite e sua industrialização, idealizou uma séria de vídeos protagonizados pela artista Maisa Silva.

“Nossa marca preza pela informação e possui profundo respeito pelos seus consumidores, por isso, durante todo o ano recebe pessoas dentro da fábrica e na casa da família do seu produtor rural para demonstrar os processos de produção com a maior transparência possível. Infelizmente não é possível atender todos os consumidores com o nosso programa de visitas, o que fez nascer a ideia de produzir vídeos para contar a eles o dia a dia” explica Lilian.

Os episódios, que estão sendo divulgados desde abril de 2017, nas redes sociais da Tirol e nos canais oficiais da Maisa Silva, contaram com a espontaneidade e curiosidade da atriz que visitou propriedades rurais e indústria, conhecendo e contando para o público sobre todos os processos.

Confira abaixo os episódios da websérie “Amor pelo Leite”:

CHAMADA:

 

EPISÓDIO 1:

 

EPISÓDIO 2:

 

EPISÓDIO 3:

 

EPISÓDIO 4:

 

EPISÓDIO 5:

 


Fonte: Tirol

Como conservar os queijos no verão?

Na época mais quente do ano, os queijos devem ser preservados de maneira correta para que não estraguem, preservando o seu sabor, aroma e textura. Para isso, Raquel Santana, mestra em ciência e tecnologia do leite, responsável pelo Controle de Qualidade do grupo Barbosa & Marques, fabricante dos produtos REGINA, apresenta dicas importantes.

 

 

Dica 1 – A maioria dos queijos deve ser mantida sob-refrigeração, apenas para sua conservação. No momento de consumir o alimento, é recomendável que esteja em temperatura ambiente, já que a baixa temperatura inibe a percepção de textura, aroma e sabor, transformando por completo a sensação agradável de degustar o queijo, tão importante e nutritivo na alimentação;

Dica 2 – Os queijos mais macios e cremosos devem ser retirados da geladeira no momento do consumo. Já os queijos mais firmes e duros, se a porção for pequena, podem ficar até dois dias fora da geladeira;

Dica 3 – Para porções maiores, recomenda-se retirar um pedaço, envolver em papel alumínio, mantê-lo sob-refrigeração e retirar da geladeira, no mínimo, 30 minutos antes do consumo;

Dica 4 – Enquanto fechados em suas embalagens originais e mantidos nas temperaturas (máxima e mínima), os queijos duram o tempo prescrito na rotulagem. Mas quando a embalagem é aberta, uma nova data deverá ser considerada, conforme texto legal impresso na embalagem do produto. Seja fresco, fatiado ou defumado, é preciso atenção máxima na refrigeração e consumo dos queijos durante o verão;

Dica 5 – De maneira geral, os queijos podem ser guardados na embalagem original. Após aberto, o ideal é transferir para um recipiente com tampa;

Dica 6 – Para consumidores que gostam de armazenar o queijo fatiado ou picado, ele pode ser guardado em um recipiente de plástico com tampa e também colocado para refrigerar, observando sempre a nova data de validade após a abertura da embalagem original;

Dica 7 – Queijos frescos, como o Minas Frescal, devem ter a embalagem original e o soro descartados e, em seguida, deve ser colocado em uma queijeira e mantido sob refrigeração. A cada momento que for servido, deverá ser desprezado o soro e, assim que terminar de ser servido, deve voltar imediatamente para a geladeira, pois, por ser um queijo fresco, quanto mais tempo ficar armazenado em geladeira, mais garantido será o seu frescor e sabor. O segredo de conservação do queijo Minas Frescal é tirá-lo do refrigerador o menor tempo possível;

Dica 8 – Aberta a embalagem de um queijo, é importante verificar a informação impressa no rótulo: “consumir em até… dias”. Essa nova validade é a garantia de um produto saudável definida pelo laticínio, período em que sua textura, sabor e aroma permanecem inalterados.

 

 


Fonte: Grupo Barbosa & Marques.

Suntory lança água sabor chá com leite

A Suntory lançou mais uma novidade na linha de água com sabor, a Suntory Tenneisui Premium Morning Tea Milk, ou melhor, água natural sabor chá com leite, que começou a ser vendida dia 26/09, no Japão. Igualmente aos demais sabores, a bebida não tem cor. Em abril, a empresa lançou a água sabor chá de limão, mas o novo produto chamou mais atenção por ter leite na composição.

A empresa está apostando nessa linha de águas aromatizadas devido ao grande sucesso entre as mulheres, principalmente. Muitas pessoas acabam consumindo o produto por acharem que a bebida é mais saudável por ser incolor, como uma água comum. Apesar de ter aparência de água, o sabor do chá é forte mas tem um toque suave, fazendo lembrar realmente um chá com leite. O produto já está a venda e custa 131 ienes, garrafa de 550 ml, e 115 ienes, garrafa de 280 ml. Os valores estão sem imposto.

 


Fonte: IPC Digital.

Mitsubishi lança embalagens de alimentos que absorvem oxigênio

A Mitsubishi Gas Chemical America Inc. introduziu uma solução de embalagem flexível que absorve oxigênio – a NutraSave – no mercado norte-americano. A novidade é capaz de ‘mais do que dobrar’ a vida útil dos produtos alimentícios, incluindo os lácteos pasteurizados.

A NutraSave substitui a necessidade da embalagem típica com a sua tecnologia de absorção de oxigênio. Também, substitui o saquinho tipicamente encontrado em produtos alimentícios que visam a extensão do prazo de validade. “Há um pouco de estigma [associado às embalagens]”, disse Sean Hael, gerente de marketing e vendas da Mitsubishi Gas Chemical.

 

Embalagem NutraSave.

 

A tecnologia de resina de absorção de oxigênio da NutraSave está incorporada na embalagem flexível, eliminando a necessidade de colocar um pacote ou sachê no alimento e a necessidade do uso de mais sódio, especiarias e outros aditivos para neutralizar os efeitos do alto calor exigido no processamento da embalagem.

A tecnologia é atualmente usada no Japão, onde a Mitsubishi vende como embalagem terminada, mas para o mercado dos EUA, a empresa lançou o NutraSave em formato de resina para trabalhar com conversores de embalagens e pode funcionar eficientemente em sistemas de processamento existentes, de acordo com a empresa.

A Mitsubishi Gas Chemical está focada no mercado norte-americano de embalagens de retorta, que é avaliado em US$ 41 bilhões e deverá crescer 6,7% anualmente até 2020, de acordo com um relatório da Markets and Markets. “Aqui nos EUA, queríamos abrir e vender apenas a resina para que os processadores se conectassem com seus clientes”, disse Hael.

 

MAIS USOS

A NutraSave teve sucesso na prevenção de produtos alimentícios sensíveis ao oxigênio, como sopas, molhos, barras de proteína e alimentos para bebês. Na PackExpo, a empresa discutiu aplicações adicionais, como queijo embalado em temperatura ambiente, bem como aplicações em iogurte de beber ou de comer com colher, segundo Hael.

“O que nós queremos fazer é estender a vida útil a um ponto em que as pessoas não precisem ter prazos de validade curtos e extremamente conservadores”. Enquanto a tecnologia de resina só está disponível para soluções de embalagens flexíveis, como bolsas, a NutraSave pode eventualmente ser incorporada em outros formatos, como em tampas de iogurte ou recipientes rígidos.

 


Fonte: Dairy Reporter

Conheça nove queijos pelo Brasil

Quem ama queijos sabe o quanto é delicioso conhecer os diversos tipos desta iguaria. Por isso, preparamos um roteiro com nove dos mais conhecidos queijos nacionais espalhados pelas regiões no Brasil. São quase todos fabricados de leite cru.

No Sul, imperam o queijo serrano e o colonial, com versões gaúchas e catarinenses.

No Sudeste, Minas é incomparável. O estado é dividido em microrregiões – Canastra, Serro, Salitre e Araxá e, também conta com o mais recente Campo dos Vertentes. No Nordeste, são inúmeras as variedades de queijo coalho e manteiga – ainda muito presentes no dia-a-dia das pessoas.

Já no Norte do Brasil, é o queijo do Marajó feito no Pará, que abre as portas da casa para receber os turistas.

Ainda temos o Centro-Oeste cujos queijos ainda não saíram de suas fronteiras. Além, dos queijos da Serra da Mantiqueira, como o Campo Redondo e o Alagoa, que vêm estabelecendo no encontro de São Paulo, Rio e Minas. Ou o cabacinha, tradicional no Vale do Jequitinhonha. Sem contar os inúmeros queijos novos que estão em fase de testes pelos produtores.

Mas se você provar uma dessas nove variedades aqui indicadas, já terá uma boa visão da nossa tradição queijeira. Uma tradição que vive florescimento inédito.

 

SERRO, Sudeste (MG):

Registrado como patrimônio imaterial brasileiro, é produzido numa microrregião mais quente de Mina. Com 15 dias, já está no ponto. A casca deve ser firme bem espessa e fina e a massa, compacta. Sinais de que deu tudo certo na maturação.

 

Queijo do Serro. Reprodução da internet.

 

CANASTRA, Sudeste (MG):

Hoje talvez o mais conhecido do grupo dos queijos, devido à divulgação desse patrimônio mineiro – e, principalmente, ao trabalho diário dos queijeiros no campo. Aos 20 dias de maturação, já está no ponto, mas isso depende do gosto de quem vai consumir. Quanto mais tempo de maturação, mais concentrado o queijo fica. O aroma lácteo suave é indício de qualidade.

 

Queijo Canastra. Reprodução da internet.

 

SALITRE, Sudeste (MG):

É bem aparentado com o canastra e o Araxá. A maturação desenvolve os microrganismos de cada queijo, que vai depender do local onde foram fabricados. É comum dos produtores da Serra do Salitre cobrirem o queijo com uma resina amarela para ajudar na maturação. Lembrando que quanto mais velho, mais intenso e ácido é o queijo.

 

Queijo Salitre. Reprodução da Internet.

 

ARAXÁ, Sudeste (MG):

Tem uma aparência com o canastra quando fresco, mas é a ‘maturidade’ que lhe dá personalidade. O queijo é um pouco mais suave que o canastra, mas ainda assim complexo no sabor. Sua casca deve ser amarelecida, sem rachaduras. E à massa compacta, sem muitos furinhos.

 

Queijo Araxá. Reprodução da internet.

 

MARAJÓ, Norte (PA):

Produzido com leite de búfala , na Ilha do Marajó. Possui variedades, mas é menos cremoso. Contém boa elasticidade ao ponto de poder passar no pão. É um queijo para ser comido fresco – tem a suavidade dos frescos, mas a tipicidade do leite bubalino. Alguns produtores vêm testando formas de maturá-lo. A cor deve ser esbranquiçada, a massa compacta e o cheiro suave.

 

Queijo Marajó. Reprodução da internet.

 

COLONIAL, Sul (RS, SC):

A receita veio dos italianos imigrantes, ainda no século 19. Mas ganhou sotaque gaúcho e catarinense, e hoje é repetida em diversas pequenas propriedades no Sul, feito com leite de vaca. O ideal é que mature por ao menos 30 dias, período necessário para se revelar suavemente picante e salgado. Como escolher: Deve ser duro por fora, amarelado e, por dentro, levemente cremoso e elástico. Pode ter furinhos.

 

Queijo Colonial. Reprodução da internet.

 

COLONIAL COM URUCUM, Sul (RS, SC):

O colonial possui suas variações e o urucum é uma delas. Tem impacto visual e também no sabor, que é mais acido. Outra forma comum é descansar o queijo no vinho, deixando a casca roxa. Também matura por pelo menos 30 dias. A casca tem de ser firme e o miolo não pode estar seco demais.

 

Queijo Colonial com Urucum. Reprodução da internet.

 

SERRANO, Sul (RS, SC):

Não sabe bem ao certo suas origens. É original dos Campos de Cima da Serra, entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, um dos lugares mais frios do País. O queijo serrano é a cara do local, bem típico: produzido em pequena escala, de sabor suave, mas que fica mais acentuado quando matura por uns 45 dias. Redondo, tem de ter a casca amarela e firme, mas macio, sinal de que o miolo está cremoso.

 

Queijo Serrano. Reprodução da internet.

 

COALHO, Nordeste (AL, CE, PB, PE, RN, SE):

O queijo coalho é feito em vários estados nordestinos e, cada qual com sua nota de sabor. É um queijo fresco e não é para ser maturado, e vai muito bem puro ou assado mesmo. Sua cor mais para o branco que para o amarelo indica sua melhor forma. Já os furinhos mais pulverizados na massa são comuns, mas é melhor evitá-los.

 

Queijo Coalho. Reprodução da internet.

 

MANTEIGA, Nordeste (AL, CE, PB, PE, RN, SE):

Feito para ser consumido fresco, como o coalho. É bastante gorduroso, pois sua massa amarelada brilha. Contém manteiga na produção e é feito sem que o leite de vaca seja coalhado. É bem macio e, geralmente, equilibrado no sal. Não tema a gordura, ela é característica do queijo, que deve ser macio, mas manter-se estruturado, sem desmanchar.

 

Queijo Manteiga. Reprodução da internet.

 

MANTEIGA COM RAPA, Nordeste (AL, CE, PB, PE, RN, SE):

Uma raridade no nordeste, queijo de manteiga com a rapa do tacho onde a massa é cozida. Os produtores do Rio Grande do Norte foram proibidos de vender justamente por causa da rapa que dá crocância e o amarguinho e quebra a homogeneidade do queijo manteiga.

 

Queijo Manteiga com Rapa. Reprodução da internet.

 


Fonte: Portal do Queijo

Yakult pesquisa efeitos de probióticos sobre a saúde mental

A Yakult planeja investigar os efeitos do consumo de probióticos nas condições de saúde mental, após resultados positivos de um estudo inicial em relação ao estresse físico. Falando na primeira cúpula da Probiota Asia, o pesquisador sênior da empresa, Toshihisa Ota, delineou a vasta gama de testes que apresentaram o Lactobacillus Casei Shirota (LcS) da Yakult em seus 80 anos de história. Ele apontou resultados positivos para a saúde intestinal, diabetes, doença do intestino irritável, imunidade e cuidados com o câncer. Mas ele disse que a saúde cognitiva, e especialmente a saúde mental, agora deveria ser examinada de forma mais aprofundada.

 

Yakult pesquisa efeitos de probióticos sobre a saúde mental.

 

Em sua apresentação, ele focou em um estudo recente que mostrou os efeitos benéficos da cepa em indivíduos com estresse físico. Ota elaborou três ensaios duplo-cegos, controlados por placebo, conduzidos para examinar os efeitos dos probióticos nas respostas de estresse psicológico e fisiológico em estudantes de medicina saudáveis que enfrentam estresse em provas.

 

SUPRESSÃO DO ESTRESE

Os indivíduos receberam leite fermentado com LcS ou placebo diariamente durante oito semanas antes de fazer um exame nacional. Os escores de ansiedade subjetiva, os níveis de cortisol salivar e a presença de sintomas físicos durante a intervenção foram coletados e analisados. “Aumentos acadêmicos induzidos pelo estresse nos níveis de cortisol salivares e a taxa de sintomas físicos foram significativamente suprimidas no grupo de probióticos”, disse Ota.

Por outro lado, estudos realizados com ratos sugeriram que os probióticos suprimiram os aumentos da corticosterona plasmática induzida pelos estresse de evasão de água. O artigo, publicado na revista Neurogastroenterol Motility, afirmou: “Essas descobertas sugerem que o LcS pode prevenir a hipersecreção de cortisol e sintomas físicos em condições estressantes, possivelmente através da sinalização aferente vagal para o cérebro e redução da reatividade ao estresse no núcleo paraventricular”.

Ota disse na cúpula, organizada pela NutraIngredients-Asia e realizada em Cingapura, que pesquisas futuras poderiam avaliar o impacto dessa cepa na depressão e no autismo. “Temos 80 anos de história atrás de nós, mas ainda não sabemos sobre os efeitos positivos do Yakult”, acrescentou. Ota disse que o Yakult possui institutos de pesquisa no Japão e na Europa, enquanto a cepa Shirota agora tem mais de 100 artigos publicados.

 


Fonte: Dairy Reporter

Danone usa inteligência artificial para evitar iogurte estragado

 

A inteligência artificial deixou de ser ficção e já está fazendo a diferença para muitas companhias.

 

A Danone é um exemplo. Ela instalou um novo sistema de para melhorar a sua eficiência no relacionamento com varejistas e conseguiu diminuir perdas e aumentar as vendas.

 

Trabalhador arruma produtos da Danone na prateleira de um supermercado (Andrey Rudakov/Bloomberg)

 

Com o novo programa, a indústria consegue oferecer pedidos de compra mais assertivos às varejistas. Assim, os produtos lácteos nem faltam nas prateleiras e nem estragam, pelo excesso de estoque que não é consumido.

 

Para a empresa, encontrar um equilíbrio nos envios para os varejistas é essencial. Os iogurtes da marca têm poucos dias de vida útil nas prateleiras. Por isso, se não forem comprados logo, estragam. Do outro lado, se o consumidor não encontrar um iogurte Danone na prateleira, opta pelo produto da concorrente e a empresa perde uma venda.

 

“Para nós, acertar no estoque nas lojas é muito importante. Como é um produto com poucos dias de vida, é difícil vender no tempo certo, o que complica a atuação da varejista”, diz Xavier Serres Escoda, diretor de TI da Danone.

 

O novo sistema foi desenvolvido pela Tevec, empresa de inteligência artificial para a cadeia logística. A ferramenta também é usada pela Kopenhagen, Chocolates Brasil Cacau, Gerdau, Baterias Moura, Ipiranga, entre outras empresas. O sistema, que já está no ar há 3 anos, recebeu investimentos de 12 milhões de reais.

 

MATEMÁTICA QUE DÁ LUCRO

 

Antes da introdução do sistema, os pedidos de compras nos varejistas eram muito mais manuais. A equipe de vendas da Danone ia às lojas para verificar os estoques, tanto nas prateleiras quanto nas câmaras frias.
Com base nisso, calculava quais foram as vendas naquele ponto no período e criava um pedido de compras. Por isso, “dependíamos muito da experiência do vendedor de fazer um pedido acertado”, afirma Escoda.

 

Já o novo sistema é mais automático. A primeira mudança foi feita em relação aos varejistas. O sistema de estoque foi integrado ao banco de dados da Danone, que sabe imediatamente como foram as vendas em cada um dos pontos de venda.

 

Além disso, o sistema usa inteligência artificial para calcular qual deve ser o pedido de compra. Ele analisa todas as variáveis e calcula quais delas têm relação com as vendas. Podem ser inseridas variáveis como promoções, campanhas de marketing, sazonalidade, preço ou lançamento de novos produtos.

 

Pode parecer uma mudança meramente técnica e matemática, mas para a Danone fez uma diferença considerável. Com a implantação do novo sistema da Tevec, a Danone reduziu as perdas em 6%. Também conseguiu aumentar as vendas em 10 pontos, nas lojas em que o sistema foi instalado. A novidade já está presente em 370 lojas do país e o plano é que chegue a 700 no fim do ano.

 

Se para a indústria a inovação é importante, ela também faz a diferença para a varejista. “Para o varejo, ter estoque em excesso é um custo muito grande. Ocupa espaço, é um custo de aluguel, manutenção e refrigeração, além do gasto com o descarte de produtos não vendidos”, afirma Bento Ribeiro, sócio-fundador da Tevec.

 


Fonte: Exame